07 DE NOVEMBRO. Isabel
de Castela: forneceu os meios para a descoberta de América
ISABEL DE
CASTELA
Isabel
La Católica ,
Isabel I rainha de Castela e Aragão, Isabella I the Catholic
(nasceu em 1451, em
Castela, na Espanha; morreu em 1504, em Medina del Campo, Espanha)
RAINHA DE
CASTELA E ARAGÃO FEZ A UNIFICAÇÃO DA ESPANHA
No mês
da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos
em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1 o fim de sua organização militar medieval
para a guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2 a preparação da nova civilização científica e
pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida
pelos diversos governos.
A ação
de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou
extinção do poder e dos privilégios da nobreza, dos militares e das autoridades
religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo
político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade
Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou
barões feudais.
O
governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo
descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do
antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta
entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo
político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos
passaram a governar sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se fossem
ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell
podem-se ver dois modos de governo.
Nessa
fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir
o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova
civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em
normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a
ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram
o governo central monárquico com o necessário comando único reunindo no rei os
antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento dos
costumes antigos os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções
religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.
Nesta primeira semana
do mês da Política Moderna estão lembrados a partir da rainha Maria de Molina
de Castela os estadistas italianos, espanhóis e franceses dos anos 1300, 1400 e
1500. Estabeleceram o governo central monárquico concentrado reunindo no rei os
antigos dispersos poderes regionais dos barões do feudalismo. É a necessária
unidade de comando no governo de um país. O rei Luis XI da França é o
chefe da semana no domingo que a encerra.
Ver em
1104 01 B em 04 de novembro o QUADRO DO
MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos da
evolução social política do mês.
ISABEL DE CASTELA (1451-1504), rainha de Castela e de Leão,
casou-se com Fernando II de Aragão, em Castela com o nome de Fernando V de
Castela. Após a conquista de Granada e de Navarra, esse casamento equivaleu,
virtualmente, à unificação da Espanha. O país tornou-se, por um só golpe, uma
potência preponderante na Europa.
Embora Fernando tivesse o título de rei de Castela durante a vida
de sua mulher e que todos os atos fossem feitos ao nome “dos soberanos”, o
poder supremo, em conteúdo como na forma, estava reservado a Isabel, que, até
sua morte, tinha o mando no governo conforme sua vontade particular e
independente.
Isabel possuía uma grande habilidade política, uma energia
masculina, uma coragem heróica, uma firmeza inflexível, uma atividade incessante. Todas essas qualidades estavam ao serviço de
sentimentos muito nobres.
Deve-se ver com admiração o patriotismo esclarecido em muitos dos
políticos dessa época. Em referência a Isabel, não pode ela ser acusada, como
outros políticos, de ter jamais sacrificado a moral, tal como compreendida
pelos melhores governantes. Os amplos princípios de justiça, os sentimentos de
boa vontade, a piedade, a generosidade lhe foram sempre presentes. Isabel
reuniu a um grau extraordinário a ternura da mulher com a energia do homem.
Isabel tinha 18 anos quando ela se casou, ela se tornando a rainha
depois da morte de seu irmão, 5 anos depois, em 1474. O reino de Castela então
estava desde longo tempo em
anarquia. O projeto de governo para Isabel, como para todos
os grandes príncipes dos séculos 14 e 15, era de reduzir o poder dos nobres
medievais, fortificando a autoridade do rei, para inspirar a justiça, o rigor e
a uniformidade da justiça, a alargar o território da nação até seus limites
naturais e a resistir à interferência do papa na política.
Quando Granada, o último dos reinos mouros na península da
Espanha, foi conquistado, uma política ativa pôs fim à pilhagem, as leis foram
codificadas, os castelos desarmados. Isabel colocou sua mão pessoalmente na
execução de todas essas medidas. Ela fez todas as expedições montada a cavalo,
mesmo quando esteve grávida. Na guerra contra os mouros, ela se colocava por
vezes com uma armadura à frente de suas tropas.
Será sempre um dos seus títulos de glória o fato de ter fornecido
a Colombo os meios para cumprir sua grande missão de descoberta do novo mundo
na América. E foi no tempo em que ninguém desejava escutar o descobridor. E o
rei Fernando, marido de Isabel, foi um dos homens de Estado dos mais capazes de
seu tempo, pela inteligência, pronto para a ação, um bravo soldado.
O único crime de seu reinado foi o tratamento que foi dado aos
judeus, aos maometanos, aos heréticos. Mas a grande culpa vai para os seus
diretores religiosos.
Assim foi a grande rainha da Espanha, um modelo de mulher na
política, na modernidade.
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católico Carlos V
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