quarta-feira, 6 de novembro de 2013

1109 C CARLOS V capturou o papa e o manteve prisioneiro em Avignon na França

09 DE NOVEMBRO. CARLOS V: carcereiro do papa e perseguidor dos protestantes

CARLOS V
Charles V da França, Imperador do Santo Império Romano, Carlos I Rei da Espanha, Charles I Arquiduque da Áustria
(nasceu em 1500, em Ghent, Flandres, Bélgica; morreu em 1558, em San Jerónimo de Yuste, Espanha)

IMPERADOR LUTOU PELA UNIDADE POLÍTICA DA EUROPA CATÓLICA

GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
No mês da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1  o fim de sua organização militar medieval para a guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2  a preparação da nova civilização científica e pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida pelos diversos governos.
A ação de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou extinção do poder e dos privilégios da nobreza, dos militares e das autoridades religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou barões feudais.
O governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos passaram a governar sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se fossem ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell podem-se ver dois modos de governo.
Nessa fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram o governo central monárquico com o necessário comando único reunindo no rei os antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento dos costumes antigos os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.
Nesta primeira semana do mês da Política Moderna estão lembrados a partir da rainha Maria de Molina de Castela os estadistas italianos, espanhóis e franceses dos anos 1300, 1400 e 1500. Estabeleceram o governo central monárquico concentrado reunindo no rei os antigos dispersos poderes regionais dos barões do feudalismo. É a necessária unidade de comando no governo de um país. O rei Luis XI da França é o chefe da semana no domingo que a encerra.

Ver em 1105 01 C  em 05 de novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social política do mês.

CARLOS V (1500-1558) herdou do rei Philippe, filho do Imperador Maximilien I e de Marie de Borgonha os Estados de Hapsbourg, o Franche-Comté e os Países Baixos. Da parte de sua mãe Joana, filha de Fernando e Isabel de Castela, ele governou a Espanha, Nápoles, a Sardenha bem como as colônias espanholas da América.
Em 1529, quando da morte de seu avô Maximilien, ele foi eleito Imperador. Não houve um governo de território tão extenso na Europa desde Carlos Magno. Charles V mostrou grande habilidade tanto na política quanto general na guerra como general na paz.
Carlos V era prudente em seus planos, resoluto na ação e excelente no julgamento das pessoas. Seu governo foi feito no meio de guerras na maior parte conduzidas por ele mesmo, em pessoa. A defesa da Europa do ocidente contra os turcos, que então eram muito bem armados tanto no mar como em terra, foi uma tarefa que conseguiu realizar.
As tropas espanholas eram então as melhores e nenhuma região contribuía tanto com impostos como os Países Baixos. Mas a potência militar de Carlos V não era tão forte como se poderia supor pelo tamanho de seus domínios. A França também era belicosa e rica, sua massa compacta, sua posição central, sua organização monárquica com comando único, faziam com que ela fosse capaz de manter o equilíbrio na Europa. Esse princípio então foi reconhecido pela primeira vez como a única garantia eficaz para manter as liberdades dentro da Europa.
Embora Carlos V fosse sem dúvida um católico sincero e até mesmo beato, ele estava resolvido a subordinar a Igreja Católica ao Estado. Ele fez guerra ao papa Clemente VII, que foi capturado em Roma e mantido prisioneiro durante sete meses, ao mesmo tempo em que queimava vivos os protestantes na Espanha e nos Países-Baixos.
Carlos V foi hostil ao movimento luterano do protestantismo, ao mesmo tempo por ser ele subversivo e porque tendia a tornar os príncipes e cidades mais independentes, como no feudalismo. A unidade de religião parecia ser, para Carlos V, indispensável, mas a questão da doutrina religiosa a seu ver era de mínima importância.
Em conseqüência, ele provocou a reunião do Concílio de Trento, de 1545 a 1563, na esperança de que um acordo pudesse aproximar o papa e os luteranos. Quando os protestantes se recusaram a participar do Concílio, e, sob o nome de Liga de Smalkalde, se mantiveram na defensiva, Carlos V os atacou e venceu na batalha de Mühlberg em 1547.
Mas essa afirmação da autoridade do Imperador alarmou até mesmo os príncipes católicos e eles se uniram a Mauricio de Saxe para forçar Carlos V a aceitar o tratado de Passau e a “paz religiosa” de Augsbourgo em 1555. Esse acordo deu a cada príncipe o direito de determinar a religião dentro de seus próprios Estados.
Desencorajado por esse golpe feito à sua política e por sua derrota na batalha de Metz, Caslos V renunciou ao governo do Império e aos Estados hereditários de Hapsburgo, que ele cedeu a seu irmão Fernando. Deixou o resto de seus domínios para seu filho Philippe II em 1556.
Seus esforços foram mais felizes para estabelecer na Espanha e nos Países-Baixos um governo fortemente centralizado. Ele teve uma grande importância na política de seu tempo.
Carlos V se retirou depois para o mosteiro de Saint-Just na Espanha, onde morreu em 1558.

AMANHÃ: Seu governo deu grande progresso à França e industrializou o país: Henrique IV.


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