20 DE NOVEMBRO. SULLY:
Militar e estadista na produção e industrializou a França.
SULLY
Maximilien
de Béthune, Marquês de Rosny, Duque de Sully
(nasceu em 1560, em
Mantes-Gassicourt na França; morreu em 1641, em Villebon, França)
ESTADISTA
PROTESTANTE DA RECUPERAÇÃO POLÍTICA E FINANCEIRA DA FRANÇA
GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
No mês
da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos
em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1 o fim da organização militar medieval para a
guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2 a preparação da nova civilização científica e
pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida
pelos diversos governos.
A ação
de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou
extinção do poder e dos privilégios da nobreza, dos militares e das autoridades
religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo
político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade
Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou
barões feudais.
O
governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo
descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do
antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta
entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo
político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos
passaram a governar sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se fossem
ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell
podem-se ver dois modos de governo.
Nessa
fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir
o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova
civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em normas
políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a ter
como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram
o governo central monárquico com o necessário comando único reunindo no rei os
antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento dos
costumes antigos os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções
religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.
Nesta terceira semana
estão organizadores e financistas como ministros de Estado que viveram no
século XVI, XVII e XVIII. São estadistas do governo pós-medieval. Impõem a
ordem, favorecem a indústria e desenvolvem os recursos naturais. Alguns se
tornaram conhecidos por suas guerras, mas não estão aqui por essa razão. O
militarismo de seus governos foi por vezes necessário. Para seu financiar seu
custo encorajaram a indústria como um meio de conseguir recursos para as
despesas da guerra. Richelieu dá o nome a esta terceira semana dos grandes
ministros.
Ver em
1105 C em 05 de novembro o QUADRO DO MÊS
DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos do mês na
evolução social da política.
SULLY (1560-1641) nasceu no castelo de Rosny-sur-Seine perto de
Mantes-Gassicourt, sendo herdeiro do baronato de Rosny. Foi educado como um
protestante huguenote em 1571, aos 11 anos de idade, foi mandado para a corte
de Henrique de Navarra, que mais tarde foi o rei da França como Henrique IV.
Levado por Henrique para Paris em 1572, por sorte escapou da morte
durante o massacre dos protestantes no dia de São Bartolomeu. Durante as
guerras civis Rosny, como era então chamado, serviu a Henrique tanto em batalha
como um agente especial. Ele foi ferido na Batalha de Ivry em 1590, durante a
luta de Henrique par ganhar a coroa da França. Ele colaborou nas negociações
para fazer o casamento de Henrique com Maria de Médicis em 1600 e na negociação
da Paz de Sovoy em 1601. Em 1603 serviu como embaixador extraordinário junto ao
rei James I da Inglaterra. Embora por razões políticas recebesse a recomendação
de se tornar um católico, recusou mudar sua religião.
Rosny foi nomeado diretor do Conselho de Finanças em 1596 e o
superintendente das finanças em 1598. Ele então acabou com abusos feitos na
coleta de impostos, como a cobrança feita por governadores em benefício
próprio. Rosny suprimiu os cargos públicos desnecessários e, em 1604 colaborou
na adoção da “PAULETTE”, sugerida
pelo financista Charles Paulet. Com essa adoção, os funcionários ao pagar por
ano um sexto da soma que haviam pago por seu cargo, ficavam então com o direito
de transferi-lo a quem quisesse.
Rosny ganhou um grande poder no reino. Ele era “O HOMEM DO REI”,
colocando todos os interesses particulares debaixo da autoridade do Estado. A
sua fidelidade ao rei foi ricamente remunerada com cargos, sendo em 1606
elevado a Duque de Sully e posto como a primeira autoridade da França. Ele
realizou uma série de visitas às províncias, forçando o pagamento das dívidas
ao rei, publicou os relatórios financeiros do reino. Assumiu uma variedade de
funções: diretor de artilharia, superintendente de edificações, governador da
fortaleza da Bastilha. Fez o sistema financeiro funcionar, recolocando a ênfase
dos impostos diretos para os impostos indiretos, realizando superávits e
grandes reservas de ouro.
Sully
deu incentivo à agricultura e à criação de gado, facilitou a circulação da
produção, controlou a destruição das florestas, promoveu a construção de
estradas, a drenagem dos pântanos e planejou um grande sistema de canais, como
o Canal de Briare para ligar o rio Sena ao rio Loire, o primeiro canal da
França, completado por Luís XIII. Reforçou as forças militares e dirigiu a
construção de fortificações de defesa nas fronteiras.
O
papel político de Sully acabou praticamente com o assassinato de Henry IV em
1610. Embora Marie de Médicis, como regente de Luís XIII o mantivesse no seu
conselho, seus colegas não aceitavam sua liderança dominadora e em 1611 a rainha aceitou a sua
renúncia.
Sully
passou o resto de sua vida em retiro, escrevendo suas Memórias, conhecidas como
as “ECONOMIES ROYALES”, as Economias
do Reino, de 1638.
Na
política, Sully agia como se tivesse o espírito de um grande revolucionário.
Ele afirmava que a agricultura e a pecuária eram “as duas mamas que alimentavam a França”. Seguindo a orientação do
rei, ele deu grande apoio ao setor industrial, em especial a produção da seda e
de vestuário de luxo em seda.
A indústria da França nasceu no reino de Henrique IV.
AMANHÃ: Firme contra o Parlamento e formou novos administradores:
o CARDEAL MAZARIN.
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