08 DE NOVEMBRO: O papa
SIXTO V habilidade nas ferozes guerras religiosas na Europa
PAPA SIXTO V
Felice Peretti,
papa com o nome de Sixto V
(nasceu em 1520, em
Montalto, Itália; morreu em 1590, em Roma)
PAPA GRANDE
ESTADISTA DA CONTRA REFORMA SEVERO E HÁBIL POLÍTICO
GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
No mês
da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos
em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1 o fim de sua organização militar medieval
para a guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2 a preparação da nova civilização científica e
pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida
pelos diversos governos.
A ação
de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou
extinção do poder e dos privilégios da nobreza, dos militares e das autoridades
religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo
político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade
Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou
barões feudais.
O
governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo
descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do
antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta
entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo
político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos
passaram a governar sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se fossem
ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell
podem-se ver dois modos de governo.
Nessa
fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir
o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova
civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em
normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a
ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram
o governo central monárquico com o necessário comando único reunindo no rei os
antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento dos
costumes antigos os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções
religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.
Nesta primeira semana
do mês da Política Moderna estão lembrados a partir da rainha Maria de Molina
de Castela os estadistas italianos, espanhóis e franceses dos anos 1300, 1400 e
1500. Estabeleceram o governo central monárquico concentrado reunindo no rei os
antigos dispersos poderes regionais dos barões do feudalismo. É a necessária
unidade de comando no governo de um país. O rei Luis XI da França é o
chefe da semana no domingo que a encerra.
Ver em
1104 01 B em 04 de novembro o QUADRO DO
MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos da
evolução social política do mês.
O
PAPA SIXTO V (1520-1590), notável estadista,
teve o grande mérito de comandar a reforma da administração central da Igreja
Católica Romana, que é chamada de Cúria Romana. Reorganizou o secretariado do
papa, estabeleceu o número de congregações ou departamentos. Sua reforma durou
até as modificações feitas após quatro séculos pelo Concílio do Vaticano II, de
1962 a
1965.
É
considerado como o maior estadista que ocupou o trono papal. Seu grande mérito
foi obtido na política européia, numa época de guerras da religião entre os
anos de 1562 e 1598. Guerras ferozes entre católicos e protestantes, em lutas
sangrentas que perturbaram a paz e ameaçaram a perda de equilíbrio entre os
países europeus. Na França o conflito foi entre os protestantes franceses
chamados de huguenotes e a população católica.
Sixto
se colocou ao lado dos rebeldes católicos em luta contra os governos
protestantes. Apoiou o rei Felipe II da Espanha, que tentou invadir a
Inglaterra protestante com a sua Invencível Armada, sem sucesso. Depois de
excomungar Henrique de Navarra da França, conseguiu que ele se inclinasse a
converter-se ao catolicismo. Desse modo Henrique evitaria a forte oposição que
sofria por ser protestante. Pelos conselhos do papa Sixto V convenceu-se de que
ele, como um rei huguenote, não conseguiria realizar a unidade da França, um
país católico.
Foi
então que Henrique de Navarra disse a célebre frase:
“Paris
vale bem uma missa”
Ou
seja, para o nobre huguenote chegar ao trono da França compensa bem a obrigação
de se converter ao catolicismo e ter que assistir a missas. Como rei Henrique
IV da França entre 1589 e 1610 realizou grande progresso da nação e pode-se
dizer que a indústria francesa começou com o seu bem sucedido reinado.
Ao
receber a notícia da morte súbita de Sixto V em 1590, gritou:
“Assim eu
perdi o meu papa!”
Desse
modo expressou sua admiração pela amizade e pela capacidade política do grande
dirigente responsável pela unidade da Igreja Católica Romana.
AMANHÃ: Seu governo deu grande progresso à França e industrializou
o país: Henrique IV.
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