10 DE AGOSTO: a poesia revolucionária de Elisa Mercoeur e de
Shelleu
ELISA MERCOEUR E
PERCY SHELLEY
A POETISA
FRANCESA E O POETA ROMÂNTICO INGLÊS
ESTÉTICA
as artes da linguagem, da afeição e da expressão
É parte da Filosofia. A emoção é o motor da inteligência e da
atividade
A Idade Média promoveu a liberdade do povo trabalhador, com a
indústria e o comércio livre, com a sistematização do sistema capitalista de
liberdade civil. A civilização moderna, após o fim da civilização medieval,
com a queda do papado e do Feudalismo nos anos 1300, criou uma grande variedade
na atividade humana. A secularização fez a saída do ensino e das artes de
dentro das igrejas e dos conventos para os espaços laicos. As artes se
libertaram do controle dos teólogos e de seus sacerdotes, como ocorreu com a
Filosofia. Em ambos os casos sem luta, gradualmente, sem conflito.
Na modernidade nos encontramos em
fase de transição, em tempos de revolução sem a unanimidade cristã da Idade
Média. É a passagem de uma civilização
medieval da guerra de defesa para uma civilização pacífica científica e
industrial.
Triunfos esplendidos foram
conseguidos pelo gênio artístico aos poucos se afastando da religião, apesar do
clima de revolta. É o sinal da potente capacidade da natureza humana de
produzir, mesmo em situação de desvantagem, um conjunto glorioso de criações
artísticas.
Nesta quarta semana a poesia dos
sentimentos domina a semana. Aqui estão os líricos, os místicos, panteístas, os
poetas da mente humana em todas as suas manifestações e suas emoções, desde
Tomás de Kempis e Bunyan até Byron e Shelley.
Ver em 0715 1 B
O QUADRO DO MÊS DANTE, A EPOPÉIA MODERNA, com os grandes tipos humanos
do mês.
ELISA MERCOEUR
(nasceu em 1809, em
Nantes; morreu em 1835, em Paris)
POETISA FRANCESA
GRANDE GÊNIO FAMOSA POR SUA CULTURA E PRECOCIDADE
ELISA
MERCOEUR publicou seus poemas antes mesmo de ter 17 anos de idade. De acordo
com as Memórias escritas por sua mãe, ela já escrevia contos e comédias. Aos
oito anos falava em compor uma tragédia em 5 atos e em versos para a
Comedie-Française. Aos 12 anos Elisa dava a seus colegas mais jovens aulas de
história, de geografia, de redação, de inglês, francês e de outros assuntos.
Aos 13 anos já teria traduzido o poeta Milton completo.
Depois
da publicação de seus poemas recebeu aplausos de Chateaubriand, Lamartine e de
vários outros críticos e poetas, além da popularidade geral. Em 1827 Elisa foi
recebida pela Academia de Lion e no ano seguinte pela Academia de Nantes.
Foi
obrigada a trabalhar no jornalismo para sobreviver e morreu doente em 1835 com
a idade de 26 anos. Seu túmulo no cemitério do Père Lachaise mostra alguns de
seus versos e tornou-se um lugar de peregrinação para os jovens amantes da
poesia.
SHELLEY
Shelley,
Percy Bysshe
(nasceu em 1792, no
Sussex, Inglaterra; morreu em 1822, no mar, ao largo de Livorno, Itália)
POETA ROMÂNTICO
INGLÊS NA REVOLUÇÃO DO IDEAL DO AMOR E DA JUSTIÇA SOCIAL
SHELLEY
[diga Chi’-li] desde sua juventude
demonstrou ser um poeta revolucionário, anunciando desde logo uma filosofia e
uma religião puramente humana. Foi expulso da Universidade de Oxford por ter
divulgado um panfleto com o nome “A necessidade do Ateísmo”. Pelo mesmo motivo
foi afastado de sua família.
Em
1817 Shelley foi declarado pelo governo inglês incapaz da guarda de seus
filhos. Esse fato e o mau estado sua saúde fizeram com que resolvesse sair da
Inglaterra. Partiu com a esposa para a Itália, onde levou uma vida errante,
mantendo amizade com Lord Byron. Em 1822 morreu afogado na baia de Spezzia,
onde seu navio sossobrou durante uma tempestade.
Shelley
representa em essência a revolução francesa de 1789. É importante em sua obra
que sentiu que a crise da sociedade na época era de caráter universal e não
local. Mas reconheceu as calamidades que resultaram da revolução. Sua grande
cultura e seu gênio poético permitiram que colocasse em sua crença
revolucionária formas novas de arte e graça propondo uma filosofia da razão.
A
rebelião contra toda autoridade, especialmente à dos padres e dos reis, o
martírio, as esperanças triunfantes de renascimento futuro de unidade humana
são os temas de seus versos inflamados. A eles junta uma doce emoção, uma
ternura em relação à mulher, o culto à natureza, um sentimento apaixonado pela
nobre ação da arte e do belo em todas as suas formas.
Será
sempre lembrado por seus versos sobre a imortalidade que a continuidade social
nos assegura e por sua previsão do progresso e do poder da ação coletiva da
humanidade.
AMANHÃ:
Um poeta revolucionário moderno, partidário de Satan: MILTON.
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