15 DE NOVEMBRO.
RUYTER: De simples marinheiro chegou a Almirante em Chefe
RUYTER
Michiel
Adriaanszoon de Ruyter
(nasceu em 1607, em
Vlissingen, Holanda; morreu em 1676, em Siracusa, Sicília, Itália)
ALMIRANTE
HOLANDÊS DE GRANDES VITÓRIAS NAVAIS
GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
No mês
da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos
em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1 o fim da organização militar medieval para a
guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2 a preparação da nova civilização científica e
pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida
pelos diversos governos.
A ação
de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou
extinção do poder e dos privilégios da nobreza, dos militares e das autoridades
religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo
político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade
Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou
barões feudais.
O
governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo descentralizado
dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do antigo regime
medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta entre as
autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo político não
era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos passaram a governar
sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se fossem ditadores, sob
diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell podem-se ver dois
modos de governo.
Nessa
fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir
o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova
civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em
normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a
ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram
o governo central monárquico com o necessário comando único reunindo no rei os
antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento dos
costumes antigos os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções
religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.
Nesta
segunda semana do mês estão políticos protestantes ou simpatizantes, mas não
beatos. Protetores da liberdade religiosa, os sete grandes tipos humanos
viveram entre meados dos anos 1500 e o fim dos anos 1600, no tempo das guerras
de religião. Foram defensores da tolerância, considerando as crenças no ponto
de vista da ação política. O chefe da semana da liberdade religiosa é sua maior
figura, Guilherme o Taciturno, que termina semana.
Ver em
1104 01 B em 04 de novembro o QUADRO DO
MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos da
evolução social política do mês.
RUYTER era filho de Adriaan Michielszoon, um artesão de Hessingues
na Holanda. Como seu pai para casar fugiu com a noiva a cavalo, passou a ser
chamado de Ruyter, ou cavaleiro, nome que ele passou para os seus filhos.
Ruyter trabalhou desde os nove anos no mar, como marinheiro. Em
1635, com 28 anos, tornou-se capitão da marinha mercante. Serviu como
contra-almirante na frota holandesa que apoiou Portugal na guerra contra a
Espanha em 1641. Retornou ao serviço mercante pelos próximos 10 anos, lutando
contra os piratas fora da costa do norte da África.
Com o início da Primeira Guerra Anglo-Holandesa de 1652 a 1654, ele aceitou um
comando naval, servindo com distinção sob as ordens do almirante Maarten Tromp
e atingindo a patente de vice-almirante em 1653 depois da vitória em Texel. O sucesso de Ruyter
nas batalhas se atribui a uma eficiente ordem de combate, com ênfase na
disciplina da frota.
Em 1659 Ruyter apoiou a Dinamarca contra a Suécia no Mar Báltico
na Primeira Guerra do Norte, de 1655
a 1660. Lutou contra os Ingleses ao largo da costa da Guiné
na África, permitindo restabelecer o domínio comercial holandês da Companhia
das Índias Ocidentais.
Voltando para a Holanda em 1665, Ruyter foi nomeado
Almirante-Chefe da Holanda e operou em conjunto com o republicano Jan De Witt
para o fortalecimento da marinha holandesa. Na Segunda Guerra Anglo-Holandesa
de 1665 a
1667, suas maiores vitórias foram na Batalha dos Quatro Dias em junho de 1666 e
no ataque sobre o Medway em junho de 1667, quando a frota inglesa foi
destruída. Ruyter subiu o rio Tâmisa, pôs fogo no arsenal de Chatam e bloqueou
a capital Londres por várias semanas. Essa vitória acelerou as negociações de
paz começadas em Breda em abril de 1667.
O grande feito do Almirante Ruyter foi sua vitória sobre forças
Anglo-Francesas muito maiores na Terceira Guerra Anglo-Holandesa de 1672 a 1674. Então ele tomou
uma gloriosa parte na defesa heróica de seu país contra o ataque combinado dos
franceses e ingleses. Essa vitória impediu a invasão da República dos Países
Baixos por mar. Em 1675 ele lutou contra os franceses no Mar Mediterrâneo e foi
ferido mortalmente ao largo da Sicília.
Para a paz e a liberdade da Europa não havia melhor garantia do
que o meio grosseiro e empírico do equilíbrio de forças. Era então importante
que pelo menos um dos grandes países fosse um poder mais marítimo do que
terrestre. O grande poderio marítimo da Inglaterra deveria ser equilibrado para
evitar seus abusos. Tal situação decorreu da perda do poder dos papas desde
1300, para a direção política da Europa, por meio da sua autoridade moral,
resultante da liderança na formação da opinião, no ensino e nas crenças.
Ruyter foi o mais famoso dos grandes marinheiros que fizeram das
Províncias Unidas da Holanda capazes, embora tendo um pequeno território, de
realizar esse equilíbrio. Que foi um serviço indispensável para a paz na Europa
dos anos 1600, século 17.
Começando como um simples marinheiro, Ruyter tornou-se almirante
em chefe, embora sendo o mais bravo dos bravos, ele detestava a guerra.
Sentia-se mais feliz como capitão de um navio mercante.
Ruyter fazia oposição aos príncipes de Orange, sendo muito amigo
dos republicanos irmãos Jan e Cornellius De Witt.
Ruyter era tão simples quanto era grande.
AMANHÃ: tolerância e paz da Europa com Guilherme de Nassau, rei da
Holanda e da Inglaterra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário