10 DE NOVEMBRO. Rei
Henrique IV: progresso da França com industrialização do país.
HENRIQUE IV
Prince
de Béarn, Henri III de Navarre, Henri IV de Bourbon, Henry IV of
France
(nasceu em 1553, em
Béarn, França; morreu em 1610, em Paris)
REI DA FRANÇA
MANTEVE UNIDADE E DESENVOLVIMENTO DA NAÇÃO
GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
No mês da Política Moderna são colocados os maiores nomes
representativos dos séculos em que o progresso da sociedade européia realizou
duas funções:
1 o fim de sua organização militar medieval
para a guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2 a preparação da nova civilização científica e
pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida
pelos diversos governos.
A ação de mudança da política medieval para a política moderna
realizou a limitação ou extinção do poder e dos privilégios da nobreza, dos
militares e das autoridades religiosas e a manutenção de exércitos permanentes
assalariados pelo governo político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra
de conquista, como da Idade Média, de guerra de defesa, os militares eram
governo, como imperadores ou barões feudais.
O governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o
governo descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou
de pé do antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século
XV. A luta entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o
governo político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os
governos passaram a governar sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se
fossem ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell
podem-se ver dois modos de governo.
Nessa fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem
da nação e permitir o livre progresso intelectual e industrial. São os
estadistas da nova civilização. A política anterior tinha como referência a lei
dos deuses, em normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente
a ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram o governo central monárquico com o necessário
comando único reunindo no rei os antigos poderes regionais dos barões do
feudalismo. Com o enfraquecimento dos costumes antigos os reis tenderam a tirar
do papa muitas das funções religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da
paz.
Nesta primeira
semana do mês da Política Moderna estão lembrados a partir da rainha Maria de
Molina de Castela os estadistas italianos, espanhóis e franceses dos anos 1300,
1400 e 1500. Estabeleceram o governo
central monárquico concentrado reunindo no rei os antigos dispersos poderes regionais dos barões do feudalismo. É a necessária
unidade de comando no governo de um país. O rei Luis XI da França é o
chefe da semana no domingo que a encerra.
Ver em 1105 01 C em 05 de
novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes
representativos da evolução social política do mês.
HENRIQUE IV (1553-1610) era filho de Antoine de Bourbon, duque de
Vendôme e sua mãe era Jeanne d’Albret, rainha de Navarra a partir de 1555.
Henrique, aos 19 anos tornou-se o rei de Navarra pela morte de sua mãe.
Ele estava em Paris durante o massacre de protestantes no dia de
São Bartolomeu em 1572. Para não morrer, sendo ele huguenote, protestante, ele
abjurou sua religião e se fez católico.
Em 1576 Henrique conseguiu fugir para o sul da França, onde ele
tinha grandes domínios, e voltou a ser protestante. A nobreza huguenote formava
lá uma cavalaria valente, e Henrique bom soldado, à sua frente, fez brilhantes
combates.
Em 1589 o rei Henrique III da França foi assassinado. Com sua
morte a dinastia de Valois foi extinta, por não ter sucessores. O herdeiro
legítimo do trono passou a ser Henrique de Navarra, que, por seu pai, Antoine
de Bourbon era o décimo segundo na linha de descendência do rei Luís IX.
A união dos nobres franceses havia formado uma liga, que se recusou a reconhecer o
novo rei, por ser ele um huguenote, um protestante. Só depois de muitos
combates e até de manter o cerco de Paris, é que Henrique assumiu o trono com o
nome de Henrique IV.
Convencido de que ele, como um rei huguenote, protestante, não
conseguiria realizar a unidade da França, um país católico, Henrique IV em 1594
se converteu novamente à religião católica. Foi quando ficou famosa sua
expressão: “Paris vale bem uma missa” Ou seja Paris e o trono da França
vale mais do que a obrigação como católico de assistir às missas.
Em 1596 os últimos nobres da liga
estavam vencidos. Em 1598 o memorável
Édito de Nantes assegurava aos protestantes não só a liberdade religiosa,
mas lhes permitia em muitas das cidades o culto público e lhes dava direitos
iguais aos dos empregados do Estado.
Os nobres que formavam a liga
viram nas discórdias religiosas uma ocasião para destruir a unidade da França,
que havia sido a grande obra do rei Luís XI, acabando com o feudalismo.
Henrique IV, embora tendo sido atacado pela liga, foi o menos vingativo e o
mais humano dos reis. Ele fez a conquista de seus inimigos tanto por sua
clemência e sua generosidade quanto pela luta armada, pela espada. Mas os
grandes nobres que temiam o retorno de um governo de unidade nacional e que
conspiravam com estrangeiros foram vigorosamente reprimidos.
O governo de Henrique IV provocou grande progresso financeiro e
econômico para a nação. Pode-se dizer que a
indústria francesa começou no reinado de Henrique IV.
Ele se mostrou um grande
político por sua visão ampla do conjunto da política da Europa. Seu grande
projeto era de uma “República federativa”
composta pelos países europeus, independentes, uns Estados sendo monarquias
e outros repúblicas, tendo um conselho permanente composto de representantes de
todos os Estados e tendo um imperador como presidente. Mas a vida de Henrique
IV se acabou ao ser assassinado em 1610, em Paris, sem realizar seus planos.
Os franceses apreciaram em geral o grande valor de seu rei. Ele é
dos poucos reis que terá sua memória homenageada e também querida pela
posteridade.
AMANHÃ: Rei Luís XI: crimes punidos e nobres turbulentos
decapitados para assegurar a paz.
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