segunda-feira, 30 de julho de 2012

0807 B Mme de STAEL desenvolve o cordial romancismo moderno sentimental


07 DE AGOSTO: Madame de Stael   só a emoção nos oferece a fonte direta da felicidade

MADAME DE STAEL
Germaine de Stael, Anne-Luise-Germaine Necker, Baronne de Staël-Holstein
(nasceu em 1766, em Paris; morreu em 1817, em Paris)

ESCRITORA E INTELECTUAL FRANCESA FAMOSA POR SEU SALÃO DE INTELECTUAIS


ESTÉTICA
as artes da linguagem, da afeição e da expressão
É parte da Filosofia. A emoção é o motor da inteligência e da atividade

A Idade Média promoveu a liberdade do povo trabalhador, com a indústria e o comércio livre, com a sistematização do sistema capitalista de liberdade civil. A civilização moderna, após o fim da civilização medieval, com a queda do papado e do Feudalismo nos anos 1300, criou uma grande variedade na atividade humana. A secularização fez a saída do ensino e das artes de dentro das igrejas e dos conventos para os espaços laicos. As artes se libertaram do controle dos teólogos e de seus sacerdotes, como ocorreu com a Filosofia. Em ambos os casos sem luta, gradualmente, sem conflito.
Na modernidade nos encontramos em fase de transição, em tempos de revolução sem a unanimidade cristã da Idade Média. É a passagem de uma civilização medieval da guerra de defesa para uma civilização pacífica científica e industrial.
Triunfos esplendidos foram conseguidos pelo gênio artístico aos poucos se afastando da religião, apesar do clima de revolta. É o sinal da potente capacidade da natureza humana de produzir, mesmo em situação de desvantagem, um conjunto glorioso de criações artísticas.
Nesta quarta semana a poesia dos sentimentos domina a semana. Aqui estão os líricos, os místicos, panteístas, os poetas da mente humana em todas as suas manifestações e suas emoções, desde Tomás de Kempis e Bunyan até Byron Shelley. A poesia sentimental, religiosa, mística, das emoções após a queda do feudalismo e do papado.

Ver em 0715 1 B   O QUADRO DO MÊS DANTE, A EPOPÉIA MODERNA, com os grandes tipos humanos do mês.


MADAME DE STAEL afirma em seu romance Delphine a importante máxima da psicologia moderna:
“Não há nada de real no mundo a não ser o amor”

Diz a autora que nossos pensamentos e nossos atos somente podem nos dar a felicidade por seus resultados. Mas esses resultados raramente dependem de nós. Ao passo que o sentimento, ao contrário, está inteiramente em nosso poder e nos oferece uma fonte direta de felicidade que nada pode alterar.
O amor é entendido como o sentimento em favor dos outros, como o altruísmo, em todas as suas formas. É o sentimento social, que promove o progresso permanente da coletividade humana através dos séculos. Deve-se verificar que é o respeito às gerações sucessivas que promove a passagem e conservação do conhecimento ao longo da evolução social. Note-se a admiração que se dá ao conhecimento dos idosos e até certo poder mágico que se coloca nos mortos, frequentemente tidos como muito mais competentes e proféticos.
As obras de Madame de Stael mostram grande eloqüência, de vibração e de sentimento profundo. Sua grande importância histórica na literatura está no desenvolvimento do romantismo moderno, do romance de coração, do gosto pela natureza, da arte, das coisas antigas e pela história de Europa.
Era a filha única do estadista e financista francês Jacques Necker, educada com carinho e cedo introduzida na sociedade de Paris, onde se destacou por suas qualidades brilhantes de beleza e cultura. Aos vinte anos casou-se com o Barão de Stael-Holstein, embaixador da Suécia na França. Tornou-se para sempre conhecida pelo nome de seu marido.
Stael manteve um salon brilhante que reunia os intelectuais da cidade. Com a Revolução Francesa teve que se refugiar na Suíça e na Inglaterra. Ao voltar mais tarde, entrando em luta contra Napoleão, foi exilada em 1803. Faleceu em 1817, com 51 anos de idade.


AMANHÃ: A energia unida a um doce altruísmo: S. FRANCISCO DE SALES.

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