11 DE JULHO. Santa
Isabel Rainha da Hungria: cuidando pessoalmente dos enfermos
SANTA ISABEL DA
HUNGRIA
Sainte Elisabeth
de Hongrie, Elizabeth of Hungary, Elizabeth of Thuringia
(nasceu no ano 1207 da
nossa era, em Presburg, Hungria; morreu em 1231, em Marburg, Alemanha)
PIEDOSA TERNURA
FEMININA NO ALTRUÍSMO CRISTÃO DA CAVALARIA MEDIEVAL
As grandes contribuições da Civilização
Feudal para o progresso da sociedade humana
A Civilização Feudal realizou a
tarefa principal ao estabelecer:
3. Suprimiu a escravidão geral na população, fundou o trabalho livre com a
libertação completa do trabalhador
resultando na importante organização
permanente do sistema econômico do capitalismo.
Neste mês são consagrados os nomes
que representam a guerra para a defesa da Europa e que fundaram as instituições
locais, trabalhando para organizar cada nova nação européia.
Foram nove séculos de avanços e
recuos, desde cerca dos anos 400 até 1300. Com muita confusão, crueldade e
crimes; mas também com muito heroísmo e uma dedicação admirável resultando em
notável progresso político, econômico, filosófico e moral.
Nesta quarta semana é feita a representação de como agiram
os dirigentes cristãos no governo político. O tipo principal é o rei São Luiz
de França, comemorado no domingo que encerra a semana.
Ver em 0617 01 B O QUADRO DO MÊS CARLOS MAGNO A CIVILIZAÇÃO FEUDAL com todos os grandes tipos humanos do mês.
SANTA ISABEL é o tipo de caridade feminina, representando na Idade
Média o poder das mulheres para dignificar, elevar, a cavalaria feudal. As
tradições criaram lendas de uma vida cheia de milagres, mas os fatos essenciais
têm registro histórico e sua bela personalidade não oferece dúvida alguma.
Filha de André II, rei da Hungria, ela nasceu em 1207. Com a idade
de quatro anos, foi dada como noiva a Luis, filho do príncipe de Turíngia,
Alemanha. Foi educada na corte de seu futuro marido, quando sua graça na
infância e sua santidade de jovem menina se destacaram.
Aos quinze anos de idade, ela se casou com Luis, então já como
duque de Turíngia. Isabel marcou com o casamento o seu ascendente que exerceu
sobre ele durante sua infância. Ele foi, a todos os respeitos, merecedor de seu
amor e tomou por divisa: “Piedosa, Casta, Justa”.
Isabel fez construir um hospital ao lado da montanha em que seu
castelo estava. Ela cuidava pessoalmente dos enfermos, atendendo os doentes
duas vezes por dia, pela manhã e à tarde.
A curta união do casal, que durou seis anos, é representada como o
tipo de felicidade conjugal, da caridade sem limites, da terna solicitude pelos
interesses de seu povo e pelo ascendente espiritual da santidade feminina. As
lendas resultantes de sua graça, sua virtude, beleza, sua doçura, piedade, sua
bondade, abnegação e ternura, estão entre as mais emocionantes de todas as
vidas religiosas, na história dos santos católicos, quase sempre voltados a uma
triste e penosa solidão ou a um misticismo extravagante.
Quando o papa convidou Frederico II a fazer uma nova cruzada, Luis
seguiu o imperador e morreu pela febre na viagem, em Otrante, no ano de 1227. A jovem viúva, que
tinha então 20 anos, se afastou com seus quatro filhos de seu castelo de
Wartbourg. Esse mesmo castelo é que se tornou, 300 anos depois, o refúgio de
Lutero, onde ele terminou sua tradução da bíblia.
Com a perda do esposo, ela vendeu tudo que tinha e foi trabalhar
para criar seus quatro filhos. Com caridade, distribuía sempre o pão dos pobres
e, durante um tempo de fome generalizada na Alemanha, fez uma grande oferta de
trigo ao povo. Por essa caridade, mais tarde, Isabel passou a ser considerada a
santa padroeira dos padeiros.
Isabel se negou a ser a regente em nome de seu filho ainda
criança, se retirou de Marburgo com suas filhas e se dedicou inteiramente a uma
vida de penitência e de caridade, sob a direção de seu confessor Conrado.
Depois de alguns anos de sofrimento que ela se impôs a si mesma,
morreu com a idade de 24 anos, no ano de 1231, esgotada, ao que parece, por seu
zelo na caridade e pelas ordens severas de seu orientador espiritual. Morreu
como franciscana, a corda dos frades em torno de seu corpo. Seu túmulo, na
igreja de Santa Isabel em Marbourg, foi um dos lugares de peregrinação na
Alemanha, até que foi violado brutalmente por seu descendente, Philippe de
Hesse, ao tempo da reforma protestante.
Isabel de Hungria é uma das figuras mais caras à arte, à narrativa
e à poesia do catolicismo.
Ela permanece, para sempre, como um tipo inesquecível do poder
exercido pelas mais nobres mulheres da era feudal para colocar o espírito de
altruísmo cristão na cavalaria medieval e para inspirar aos chefes políticos o
sentimento do dever social.
AMANHÃ:
Rainha sábia e justa se destaca entre os soberanos da Idade Média: Branca de
Castela.
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