21 DE NOVEMBRO. MAZARIN:
contra parlamento formando novos administradores
MAZARIN
Cardeal Jules Mazarin,
Giulio Raimondo Mazzarino, ou Mazarini
(nasceu em 1602 em Pescina,
Abruzzi, reino de Nápoles, Itália; morreu em 1661, em Vincennes, França)
ESTADISTA E
CARDEAL FRANCÊS MINISTRO DA PAZ DO PAÍS E DA EUROPA
GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
No mês
da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos
em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1 o fim da organização militar medieval para a
guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2 a preparação da nova civilização científica e
pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida
pelos diversos governos.
A ação
de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou
extinção do poder e dos privilégios da nobreza, dos militares e das autoridades
religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo
político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade
Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou
barões feudais.
O
governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo
descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do
antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta
entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo
político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos
passaram a governar sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se fossem
ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell podem-se
ver dois modos de governo.
Nessa
fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir
o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova
civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em
normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a
ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram
o governo central monárquico com o necessário comando único reunindo no rei os
antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento dos
costumes antigos os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções
religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.
Nesta terceira semana
estão organizadores e financistas como ministros de Estado que viveram no
século XVI, XVII e XVIII. São estadistas do governo pós-medieval. Impõem a
ordem, favorecem a indústria e desenvolvem os recursos naturais. Alguns se
tornaram conhecidos por suas guerras, mas não estão aqui por essa razão. O militarismo
de seus governos foi por vezes necessário. Para seu financiar seu custo
encorajaram a indústria como um meio de conseguir recursos para as despesas da
guerra. Richelieu dá o nome a esta terceira semana dos grandes ministros.
Ver em
1105 C em 05 de novembro o QUADRO DO MÊS
DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos do mês na
evolução social da política.
GIULIO MAZARIN (1602-1661) nasceu na Itália, em Pescina, então um
território dos domínios do papa. Tornou-se um protegido da poderosa família
Colonna. Foi mandado para estudar com os jesuítas em Roma, sendo um excelente
estudante. Acompanhando um membro da família Colonna foi para a Espanha, e completou
seus estudos na Universidade de Alcalá de Henares, hoje Universidade de Madrid.
Estudou direito e voltou para Roma, ansioso para aprender mais
sobre os meios de vida da aristocracia e dos negócios. Obteve a patente de
capitão do exército do papa em 1624. Entrou para o serviço diplomático da Santa
Sé, como secretário do legado papal em Milão, onde começou sua ação na vida
política. Foi mandado à França para negociações com o Cardeal de Richelieu.
Ficou fascinado pelo poderoso ministro. Chegou a dizer que tinha resolvido se
dedicar inteiramente a Richelieu.
De volta a Roma em 1632, Mazarin foi mandado em 1634 como o núncio
ou embaixador do papa junto à corte real da França. Lá, ao lado de Richelieu,
ganhou o favor dos poderosos e tornou-se dedicado ao serviço da França, cuja “abertura de coração e de pensamento”
muito o impressionava. Voltou para Roma, onde continuou a correspondência com
Richelieu, defendendo os interesses da França na corte do papa.
Em reconhecimento por sua colaboração, o rei Luís XIII concedeu a
Mazarin pensões religiosas e benefícios, para o que ele tomou a naturalização
de súdito francês em 1639 O rei o recomendou ao papa para torná-lo cardeal da
Igreja Católica. Mazarin foi convidado a voltar para Paris, chegando em 1640,
deixando o serviço do papa, passando ao serviço da França. Em 1641 o papa, em
reconhecimento aos seus esforços em favor da paz na Europa, finalmente lhe
concedeu o chapéu de Cardeal.
Richelieu empregou Mazarin nas mais importantes tarefas políticas
e, ao morrer, o recomendou como ministro para o rei Luís XIII. Na qualidade de
primeiro ministro, sua ambição era de acabar com a rivalidade existente entre
as forças católicas da Europa. Em 1643, com a morte de Luís XIII, a rainha Ana
da Áustria, regente na minoridade de Luís XIV, então com 5 anos de idade, o
manteve no cargo.
Ele teve que subordinar seu ideal de paz aos interesses do país.
Conseguiu a Paz de Westphalia em 1648, depois de brilhantes vitórias militares
sobre as tropas espanholas. Ele contou com os competentes generais Luís II de
Bourbon, príncipe de Condé e Henri de Turenne. Assim ficou feita a paz na
Alemanha. A guerra com a Espanha continuou, até que, em aliança com a
Inglaterra, Mazarin obteve o acordo de paz em 1658.
Mas ele teve que enfrentar a revolta da Fronde, por 5 anos, por
parte da alta nobreza da França. Vencida a Fronde, em 1653, o rei Luís XIV foi
coroado no ano seguinte.
Mazarin fez o jovem rei participar dos problemas políticos,
mantendo-se firme contra o Parlamento e treinando um grupo de grandes
administradores para o seu reino: J-B Colbert, Nicholas Fouquet, Hughes de
Lionne e Michel Le Tellier.
Mazarin morreu em Vincennes, na França, em 1661. Ele foi um homem
atraente, elegante e eloqüente. Ele manteve-se sem casar, já que como cardeal
leigo, mesmo não sendo padre, estava obrigado ao celibato. Ele não foi ordenado
como sacerdote, tendo recebido somente as ordens menores. Fiel à sua fé no
Catolicismo, defendeu a ortodoxia contra as heresias, mas nunca advogou a
perseguição religiosa.
AMANHÃ: O político francês mais brilhante, com os melhores
resultados : Colbert.
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