quarta-feira, 14 de novembro de 2012

1115 B RUYTER o almirante holandês mais bravo dos bravos detestava a guerra


15 DE NOVEMBRO. RUYTER: De simples marinheiro chegou a Almirante em Chefe



RUYTER
Michiel Adriaanszoon de Ruyter
(nasceu em 1607, em Vlissingen, Holanda; morreu em 1676, em Siracusa, Sicília, Itália)

ALMIRANTE HOLANDÊS DE GRANDES VITÓRIAS NAVAIS

GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
No mês da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1  o fim da organização militar medieval para a guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2  a preparação da nova civilização científica e pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida pelos diversos governos.
A ação de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou extinção do poder e dos privilégios da nobreza, dos militares e das autoridades religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou barões feudais.
O governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos passaram a governar sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se fossem ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell podem-se ver dois modos de governo.
Nessa fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram o governo central monárquico com o necessário comando único reunindo no rei os antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento dos costumes antigos os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.

Nesta segunda semana do mês estão políticos protestantes ou simpatizantes, mas não beatos. Protetores da liberdade religiosa, os sete grandes tipos humanos viveram entre meados dos anos 1500 e o fim dos anos 1600, no tempo das guerras de religião. Foram defensores da tolerância, considerando as crenças no ponto de vista da ação política. O chefe da semana da liberdade religiosa é sua maior figura, Guilherme o Taciturno, que termina semana.

Ver em 1104 01 B  em 04 de novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social política do mês.

RUYTER era filho de Adriaan Michielszoon, um artesão de Hessingues na Holanda. Como seu pai para casar fugiu com a noiva a cavalo, passou a ser chamado de Ruyter, ou cavaleiro, nome que ele passou para os seus filhos.
Ruyter trabalhou desde os nove anos no mar, como marinheiro. Em 1635, com 28 anos, tornou-se capitão da marinha mercante. Serviu como contra-almirante na frota holandesa que apoiou Portugal na guerra contra a Espanha em 1641. Retornou ao serviço mercante pelos próximos 10 anos, lutando contra os piratas fora da costa do norte da África.
Com o início da Primeira Guerra Anglo-Holandesa de 1652 a 1654, ele aceitou um comando naval, servindo com distinção sob as ordens do almirante Maarten Tromp e atingindo a patente de vice-almirante em 1653 depois da vitória em Texel. O sucesso de Ruyter nas batalhas se atribui a uma eficiente ordem de combate, com ênfase na disciplina da frota.
Em 1659 Ruyter apoiou a Dinamarca contra a Suécia no Mar Báltico na Primeira Guerra do Norte, de 1655 a 1660. Lutou contra os Ingleses ao largo da costa da Guiné na África, permitindo restabelecer o domínio comercial holandês da Companhia das Índias Ocidentais.
Voltando para a Holanda em 1665, Ruyter foi nomeado Almirante-Chefe da Holanda e operou em conjunto com o republicano Jan De Witt para o fortalecimento da marinha holandesa. Na Segunda Guerra Anglo-Holandesa de 1665 a 1667, suas maiores vitórias foram na Batalha dos Quatro Dias em junho de 1666 e no ataque sobre o Medway em junho de 1667, quando a frota inglesa foi destruída. Ruyter subiu o rio Tâmisa, pôs fogo no arsenal de Chatam e bloqueou a capital Londres por várias semanas. Essa vitória acelerou as negociações de paz começadas em Breda em abril de 1667.
O grande feito do Almirante Ruyter foi sua vitória sobre forças Anglo-Francesas muito maiores na Terceira Guerra Anglo-Holandesa de 1672 a 1674. Então ele tomou uma gloriosa parte na defesa heróica de seu país contra o ataque combinado dos franceses e ingleses. Essa vitória impediu a invasão da República dos Países Baixos por mar. Em 1675 ele lutou contra os franceses no Mar Mediterrâneo e foi ferido mortalmente ao largo da Sicília.
Para a paz e a liberdade da Europa não havia melhor garantia do que o meio grosseiro e empírico do equilíbrio de forças. Era então importante que pelo menos um dos grandes países fosse um poder mais marítimo do que terrestre. O grande poderio marítimo da Inglaterra deveria ser equilibrado para evitar seus abusos. Tal situação decorreu da perda do poder dos papas desde 1300, para a direção política da Europa, por meio da sua autoridade moral, resultante da liderança na formação da opinião, no ensino e nas crenças.
Ruyter foi o mais famoso dos grandes marinheiros que fizeram das Províncias Unidas da Holanda capazes, embora tendo um pequeno território, de realizar esse equilíbrio. Que foi um serviço indispensável para a paz na Europa dos anos 1600, século 17.
Começando como um simples marinheiro, Ruyter tornou-se almirante em chefe, embora sendo o mais bravo dos bravos, ele detestava a guerra. Sentia-se mais feliz como capitão de um navio mercante.
Ruyter fazia oposição aos príncipes de Orange, sendo muito amigo dos republicanos irmãos Jan e Cornellius De Witt.
Ruyter era tão simples quanto era grande.

AMANHÃ: tolerância e paz da Europa com Guilherme de Nassau, rei da Holanda e da Inglaterra.

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