05 DE AGOSTO: PETRARCA
na modernização da poesia e na influência feminina na arte
COMEÇA A
QUARTA SEMANA DO 8º MÊS EPOPÉIA MODERNA
LUNEDIA=segunda-feira; MARTEDIA=terça;
MERCURIDIA=quarta; JOVEDIA=quinta; VENERDIA=sexta-feira.
Agosto
Ano comum=C/ B=bissexto
C/ B
Lunedia
|
22
|
Petrarca
|
|
6
|
Martedia
|
23
|
Tomás de
Kempis
|
L
Granada&Bunyan
|
7/6
|
Mercuridia
|
24
|
Madame de
Lafayette
|
Madame de
Stäel
|
8/7
|
Jovedia
|
25
|
Fénélon
|
S. Francisco
de Sales
|
9/8
|
Venerdia
|
26
|
Klopstock
|
Gessner
|
10/9
|
Sábado
|
27
|
Byron
|
Elisa
Mercœur e Shelley
|
11/10
|
Domingo
|
28
|
MILTON
|
|
12
|
PETRARCA
0805 B PETRARCA o soneto moderno em novo formato com clássicos
gregos e romanos
05 DE AGOSTO: PETRARCA
na modernização da poesia e na influência feminina na arte
PETRARCA
Francesco di Parenzo Petrarca, Petrarch
(nasceu em 1304 em
Arezzo, Toscana, Itália: morreu em 1374, em Arquà, perto de Pádua, Carrara,
Itália)
GRANDE POETA
FLORENTINO FUNDADOR DA RENASCENÇA CLÁSSICA NA ITÁLIA
ESTÉTICA
as artes da linguagem, da afeição e da expressão
É parte da Filosofia. A emoção é o motor da inteligência e da
atividade
A Idade Média promoveu a liberdade do povo trabalhador, com a
indústria e o comércio livre, com a sistematização do sistema capitalista de
liberdade civil. A civilização moderna, após o fim da civilização medieval,
com a queda do papado e do Feudalismo nos anos 1300, criou uma grande variedade
na atividade humana. A secularização fez a saída do ensino e das artes de
dentro das igrejas e dos conventos para os espaços laicos. As artes se
libertaram do controle dos teólogos e de seus sacerdotes, como ocorreu com a
Filosofia. Em ambos os casos sem luta, gradualmente, sem conflito.
Na modernidade nos encontramos em
fase de transição, em tempos de revolução sem a unanimidade cristã da Idade
Média. É a passagem de uma civilização
medieval da guerra de defesa para uma civilização pacífica científica e
industrial.
Triunfos esplendidos foram
conseguidos pelo gênio artístico aos poucos se afastando da religião, apesar do
clima de revolta. É o sinal da potente capacidade da natureza humana de
produzir, mesmo em situação de desvantagem, um conjunto glorioso de criações
artísticas.
Nesta quarta semana a poesia dos
sentimentos domina a semana. Aqui estão os líricos, os místicos, panteístas, os
poetas da mente humana em todas as suas manifestações e suas emoções, desde
Tomás de Kempis e Bunyan até Byron Shelley.
Ver em 0715 1 B
O QUADRO DO MÊS DANTE, A EPOPÉIA MODERNA, com os grandes tipos humanos
do mês.
FRANCESCO PETRARCA nasceu em Arezzo em 1304. Seu pai foi Pietro de
Parenzo, chamado de Petrarco, que era tabelião no tribunal de Florença. O pai
foi banido de sua cidade por fazer parte do partido Branco, pelo mesmo decreto
de 1302 que exilou Dante. Francesco nasceu em Arezzo durante o exílio de seu
pai. Ele estudou em Florença e em Pisa, indo depois para Avignon, que estava
então governada pelo rei de Nápoles e era a sede do papa, então expulso de
Roma.
Desde sua infância, Petrarca se dedicou com paixão ao estudo
literário. Estudou em Montpelier e em Bolonha e mudou seu nome para Petrarca.
Quando seu pai morreu, ele retornou a Avignon e entrou para a igreja tomando as
ordens menores de religioso e tornou-se um protegido do influente cardeal
Giovanni Colonna. Ficou logo conhecido por seu grande saber e pela elegância de
sua cultura.
Durante 14 anos, o brilhante estudante se absorveu pelas letras
latinas e pela poesia lírica, vivendo em Avignon ou se retirando para perto de
Vaucluse e fazendo viagens a Paris, Flandres, ao Reno e a Roma.
Petrarca tinha 23 anos quando se encontrou pela primeira vez com
Laura, a misteriosa inspiradora de toda sua vida, a quem ele endereçou seus
SONETOS. Não se conhece quem era a dama desconhecida que foi o alvo de seu
amor. Sabe-se que ela era casada, de boa reputação. O poeta não parou de ter
por ela uma ardente paixão durante 20 anos, até que ela morreu em 1348.
Com a idade de 35 anos,
“NEL MEZZO DEL CAMMIN DI SUA VITA” (no meio do caminho de sua vida),
Petrarca foi coroado como poeta laureado em Roma, no Capitólio.
Depois dessa época o poeta passou sua vida nas cortes, em
embaixadas, nas sociedades cultas da Itália, em correspondência contínua com os
sábios de todos os países ou em seu retiro campestre de Vaucluse e de Arquà,
perto de Pádua.
Petrarca tinha um grupo de amigos literários e de protetores entre
os nobres e reis. Colecionava manuscritos antigos, clássicos, moedas, livros e
produziu uma série extraordinária de cartas, epopéias, tratados, ensaios,
discursos e meditações filosóficas.
Ele foi encontrado morto no meio de seus livros, em julho de 1374,
aos 70 anos de idade. Seus restos repousam num sarcófago de mármore vermelho
que se pode ver, bem como sua casa, na vila de Arquà que domina a planície
arborizada entorno de Pádua.
Petrarca foi, a todos os respeitos, o primeiro e o melhor dos
humanistas, o verdadeiro inspirador da renascença clássica, o fundador da
literatura realmente moderna.
Muito apreciado é o verso de seus “SONETOS” em que Petrarca exalta a
influência feminina sobre seu admirador: ...aquela dama que
“OGNI BASSO PENSIER
DAL COR M’AVULSE”,
ou seja, aquela dama “que me tira do coração todo baixo
pensamento”.
Petrarca com justiça considerado o primeiro poeta moderno, aperfeiçoou
o formato do soneto e influenciou profundamente a arte poética. Foi também um
dos primeiros humanistas a fazer justiça à cultura dos gregos e dos romanos
antigos, trazendo para a modernidade muitos dos autores clássicos esquecidos.
Ele é o membro da nova classe de formadores de opinião surgida
após a Idade Média, ao fazer a direção da produção e divulgação do conhecimento
antes realizada pelos sacerdotes cristãos, os respeitáveis promotores da
cultura medieval. Notando-se que os próprios padres promoveram a necessária
mudança.
AMANHÃ: Autor religioso católico adotado por
protestantes, agnósticos e até por livre-pensadores:Tomás de Kempis.
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