NOVEMBRO dia 15. Jan
De Witt: asilo aos livres pensadores a salvo da Santa Inquisição
DE WITT
Jan de Witt
(nasceu em 1625, em
Dordrecht, Holanda; morreu em 1672, em Hague, Holanda)
ESTADISTA
HOLANDÊS CONSOLIDOU O PODER NAVAL E COMERCIAL DO PAÍS
GOVERNO
POLÍTICO NA MODERNIDADE
No mês
da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos
em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1 o fim da organização militar medieval para a
guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2 a preparação da nova civilização científica e
pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida
pelos diversos governos.
A ação
de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou
extinção do poder e dos privilégios da nobreza, dos militares e das autoridades
religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo
político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade
Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou
barões feudais.
O
governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo descentralizado
dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do antigo regime
medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta entre as
autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo político não
era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos passaram a governar
sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se fossem ditadores, sob
diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell podem-se ver dois
modos de governo.
Nessa
fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir
o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova
civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em
normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a
ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram
o governo central monárquico com o necessário comando único reunindo no rei os
antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento dos
costumes antigos os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções
religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.
Nesta
segunda semana do mês estão políticos protestantes ou simpatizantes, mas não
beatos. Protetores da liberdade religiosa, os sete grandes tipos humanos
viveram entre meados dos anos 1500 e o fim dos anos 1600, no tempo das guerras
de religião. Foram defensores da tolerância, considerando as crenças no ponto
de vista da ação política. O chefe da semana da liberdade religiosa é sua maior
figura, Guilherme o Taciturno, que termina semana.
Ver em
1105 C em 05 de novembro o QUADRO DO MÊS
DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos da
evolução social política do mês.
DE WITT nasceu em 1625, numa família tradicional de líderes de sua
cidade natal de Dordrecht ou Dort. Seu pai, Jacob De Witt, fora por seis vezes
prefeito e por muitos anos o representante da cidade na assembléia holandesa. O
pai era um forte aderente do partido republicano de direita, da oposição aos
príncipes da Dinastia de Orange, representantes do princípio federativo com o
apoio da massa popular.
Jan De Witt foi educado na Universidade de Leiden e ainda jovem
mostrou notáveis talentos, especialmente em matemática e jurisprudência.
Escreveu em 1650 o livro ELEMENTA
CURVARUM LINEARUM, publicado em 1659, que foi o primeiro dos textos
didáticos da Geometria Analítica. Mais tarde, ele iria também aplicar seu
conhecimento matemático aos problemas financeiros e orçamentários da República
holandesa. Em 1645 ele e seu irmão mais velho Cornelius visitaram a França, a
Itália, Suíça e Inglaterra. Ao voltar, ele viveu em Hague como advogado.
De Witt foi eleito em 1650 como representante da cidade de
Dordrecht, o que o tornava o líder dos deputados da assembléia federal da
Holanda. Nesse ano, na luta pela supremacia das províncias, o jovem príncipe de
Orange, William II, com o apoio do exército, prendeu cinco dos lideres do
partido de direita, entre eles Jacob De Witt, pai de Jan. Mas a morte súbita de
William, no momento em que ele esmagava a oposição, permitiu a reação e os
princípios republicanos de Jacob De Witt venceram.
Jan De Witt por sua eloqüência, sabedoria e habilidade de
negociação foi eleito administrador da Holanda aos 28 anos de idade. Ele foi
reeleito por três vezes e manteve sua chefia até pouco antes de sua morte em
1672.
Ele encontrou o país à beira da ruína por causa da guerra com a
Inglaterra e resolveu fazer a paz. Ele rejeitou a sugestão de Cromwell da união
da Inglaterra com a Holanda, mas em 1654 o Tratado de Westminster foi
concluído, pelo qual a Holanda fez grandes concessões.
Depois de feita a paz, a política de De Witt foi muito bem
sucedida. Ele recuperou as finanças do país e estendeu a supremacia da Holanda
até a Índia. Em 1658 apoiou a Dinamarca contra a Suécia e em 1662 firmou um
vantajoso acordo de paz com Portugal.
A elevação de Charles II ao trono da Inglaterra criou um conflito
entre os dois países e renovou a disputa de direitos marítimos e comerciais,
fazendo começar nova guerra em 1665.
A frota holandesa foi empregada com sucesso pelo
brilhante comando do Almirante de Ruyter que,com a organização e a habilidade
de De Witt, levaram à vitória e o Tratado de Breda foi vantajoso para as
Províncias Unidas da Holanda.
Em
1667 ele promulgou seu decreto eterno para a administração republicana do país.
Um triunfo ainda maior foi a conclusão da Tríplice Aliança em 1688 entre a
República da Holanda, a Inglaterra e a Suécia, o que preveniu a tentativa de
Luís XIV de tomar posse das províncias espanholas da Holanda em nome se sua
mulher, a infanta Maria Theresa.
Luís
XIV não ficou satisfeito e odiava a Holanda por ser o grande asilo dos
livres-pensadores, onde eles se protegiam contra a crueldade da Santa
Inquisição na França. Então declarou guerra à Holanda e invadiu o país à frente
de grande exército. Em vista do perigo, o povo chamou William III para
enfrentar o inimigo e ocorreram violentas manifestações contra De Witt.
O
irmão dele, Cornellius, foi preso acusado de conspirar contra o príncipe. Em seguida De Witt
renunciou o seu posto no governo. Cornellius foi torturado e condenado à perda
de seus cargos e banido.
De
Witt foi a Hague para visitá-lo na prisão. Uma grande multidão juntou-se e
invadindo o local, se apoderaram dos dois irmãos os lincharam até a morte.
Dessa
forma terrível pereceu um dos grandes estadistas de sua época e da história da
Holanda.
AMANHÃ: De simples marinheiro chegou a Almirante em Chefe, dos
mais bravos: RUYTER.
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