quarta-feira, 20 de novembro de 2013

1121 C MAZARIN ministro e cardeal firme pela unidade de comando da monarquia

21 DE NOVEMBRO. MAZARIN: contra parlamento formando novos administradores

MAZARIN
Cardeal Jules Mazarin, Giulio Raimondo Mazzarino, ou Mazarini
(nasceu em 1602 em Pescina, Abruzzi, reino de Nápoles, Itália; morreu em 1661, em Vincennes, França)

ESTADISTA E CARDEAL FRANCÊS MINISTRO DA PAZ DO PAÍS E DA EUROPA

GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
No mês da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1  o fim da organização militar medieval para a guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2  a preparação da nova civilização científica e pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida pelos diversos governos.
A ação de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou extinção do poder e dos privilégios da nobreza, dos militares e das autoridades religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou barões feudais.
O governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos passaram a governar sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se fossem ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell podem-se ver dois modos de governo.
Nessa fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram o governo central monárquico com o necessário comando único reunindo no rei os antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento dos costumes antigos os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.
Nesta terceira semana estão organizadores e financistas como ministros de Estado que viveram no século XVI, XVII e XVIII. São estadistas do governo pós-medieval. Impõem a ordem, favorecem a indústria e desenvolvem os recursos naturais. Alguns se tornaram conhecidos por suas guerras, mas não estão aqui por essa razão. O militarismo de seus governos foi por vezes necessário. Para seu financiar seu custo encorajaram a indústria como um meio de conseguir recursos para as despesas da guerra. Richelieu dá o nome a esta terceira semana dos grandes ministros.

Ver em 1105 C  em 05 de novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos do mês na evolução social da política.

GIULIO MAZARIN (1602-1661) nasceu na Itália, em Pescina, então um território dos domínios do papa. Tornou-se um protegido da poderosa família Colonna. Foi mandado para estudar com os jesuítas em Roma, sendo um excelente estudante. Acompanhando um membro da família Colonna foi para a Espanha, e completou seus estudos na Universidade de Alcalá de Henares, hoje Universidade de Madrid.
Estudou direito e voltou para Roma, ansioso para aprender mais sobre os meios de vida da aristocracia e dos negócios. Obteve a patente de capitão do exército do papa em 1624. Entrou para o serviço diplomático da Santa Sé, como secretário do legado papal em Milão, onde começou sua ação na vida política. Foi mandado à França para negociações com o Cardeal de Richelieu. Ficou fascinado pelo poderoso ministro. Chegou a dizer que tinha resolvido se dedicar inteiramente a Richelieu.
De volta a Roma em 1632, Mazarin foi mandado em 1634 como o núncio ou embaixador do papa junto à corte real da França. Lá, ao lado de Richelieu, ganhou o favor dos poderosos e tornou-se dedicado ao serviço da França, cuja “abertura de coração e de pensamento” muito o impressionava. Voltou para Roma, onde continuou a correspondência com Richelieu, defendendo os interesses da França na corte do papa.
Em reconhecimento por sua colaboração, o rei Luís XIII concedeu a Mazarin pensões religiosas e benefícios, para o que ele tomou a naturalização de súdito francês em 1639 O rei o recomendou ao papa para torná-lo cardeal da Igreja Católica. Mazarin foi convidado a voltar para Paris, chegando em 1640, deixando o serviço do papa, passando ao serviço da França. Em 1641 o papa, em reconhecimento aos seus esforços em favor da paz na Europa, finalmente lhe concedeu o chapéu de Cardeal.
Richelieu empregou Mazarin nas mais importantes tarefas políticas e, ao morrer, o recomendou como ministro para o rei Luís XIII. Na qualidade de primeiro ministro, sua ambição era de acabar com a rivalidade existente entre as forças católicas da Europa. Em 1643, com a morte de Luís XIII, a rainha Ana da Áustria, regente na minoridade de Luís XIV, então com 5 anos de idade, o manteve no cargo.
Ele teve que subordinar seu ideal de paz aos interesses do país. Conseguiu a Paz de Westphalia em 1648, depois de brilhantes vitórias militares sobre as tropas espanholas. Ele contou com os competentes generais Luís II de Bourbon, príncipe de Condé e Henri de Turenne. Assim ficou feita a paz na Alemanha. A guerra com a Espanha continuou, até que, em aliança com a Inglaterra, Mazarin obteve o acordo de paz em 1658.
Mas ele teve que enfrentar a revolta da Fronde, por 5 anos, por parte da alta nobreza da França. Vencida a Fronde, em 1653, o rei Luís XIV foi coroado no ano seguinte.
Mazarin fez o jovem rei participar dos problemas políticos, mantendo-se firme contra o Parlamento e treinando um grupo de grandes administradores para o seu reino: J-B Colbert, Nicholas Fouquet, Hughes de Lionne e Michel Le Tellier.
Mazarin morreu em Vincennes, na França, em 1661. Ele foi um homem atraente, elegante e eloqüente. Ele manteve-se sem casar, já que como cardeal leigo, mesmo não sendo padre, estava obrigado ao celibato. Ele não foi ordenado como sacerdote, tendo recebido somente as ordens menores. Fiel à sua fé no Catolicismo, defendeu a ortodoxia contra as heresias, mas nunca advogou a perseguição religiosa.

AMANHÃ: O político francês mais brilhante, com os melhores resultados : Colbert.


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