29 DE NOVEMBRO. SIMON
BOLIVAR: recuperação nas derrotas nas lutas pela liberdade.
BOLÍVAR
Simon Bolivar El
Libertador, Simón José Antonio de la Santísima Trinidad
Bolívar
(nasceu em 1783, em
Caracas, Venezuela; morreu em 1830, em Santa Marta , Colômbia)
ESTADISTA E
GENERAL VENEZUELANO NA LUTA PELA INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA ESPANHOLA
GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
No mês
da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos
em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1 o fim da organização militar medieval para a
guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2 a preparação da nova civilização científica e
pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida
pelos diversos governos.
A ação
de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou
extinção do poder e dos privilégios da nobreza, dos militares e das autoridades
religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo
político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade
Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou
barões feudais.
O
governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo
descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do
antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta
entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo
político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos
passaram a governar sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se fossem
ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell
podem-se ver dois modos de governo.
Nessa
fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir
o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova
civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em
normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a
ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram
o governo central monárquico com o necessário comando único reunindo no rei os
antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento dos
costumes antigos os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções
religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.
Nesta quarta semana
são consagrados os estadistas dos anos 1600 e 1700, séculos 17 e 18, que
participaram de revoluções anteriores à Revolução Francesa. Foram movimentos de
soberania popular e de igualdade que levaram políticos a demonstrar a tendência
para o regime político republicano, do bem público, para o povo todo. Esses
estadistas seriam naturalmente conservadores ardentes, mas foram envolvidos
pela força revolucionária política decorrente das novas doutrinas filosóficas
libertadoras dos enciclopedistas seculares, emancipados da filosofia medieval. Foram revoluções pela república, pela
libertação de países dominados pelo estrangeiro ou pela independência de
colônias em outros continentes.
Ver em
1104 01 B em 04 de novembro o QUADRO DO
MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos da
evolução social política do mês.
BOLÍVAR (1783-1830) foi o militar e estadista que liderou as
revoluções contra o domínio da Espanha na Colômbia, junto com a Venezuela,
Equador, Peru e Bolívia. Ele foi presidente da Colômbia de 1821 a 1830 e do Peru de 1823 a 1829.
Ele nasceu em Caracas, que então era a capital da colônia
espanhola de Venezuela. A família Bolivar era criola, assim chamados os
espanhóis nascidos nas colônias. Estavam no país desde os anos 1500, reunindo
uma grande fortuna em terras, minas e propriedades nas cidades. Seu pai, um
aristocrata, morreu quando Bolívar tinha 3 anos. Com 16 anos ele foi estudar na
Espanha, onde em 1801, com 18 anos casou-se retornando mais tarde a Caracas.
Bolívar retornou à Europa em 1804, em Paris tomando contato com os
textos dos pensadores racionalistas como Locke, Hobbes, Buffon, d’Alembert e
como Voltaire e Montesquieu. Ele conheceu os ideais do ILUMINISMO, que
colocavam muita ênfase no pensamento, na ciência e no sentimento social do
humanismo leigo.
Em 1808, com a invasão da Espanha por Napoleão, destituindo o seu
rei, foi possível a primeira revolta dos venezuelanos. Mas um grande terremoto
facilitou a derrota dos revoltosos. Bolívar foi perseguido e foi para a
Nova-Granada, hoje Colômbia, que estava independente. Em 1813 ele atravessou os
Andes com centenas de homens, marchou sobre Caracas, onde entrou em triunfo,
saudado com o título de “LIBERTADOR”.
Com o fim da guerra na Europa, o governo de Caracas foi derrotado
e Bolívar se refugiou no Haiti. Chamado a ir ao Peru, perseguiu os espanhóis e
tornou-se o DEFENSOR DOS ÍNDIOS, que eram oprimidos por todos os lados. Esse é
um belo elogio que se pode fazer de Bolívar, que se mostrou em tudo o defensor
dos oprimidos. Bolívar, em sua luta pela libertação, sofreu muitas derrotas e
conquistou muitas vitórias. Mas sua grande energia e perseverança fizeram com
que ele sempre se reerguesse logo em seguida a uma derrota.
No governo do Peru, em que a legislação era democrática, ele
realizou a chefia de governo a um presidente vitalício, estável, que deveria
indicar o seu sucessor. A unidade de comando do governo e a indicação do
sucessor formaram a política realizada na Roma antiga. O regime de sucesso
constante no grande império da Europa.não foi propriamente imperial, já que a
transmissão do poder não era hereditária. Bolívar foi a favor da manutenção da
unidade de comando na política, pelo governo presidencial sem parlamento,
mantendo as plenas liberdades civis.
Ele desejava que todas as colônias da América espanhola se unissem
conta a Espanha. Mas não teve sucesso, ao supor que essa aliança defensiva
pudesse ser uma união durável. No seu governo do Peru ele sofreu um grave
atentado, por pouco salvo do punhal dos criminosos. Revoltas de partidários do
parlamento se repetiram. Sofrendo de tuberculose, a saúde de Bolívar era
precária. Em maio de 1830 ele se convenceu de que deveria renunciar e projetou
a ida para a Europa,mas aceitou a oferta de um admirador espanhol para
hospedagem em Santa Marta ,na
Colômbia.
Bolívar morreu no caminho do exílio, em 17 de dezembro de 1830,
perto de Santa Marta. A grande obra de Bolívar foi a luta de libertação de
grande parte da América do Sul contra o domínio do reino da Espanha. Ele é o
grande herói do movimento da independência da América espanhola. E deu o
exemplo de perseverança na recuperação frente às derrotas, o exemplo criolo de
coragem e de firmeza na defesa dos oprimidos.
AMANHÃ: TOUSSAINT-LOUVERTURE.
libertou o Haiti como república.
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