07 DE AGOSTO: Madame de Stael só a emoção nos oferece a fonte direta da
felicidade
MADAME DE STAEL
Germaine de Stael, Anne-Luise-Germaine Necker, Baronne de Staël-Holstein
(nasceu em 1766, em
Paris; morreu em 1817, em Paris)
ESCRITORA E
INTELECTUAL FRANCESA FAMOSA POR SEU SALÃO DE INTELECTUAIS
ESTÉTICA
as artes da linguagem, da afeição e da expressão
É parte da Filosofia. A emoção é o motor da inteligência e da
atividade
A Idade Média promoveu a liberdade do povo trabalhador, com a
indústria e o comércio livre, com a sistematização do sistema capitalista de
liberdade civil. A civilização moderna, após o fim da civilização medieval,
com a queda do papado e do Feudalismo nos anos 1300, criou uma grande variedade
na atividade humana. A secularização fez a saída do ensino e das artes de
dentro das igrejas e dos conventos para os espaços laicos. As artes se
libertaram do controle dos teólogos e de seus sacerdotes, como ocorreu com a
Filosofia. Em ambos os casos sem luta, gradualmente, sem conflito.
Na modernidade nos encontramos em
fase de transição, em tempos de revolução sem a unanimidade cristã da Idade
Média. É a passagem de uma civilização
medieval da guerra de defesa para uma civilização pacífica científica e
industrial.
Triunfos esplendidos foram
conseguidos pelo gênio artístico aos poucos se afastando da religião, apesar do
clima de revolta. É o sinal da potente capacidade da natureza humana de
produzir, mesmo em situação de desvantagem, um conjunto glorioso de criações
artísticas.
Nesta quarta semana a poesia dos sentimentos domina a
semana. Aqui estão os líricos, os místicos, panteístas, os poetas da mente
humana em todas as suas manifestações e suas emoções, desde Tomás de Kempis e
Bunyan até Byron Shelley. A poesia sentimental,
religiosa, mística, das emoções após a queda do feudalismo e do papado.
Ver em 0715 1 B
O QUADRO DO MÊS DANTE, A EPOPÉIA MODERNA, com os grandes tipos humanos
do mês.
MADAME
DE STAEL afirma em seu romance Delphine
a importante máxima da psicologia moderna:
“Não há
nada de real no mundo a não ser o amor”
Diz
a autora que nossos pensamentos e nossos atos somente podem nos dar a
felicidade por seus resultados. Mas esses resultados raramente dependem de nós.
Ao passo que o sentimento, ao contrário, está inteiramente em nosso poder e nos
oferece uma fonte direta de felicidade que nada pode alterar.
O
amor é entendido como o sentimento em favor dos outros, como o altruísmo, em
todas as suas formas. É o sentimento social, que promove o progresso permanente
da coletividade humana através dos séculos. Deve-se verificar que é o respeito às
gerações sucessivas que promove a passagem e conservação do conhecimento ao
longo da evolução social. Note-se a admiração que se dá ao conhecimento dos
idosos e até certo poder mágico que se coloca nos mortos, frequentemente tidos
como muito mais competentes e proféticos.
As
obras de Madame de Stael mostram grande eloqüência, de vibração e de sentimento
profundo. Sua grande importância histórica na literatura está no
desenvolvimento do romantismo moderno, do romance de coração, do gosto pela
natureza, da arte, das coisas antigas e pela história de Europa.
Era
a filha única do estadista e financista francês Jacques Necker, educada com
carinho e cedo introduzida na sociedade de Paris, onde se destacou por suas
qualidades brilhantes de beleza e cultura. Aos vinte anos casou-se com o Barão
de Stael-Holstein, embaixador da Suécia na França. Tornou-se para sempre
conhecida pelo nome de seu marido.
Stael
manteve um salon brilhante que reunia
os intelectuais da cidade. Com a Revolução Francesa teve que se refugiar na
Suíça e na Inglaterra. Ao voltar mais tarde, entrando em luta contra Napoleão,
foi exilada em 1803. Faleceu em 1817, com 51 anos de idade.
AMANHÃ: A energia unida a um doce altruísmo: S. FRANCISCO DE
SALES.
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