08 DE NOVEMBRO. Isabel
de Castela: forneceu os meios para a descoberta de América
ISABEL DE
CASTELA
Isabel
La Católica ,
Isabel I rainha de Castela e Aragão, Isabella I the Catholic
(nasceu em 1451, em
Castela, na Espanha; morreu em 1504, em Medina del Campo, Espanha)
RAINHA DE
CASTELA E ARAGÃO FEZ A UNIFICAÇÃO DA ESPANHA
GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
No mês da Política Moderna são colocados os maiores nomes
representativos dos séculos em que o progresso da sociedade européia realizou
duas funções:
1 o fim de sua organização militar medieval
para a guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2 a preparação da nova civilização científica e
pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida
pelos diversos governos.
A ação de mudança da política medieval para a política moderna
realizou a limitação ou extinção do poder e dos privilégios da nobreza, dos
militares e das autoridades religiosas e a manutenção de exércitos permanentes
assalariados pelo governo político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra
de conquista, como da Idade Média, de guerra de defesa, os militares eram
governo, como imperadores ou barões feudais.
O governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o
governo descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou
de pé do antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século
XV. A luta entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o
governo político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os
governos passaram a governar sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se
fossem ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell
podem-se ver dois modos de governo.
Nessa fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem
da nação e permitir o livre progresso intelectual e industrial. São os
estadistas da nova civilização. A política anterior tinha como referência a lei
dos deuses, em normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente
a ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram o governo central monárquico com o necessário
comando único reunindo no rei os antigos poderes regionais dos barões do
feudalismo. Com o enfraquecimento dos costumes antigos os reis tenderam a tirar
do papa muitas das funções religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da
paz.
Nesta primeira
semana do mês da Política Moderna estão lembrados a partir da rainha Maria de
Molina de Castela os estadistas italianos, espanhóis e franceses dos anos 1300,
1400 e 1500. Estabeleceram o governo
central monárquico concentrado reunindo no rei os antigos dispersos poderes regionais dos barões do feudalismo. É a necessária
unidade de comando no governo de um país. O rei Luis XI da França é o
chefe da semana no domingo que a encerra.
Ver em 1105 01 C em 05 de
novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes
representativos da evolução social política do mês.
ISABEL DE
CASTELA (1451-1504), rainha de Castela e de Leão, casou-se com Fernando II de
Aragão, em Castela com o nome de Fernando V de Castela. Após a conquista de
Granada e de Navarra, esse casamento equivaleu, virtualmente, à unificação da
Espanha. O país tornou-se, por um só golpe, uma potência preponderante na
Europa.
Embora Fernando tivesse o título de rei de Castela durante a vida
de sua mulher e que todos os atos fossem feitos ao nome “dos soberanos”, o
poder supremo, em conteúdo como na forma, estava reservado a Isabel, que, até
sua morte, tinha o mando no governo conforme sua vontade particular e
independente.
Isabel possuía uma grande habilidade política, uma energia
masculina, uma coragem heróica, uma firmeza inflexível, uma atividade
incessante. Todas essas qualidades
estavam ao serviço de sentimentos muito nobres.
Deve-se ver com admiração o patriotismo esclarecido em muitos dos
políticos dessa época. Em referência a Isabel, não pode ela ser acusada, como
outros políticos, de ter jamais sacrificado a moral, tal como compreendida
pelos melhores governantes. Os amplos princípios de justiça, os sentimentos de
boa vontade, a piedade, a generosidade lhe foram sempre presentes. Isabel
reuniu a um grau extraordinário a ternura da mulher com a energia do homem.
Isabel tinha 18 anos quando ela se casou, ela se tornando a rainha
depois da morte de seu irmão, 5 anos depois, em 1474. O reino de Castela então
estava desde longo tempo em
anarquia. O projeto de governo para Isabel, como para todos
os grandes príncipes dos séculos 14 e 15, era de reduzir o poder dos nobres
medievais, fortificando a autoridade do rei, para inspirar a justiça, o rigor e
a uniformidade da justiça, a alargar o território da nação até seus limites
naturais e a resistir à interferência do papa na política.
Quando Granada, o último dos reinos mouros na península da
Espanha, foi conquistado, uma política ativa pôs fim à pilhagem, as leis foram
codificadas, os castelos desarmados. Isabel colocou sua mão pessoalmente na
execução de todas essas medidas. Ela fez todas as expedições montada a cavalo,
mesmo quando esteve grávida. Na guerra contra os mouros, ela se colocava por
vezes com uma armadura à frente de suas tropas.
Será sempre um dos seus títulos de glória o fato de ter fornecido
a Colombo os meios para cumprir sua grande missão de descoberta do novo mundo
na América. E foi no tempo em que ninguém desejava escutar o descobridor. E o
rei Fernando, marido de Isabel, foi um dos homens de Estado dos mais capazes de
seu tempo, pela inteligência, pronto para a ação, um bravo soldado.
O único crime de seu reinado foi o tratamento que foi dado aos
judeus, aos maometanos, aos heréticos. Mas a grande culpa vai para os seus
diretores religiosos.
Assim foi a grande rainha da Espanha, um modelo de mulher na
política, na modernidade.
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católico Carlos V
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