quarta-feira, 10 de outubro de 2012

1011 B ERASMO erudição humanista laica libertária com ataque aos erros da religião


11 DE OUTUBRO: ERASMO  o disfarce para evitar a censura e o martírio sob a Inquisição

ERASMO
Desiderius Erasmus; Erasmo de Rotterdam
(nasceu 1467, em Rotterdam, Holanda; morreu em 1536, na Basiléia, Suíça)

SÁBIO MESTRE HUMANISTA DA RENASCENÇA AUTOR DO “ELOGIO DA LOUCURA”

O RACIOCÍNIO CIENTÍFICO NA FILOSOFIA MODERNA
A grande revolução do pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do papado, da unanimidade católica e do feudalismo.
O movimento intelectual na Europa do ocidente nos anos 1300, século XIV até os anos 1700, século XVIII, passou a ter duas correntes. Um movimento foi de decomposição e destruição da filosofia monoteísta antiga e o outro movimento foi de composição e preparação da nova filosofia positiva, clara e distinta. Homens como Kepler e Galileu, Descartes e Francis Bacon ao mesmo tempo em que construindo a nova filosofia perturbaram o antigo modo de pensar. A revolta começada por Descartes conduziu finalmente a assaltos ainda mais poderosos , contra as crenças recebidas do que a ação de alterações religiosas feitas pelos reformadores protestantes.
Descartes é o representante mais completo do movimento duplo de composição e decomposição. Começou a grande revolução matemática que permitiu a Newton interpretar o sistema solar. Abriu-se o caminho para a operação destrutiva do século XVIII que afinal levou à Revolução Francesa contra a política antiga de privilégios. Hobbes e Espinosa continuaram o movimento de demolição. A teodicéia de Leibnitz era ainda mais perigosa. Locke renunciou francamente ao conhecimento do absoluto divino. Hume e Diderot demonstraram sua impossibilidade. Kant completou a operação. Eles foram todos tanto construtores como destruidores.
O mês de Descartes da Filosofia Moderna descreve essa importante revolução intelectual, a maior em toda a história da sociedade humana ao estender a razão experimental a todo conhecimento.
A primeira semana deste mês mostra os representantes da filosofia Escolástica. É a tentativa sistemática de Alberto Magno, de Tomás de Aquino e de outros para empregar a lógica de Aristóteles na defesa das crenças e para reconciliar a fé com o pensamento científico. O ceticismo inicial é também representado por nomes como Ramus, Erasmo e Montaigne. O chefe de semana é Santo Tomás de Aquino.

Ver em 1007 01 B  em 08 de outubro o QUADRO DO MÊS DE DESCARTES A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social do mês


ERASMO DE ROTTERDAM (1467-1536) nasceu em Rotterdam, na Holanda. Era filho ilegítimo do padre Roger Gerard. Seu pai teve grande cuidado com sua instrução. Quando seu pai morreu, seus tutores se apossaram de sua herança e o fizeram entrar para um mosteiro para sobreviver à pobreza. Foi ordenado padre em 1492.
Parar obter sua instrução foi estudar em Paris, onde passou a lecionar para se sustentar. Viajou pelas cidades da Europa, onde se encontrou com os humanistas, sábios admiradores da cultura da Grécia e Roma. Em 1516 publicou sua grande obra, a primeira edição do Novo Testamento em grego.
Poucos anos depois publicou o Elogio da Loucura e os Colóquios, um manual de conversação em latim com muitos ataques espirituais contra os abusos da Igreja Católica Romana. Erasmo com numerosas publicações eruditas passou a ser um dos maiores e mais importantes sábios de seu tempo.
Lutero e os reformadores tiveram então grande expectativa de que Erasmo, um religioso ordenado se juntasse a eles, que falavam dele como “a nossa glória e nossa esperança”.
Em razão de sua discordância da teologia escolástica e devido ao seu humanismo laico, Erasmo mostrou-se prudente do mesmo modo que Descartes, fingiu religiosidade e submissão, evitando assim o confisco, a tortura e a morte imposta pela Santa Inquisição durante a contra-reforma aos hereges e aos protestantes. Logo mostrou com franqueza que não tinha gosto para sofrer o martírio.
Erasmo fez então profissão de devoção e fé com de submissão à autoridade da Igreja Católica em prudentes atitudes evasivas. Mas foi um construtor da tradição de liberdade da cultura européia, condição indispensável à nova civilização pacífica industrial e científica preparada pela evolução da Idade Média.

AMANHÃ: O autor da famosa UTOPIA: THOMAS MORUS.

Nenhum comentário:

Postar um comentário