quinta-feira, 1 de novembro de 2012

1102 B SOPHIE GERMAIN a mente age de modo igual na arte ciência e ação prática


02 DE NOVEMBRO:: SOPHIE GERMAIN genial autodidata em filosofia e em matemática

SOPHIE GERMAIN
Marie-Sophie Germain
(nasceu em 1776, em Paris; morreu em 1831, em Paris)

PENSADORA E MATEMÁTICA FRANCESA PIONEIRA FEMININA EM CIÊNCIA E EM FILOSOFIA

A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO
A grande revolução do pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do papado, da religião e do feudalismo.
É quando os homens se libertam do poder do homem sobre o homem em nome de poderes por vezes injustos e misteriosos.
O movimento intelectual na Europa do ocidente nos anos 1300, século XIV até os anos 1700, século XVIII passou a ter duas correntes. Um movimento foi de destruição da filosofia medieval antiga e o outro movimento foi de preparação da nova filosofia humanista científica, positiva, clara e distinta. Homens como Kepler e Galileu, Descartes e Francis Bacon construiam uma nova filosofia. A revolta começada por Descartes conduziu finalmente, contra as doutrinas antigas, a assaltos ainda mais poderosos do que os feitos pelos reformadores protestantes.
Descartes é o representante mais completo do movimento duplo de composição e decomposição. Começou a grande revolução matemática que permitiu a Newton interpretar o sistema solar. Abriu-se o caminho para a operação destrutiva do século XVIII que afinal levou à Revolução Francesa contra a política antiga de privilégios. Hobbes e Espinosa continuaram o movimento de demolição. A teodicéia de Leibnitz era ainda mais perigosa. Locke renunciou francamente ao conhecimento do absoluto divino. Hume e Diderot demonstraram sua impossibilidade. Kant completou a operação. Eles foram todos tanto construtores como destruidores.

A quarta semana está sob a presidência de Hume, que, na discussão da natureza humana e da vida social, industrial e religiosa coloca as bases da moderna Sociologia teórica abstrata. Aqui estão historiadores filosóficos como Robertson e Gibbon; Condorcet com a teoria positiva da História; de Maistre que fez a primeira apreciação do sistema da Idade Média sob o ponto de vista humano e os três principais representantes do pensamento alemão moderno com Kant, Fichte e Hegel.

Ver em 1007 01 B  em 07 de outubro o QUADRO DO MÊS DE DESCARTES A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social do mês


SOPHIE GERMAIN (1776-1831) demonstra, em opúsculo póstumo pouco conhecido, como as funções da inteligência se exercem do mesmo modo seja nas combinações práticas seja nas composições da teoria, tanto científica como artística. Contribuiu ao progresso científico da matemática, vencendo os preconceitos anti-femininos de sua época, que proibiam a mulher de estudar.
Deixou notáveis trabalhos no estudo da acústica, da elasticidade e da teoria dos números. Realizou uma comprovação limitada do último teorema de Fermat, para casos específicos. Para todos os casos o teorema foi demonstrado pelo matemático inglês Andrew Wiles em 1995.
Escreveu várias memórias teóricas sobre o fenômeno da vibração de placas, recebendo por uma delas o prêmio do Instituo de França. Mereceu o recebimento do grau de doutorado da Universidade de Göttingen, por recomendação do famoso matemático alemão Carl Friedrich Gauss. Por muito tempo sua correspondência com Gauss foi feita sob o pseudônimo masculino de Monsieur Leblanc, antes que revelasse sua identidade.
Contribuições importantes em matemática foram feitas por Sophie na teoria dos números e sobre as deformações elásticas dos corpos. Ficaram conhecidos os “números primos de Sophie Germain”, que formam um novo número primo se o seu dobro mais 1 resultar também em número primo. Então o número n será primo se 2n+1 tiver como resultado um número primo.
Sophie Germain foi uma autodidata, aprendendo sozinha a teoria dos números e o cálculo por meio da leitura dos trabalhos de Euler e de Newton. Tentou fazer o curso da Escola Politécnica de Paris, reservada aos homens. Usou a identidade de um ex-aluno Antoine Auguste Leblanc. Ela fazia suas observações ao matemático  Joseph-Louis Lagrange que reconheceu logo suas brilhantes respostas. Ele tornou-se o amigo e mentor da jovem aluna.
Sophie se distingue, sobretudo por sua recusa a se submeter aos costumes restritivos às mulheres em sua época. Ela morreu aos 55 anos de idade, em 1831, em Paris.

AMANHÃ: A teoria das causas, importante na história da filosofia moderna: David Hume.

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