quinta-feira, 26 de julho de 2012

0730 B SPENSER poeta inglês dos nobres ideais da perfeição cavalheiresca e feminina


30 DE JULHO: SPENSER  o mais antigo dos poetas modernos da Inglaterra

SPENSER
Edmund Spenser
(nasceu em 1552, em Londres; morreu em 1599, em Londres)

GRANDE POETA INGLÊS DESTACADO NA LITERATURA DO ROMANCE ALEGÓRICO

ESTÉTICA
as artes da linguagem, da afeição e da expressão
É parte da Filosofia. A emoção é o motor da inteligência e da atividade

A Idade Média promoveu a liberdade do povo trabalhador, com a indústria e o comércio livre, com a sistematização do sistema capitalista de liberdade civil. A civilização moderna, após o fim da civilização medieval, com a queda do papado e do Feudalismo nos anos 1300, criou uma grande variedade na atividade humana. A secularização fez a saída do ensino e das artes de dentro das igrejas e dos conventos para os espaços laicos. As artes se libertaram do controle dos teólogos e de seus sacerdotes, como ocorreu com a Filosofia. Em ambos os casos sem luta, gradualmente, sem conflito.
Na modernidade nos encontramos em fase de transição, em tempos de revolução sem a unanimidade cristã da Idade Média. É a passagem de uma civilização medieval da guerra de defesa para uma civilização pacífica científica e industrial.
Triunfos esplendidos foram conseguidos pelo gênio artístico aos poucos se afastando da religião, apesar do clima de revolta. É o sinal da potente capacidade da natureza humana de produzir, mesmo em situação de desvantagem, um conjunto glorioso de criações artísticas.
Nesta terceira semana o tipo destacado como chefe de semana é Tasso. Ele tem seu dia no domingo, último dia da semana. Aqui é relembrada a criação da poesia do espírito cavalheiresco medieval, à idealização das virtudes da cavalaria e aos romances de aventura.

Ver em 0716 01 C   O QUADRO DO MÊS DANTE, A EPOPÉIA MODERNA, com todos os grandes tipos humanos do mês.


A poesia moderna da Inglaterra tem começo com o poema romântico que glorifica a era da rainha Elisabeth.
EDMUND SPENSER nasceu em Londres em 1552 de uma família que sofreu reveses, provavelmente ligados à nobre linhagem de Spencer. Estudou em Cambridge, em Pembroke Hall. De volta ainda jovem para Londres tornou-se amigo de Sir Philip Sidney (1554–86) e filiado à casa de Lord Leicester, tio de Sydney, publicando seu primeiro poema com a idade de 27 anos.
Em seguida foi para a Irlanda como secretário do Vice-rei Lord Grey e ali passou quase todo resto de sua vida em funções oficiais. Obteve a concessão de terras confiscadas e fez pare da guarnição protestante inglesa que, com sangue e horror se esforçou valentemente para submeter a população católica da região. Na grande insurreição de Tyrone seu castelo foi devastado e queimado. Fugiu para a Inglaterra, morrendo na miséria, diz-se que passando fome em janeiro de 1599. Foi enterrado na abadia de Westminster no setor dos poetas, ao lado de seu amigo Chaucer.
O longo poema alegórico The Faerie Queene – A Rainha das fadas – foi publicada em duas séries em 1590 e 1596 e colocou logo o autor no primeiro lugar dos poetas vivos. Por vezes se coloca Spenser na literatura inglesa como o melhor poeta depois de Milton.
Spenser é o mais antigo de muitos dos poetas modernos ingleses e sua influência sobre toda a poesia ulterior foi profunda. Sua obra mostra a beleza de sua criação nobre e original, da elevação romântica de seus ideais e de sua aspiração à perfeição cavalheiresca e feminina.
A figura do herói na obra de Spenser como um cavaleiro em conquista sugere que seu humanismo, mesmo sem força política entre as monarquias da época, poderia realizar um ativismo ao aperfeiçoar, incentivar e representar os valores de uma causa justa e nobre.

AMANHÃ: As baladas como a forma preferida para a poesia do povo: Romanceiros Espanhóis.

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