sábado, 20 de setembro de 2014

0921 C METASTÁSIO teatro sonoro de emoção ternura e de encanto humanista

21 DE SETEMBRO. Metastásio: não é digno quem acredita que nasceu só para si

METASTÁSIO
Pietro Antonio Domenico Bonaventura Trapassi
(nasceu em 1698, em Roma; morreu em 1782, em Viena, Áustria)

POETA DA EMOÇÃO HUMANISTA DRAMATURGO E LIBRETISTA ITALIANO

Estética
parte da Filosofia para a idealização, para a emoção

O motor da ação humana é o sentimento
Estética é a teoria da arte, o conjunto dos princípios fundamentais da arte. É apresentada também como a filosofia da arte.
Nesta segunda semana do Calendário estão como representantes desta fase da evolução social aqueles mestres do drama histórico que pintaram os tipos tomados do passado de preferência a caracteres puramente imaginários. Desse modo aqui Schiller é colocado ao lado de Corneille, assim como na semana passada Goethe foi colocado ao lado de Calderon. A semana tem como chefe Corneille.
Ver em 0910 C   O QUADRO DO MÊS DE SHAKESPEARE, o Drama Moderno, com todos os grandes tipos humanos do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.


METASTASIO de Trapassi d’Assise (1698-1782)  um militar a serviço da defesa das terras do papa, nasceu em Roma em janeiro de 1698.
Com apenas 10 anos o talento surpreendente que ele mostrava para a improvisação poética chamou a atenção de Vincent Gravina, eminente jurista e letrado que o adotou. Gravina fez com que ele tomasse o nome de Metastásio, a tradução para a língua grega do nome italiano Trapassi.
Gravina deu a melhor educação a Metastásio e deixou-lhe toda sua fortuna. Aos 15 anos de idade, o jovem Metastásio escreveu um drama no modelo de Aristóteles; aos 20 anos seu protetor morreu. Mas logo uma cantora, Maria Bulgarini teve influência em sua arte. Com sua ajuda ele aperfeiçoou muito a ópera moderna.
A sua primeira tragédia lírica, Didon, foi representada com sucesso em 1724, quando tinha 26 anos. Em 1730, já sendo famoso, o imperador Charles VI da Áustria o convidou a ir para Viena com o título de poeta imperial e com altos honorários. Ali ele viveria por 52 anos na casa de seu amigo Martines, produzindo uma série de dramas, óperas, oratórios e de cantatas.
Metastásio em Viena recebia honrarias da corte e aplausos do público. Teve uma vida ininterrupta de prosperidade, de riqueza e de glória. Ele recusava todos os títulos, de medalhas, da coroa poética no Capitólio de Roma. Morreu com a idade de 84 anos depois de uma vida de paz e de sucesso continuado.
Várias das peças de Metastásio são recomendadas para leitura. A respeito do que o indivíduo fica devendo à sociedade, tanto na infância como na vida adulta e sobre a vida na coletividade, numa de suas obras principais, Clemência de Tito, pode-se ler:

So che tutto è di tutti; e che nè pure
Di nascer meritó chi d’esser nato
Crede solo per se.

Em português:
Sei que tudo é de todos e que nem sequer foi digno de nascer quem acredita que nasceu só para si.
            Em Clemência de Tito, drama, ato 2 cena 10.

É no estudo da sociologia científica que se pode descobrir como a vida humana se faz em torno desse grande organismo universal, a sociedade humana, fonte e destino de nossa vida, que suavemente nos guia, nos orienta e nos oferece a sabedoria em todos os aspectos da existência.
A arte de Metastásio mostrava uma poesia sonora, que se adaptava ao canto. Por isso, suas obras se tornavam LIBRETOS, os textos que eram cantados nas óperas de sua época. Suas obras foram musicadas por mais de 30 compositores diferentes, entre eles Porpora, Haendel, Gluck e Mozart.
Metastásio é considerado pelos críticos o único poeta de coração, o único criador que pode encantar, ao mesmo tempo pela harmonia, tanto poética como musical. Ele tinha um encanto particular e uma melodia do estilo, uma grande habilidade dramática e uma graça de ternura e de emoção.


AMANHÃ: A elevada função da poesia como um sacerdócio da arte: SCHILLER.


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