NOVEMBRO 18. Cardeal Ximenes:
Estadista firme fundou a Universidade Complutense
XIMENES
Francisco
Ximénez de Cisneros, Gonzalo Jiménez de Cisneros, Cardinal Cisneros
(nasceu em 1436, em
Torrelaguna, Castela, Espanha; morreu em 1517, em Toledo, Espanha)
CARDEAL
ESTADISTA REFORMADOR DUAS VEZES REGENTE DO REINO DE ESPANHA
GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
No mês
da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos
em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1 o fim da organização militar medieval para a
guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2 a preparação da nova civilização científica e
pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida
pelos diversos governos.
A ação
de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou
extinção do poder e dos privilégios da nobreza, dos militares e das autoridades
religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo
político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade
Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou
barões feudais.
O
governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo
descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do
antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta
entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo
político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos
passaram a governar sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se fossem
ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell
podem-se ver dois modos de governo.
Nessa
fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir
o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova
civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em
normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a
ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram
o governo central monárquico com o necessário comando único reunindo no rei os
antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento dos
costumes antigos os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções
religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.
Nesta terceira semana
estão organizadores e financistas como ministros de Estado que viveram no
século XVI, XVII e XVIII. São estadistas do governo pós-medieval. Impõem a
ordem, favorecem a indústria e desenvolvem os recursos naturais. Alguns se
tornaram conhecidos por suas guerras, mas não estão aqui por essa razão. O
militarismo de seus governos foi por vezes necessário. Para seu financiar seu
custo encorajaram a indústria como um meio de conseguir recursos para as
despesas da guerra. Richelieu dá o nome a esta terceira semana dos grandes
ministros.
Ver em
1104 01 B em 04 de novembro o QUADRO DO
MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos da
evolução social política do mês.
Gonzalo Jiménez de Cisneros (1436-1517) nasceu em família pobre em
Torrelaguna em Castela, na Espanha, em 1436. Estudou na Universidade de Alcalá
de Henares e Salamanca. Em 1459 e foi para Roma para trabalhar como advogado
consistorial, onde se destacou junto ao papa Pio II.
Em 1465 Gonzalo voltou para a Espanha, tornando-se em 1480 capelão
em Siguenza e depois vigário-geral da diocese. Ele obteve elogioso resultado de
seu trabalho e parecia estar no caminho do sucesso no clero, quando, em 1484,
com 48 anos de idade decidiu tornar-se frade franciscano. Deu todos os seus
bens e mudando seu nome de batismo de Gonzalo pelo nome de Francisco, entrou
para a confraria de San Juan de los
Reyes, recentemente fundada pelos
reis Fernando e Isabel na cidade de Toledo.
Como religioso, ele voluntariamente dormia no chão duro, dobrou o
número de seus jejuns e durante sua vida, mesmo nos mais altos postos do
governo, sua vida foi de rigoroso e austero ascetismo. Em 1492 o arcebispo de
Toledo recomendou-o para ser o confessor da rainha Isabel. Ximenes aceitou a
posição, que era de grande importância política, porque a rainha tomava o
aconselhamento de seu confessor não só nos assuntos particulares, mas também
nos problemas do governo do país.
A
severa santidade de Ximenes logo obteve grande influência sobre Isabel e em
1494 ele foi apontado como Ministro Provincial da ordem franciscana para a
Espanha. A rainha secretamente pediu uma bula do papa nomeando Ximenes para a
Arquidiocese de Toledo, a mais rica e de maior poder da Espanha. Com esse cargo
ele se tornava o chanceler do reino de Castela.
A
rainha quis fazer em pessoa um presente de surpresa com a bula papal, mas
Ximenes só o aceitou contra a vontade depois de forçado pela guarda real. Ele
continuou mantendo uma vida simples, uma mensagem de Roma exigindo que ele
vivesse com o estilo adequado ao seu cargo, e a pompa para ele passou a servir
apenas para esconder seu ascetismo privado.
Em
1504 a
rainha Isabel morreu. Felipe I de Castela tornou-se o rei, morrendo em 1506. O
rei Fernando estando em Nápoles, colocou Ximenes como regente do reino em sua
ausência. Como regente, Ximenes sustou um movimento de poderosos nobres para a
tomada do trono. Em agradecimento por sua lealdade, o rei Fernando promoveu-o a
Grande Inquisidor para Castela e Leão, dando a ele o chapéu de Cardeal.
Em
1516 o rei Fernando morreu, deixando Ximenes como regente do reino de Castela
durante a minoridade de Charles, então na Holanda, com 16 anos. Ximenes
governou o país com firmeza, controlando a nobreza turbulenta de Castela. Ele
fixou a sede dos tribunais em Madrid e formou um exército permanente pelo
treinamento dos cidadãos de cada cidade.
Ximenes
mostrou-se um forte e determinado estadista. Firme e inflexível, com uma
confiança por vezes exagerada. No meio de um clero corrupto sua moral era
impecável. Fundou e manteve muitas instituições de caridade na sua diocese. Deu
apoio à Universidade de Alcalá de Henares, hoje a Universidade Complutense de
Madrid.
O
Cardeal Ximenes realizou as importantes reformas que permitiram a idade de ouro
do reino da Espanha, de 1500
a 1700.
O
poderoso crescimento da Espanha se deve à política do rei Fernando e do Cardeal
Ximenes.
AMANHÃ: estadista incentivou a produção da nação
francesa,industrializando a França: SULLY.
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