13 DE
NOVEMBRO. Barneveldt: a independência sobre as bases de William o Taciturno
BARNEVELDT
Jan van Olden
Barneveldt
(nasceu em 1547,
morreu em 1619)
ESTADISTA
HOLANDÊS FEZ RECONHECER A INDEPENDÊNCIA DA NAÇÃO
GOVERNO
POLÍTICO NA MODERNIDADE
No mês
da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos
em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1 o fim da organização militar medieval para a
guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2 a preparação da nova civilização científica e
pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida
pelos diversos governos.
A ação
de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou
extinção do poder e dos privilégios da nobreza, dos militares e das autoridades
religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo
político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade
Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou
barões feudais.
O
governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo
descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do
antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta
entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo
político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos
passaram a governar sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se fossem
ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell
podem-se ver dois modos de governo.
Nessa
fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir
o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova
civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em
normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a
ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram
o governo central monárquico com o necessário comando único reunindo no rei os
antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento dos
costumes antigos os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções
religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.
Nesta
segunda semana do mês estão políticos protestantes ou simpatizantes, mas não
beatos. Protetores da liberdade religiosa, os sete grandes tipos humanos
viveram entre meados dos anos 1500 e o fim dos anos 1600, no tempo das guerras
de religião. Foram defensores da tolerância, considerando as crenças no ponto
de vista da ação política. O chefe da semana da liberdade religiosa é sua maior
figura, Guilherme o Taciturno, que termina semana.
Ver em
1105 C em 05 de novembro o QUADRO DO MÊS
DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos da
evolução social política do mês.
BARNEVELDT (1547-1619) nasceu em
Amersfoort, e teve a formação de advogado. Durante a revolta da Holanda contra
o domínio da Espanha, ele se destacou como um lutador militante pela
independência da nação.
Ele tornou-se primeiro ministro de
Rotterdam em 1576 e em 1579 colaborou na formação da União de Utrecht. Essa
União foi uma aliança formada por um tratado entre todos os territórios do
norte e alguns do sul dos Países Baixos, em 1579. Mais tarde a parte do norte
tornou-se a Holanda e a parte do sul tornou-se a Bélgica. Ele foi importante em
convencer a Holanda a aceitar a liderança de William, príncipe de Orange.
Em 1584, depois do assassinato de
William I, Barneveldt apoiou o filho de William, Maurício de Nassau, em sua
carreira política. Barneveldt persuadiu a assembléia a nomear Maurício, o
segundo filho de William I, como Stadtholder da parte norte dos Países-Baixos.
Maurício tinha então 17 anos.
O grande resultado da longa carreira
política de Barneveldt foi o tratado feito com a Espanha em que a independência
dos Paises Baixos foi reconhecida, terminando assim a guerra da independência,
em 1609.
Ao negociar o pacto da independência,
Barneveldt criou a inimizade de poderosos grupos contrários à Espanha, porque o
tratado favorecia o partido republicano de Barneveldt e a classe de
comerciantes. Maurício de Nassau e o clero calvinista estavam nesses grupos,
que sentiram que os espanhóis teriam tirado vantagem da paz para fortalecer as
forças republicanas. O conflito político se misturou com a oposição entre duas
facções dentro do Calvinismo, o Arminianismo contra o Gomarismo. Os republicanos,
entre eles Barneveldt, apoiavam o Arminianismo ou Remonstrant, na Holanda. As
outras províncias do país e Maurício de Nassau ficaram do lado do Gomaristas ou
Altos Calvinistas.
Durante o embate, em agosto de 1617, o
legislativo de província da Holanda, a parte mais rica e importante da União
dos Países Baixos, votou o boicote ao Sínodo, uma assembléia religiosa,
convocada pelos Estados-Gerais, a assembléia legislativa da União. Como castigo
contra o boicote e outros desafios por parte da província da Holanda, o governo
central ordenou que Maurício de Nassau e um contingente de tropas invadisse a
província da Holanda.
Os holandeses da província não
ofereceram resistência e Barneveldt com seus aliados mais chegados foram
presos. Ele foi levado a julgamento diante de uma comissão apontada pelo
governo central em fevereiro de 1619 e foi falsamente acusado de traição em 12
de maio. Depois de um julgamento em que lhe foi negado um advogado, ele foi
condenado e executado por decapitação no dia seguinte, 13 de maio de 1619, com
a idade de 77 anos.
Se William I, o Taciturno, pôs as bases
da independência dos Países Baixos, a glória de sua realização completa é
devida a Barneveldt, advogado geral e primeiro ministro do país. Nos anos
iniciais da guerra contra a Espanha, uma luta do pequeno país contra o mais
poderoso governo da Europa na ocasião, ele combateu com bravura.
Os talentos políticos e diplomáticos de Barneveldt eram da mais elevada categoria e
durante 34 anos, de 1584 a
1618, depois do assassinato de William I, sua influência sobre a assembléia dos
Estados-Gerais colocou-o como o chefe virtual das províncias unidas dos
Países-Baixos.
Barneveldt era republicano, do partido
da tolerância religiosa. Ele tinha como divisa “Nil scire tutissima fides” que significa ser mais seguro pensar que nós
nada sabemos. Ele foi o grande político da gloriosa luta pela independência da Holanda.
AMANHÃ: governo centralizado para a
estruturação e o progresso da Suécia: Gustavo Adolfo.
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