domingo, 4 de novembro de 2012

1105 B COSME DE MÉDICIS atividade industrial pacífica aliada a habilidosa ação política


05 DE NOVEMBRO. Cosme de Médicis: seus lucros em obras para o povo, para os pobres

COSME DE MÉDICIS
Cosimo di Giovanni dei Medici, Cosimo il Vecchio, Cosimo Pater Patriae, Cosme de Medici o Velho, Cosme Pai da Pátria
(nasceu em 1389, em Florença; morreu em 1464, em Florença, Itália)

GRANDE EMPRESÁRIO FLORENTINO HÁBIL POLÍTICO

GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
No mês da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1  o fim de sua organização militar medieval para a guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2  a preparação da nova civilização científica e pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida pelos diversos governos.
A ação de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou extinção do poder e dos privilégios da nobreza, dos militares e das autoridades religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou barões feudais.
O governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos passaram a governar sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se fossem ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell podem-se ver dois modos de governo.
Nessa fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram o governo central monárquico com o necessário comando único reunindo no rei os antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento dos costumes antigos os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.
Nesta primeira semana do mês da Política Moderna estão lembrados a partir da rainha Maria de Molina de Castela os estadistas italianos, espanhóis e franceses dos anos 1300, 1400 e 1500. Estabeleceram o governo central monárquico concentrado reunindo no rei os antigos dispersos poderes regionais dos barões do feudalismo. É a necessária unidade de comando no governo de um país. O rei Luis XI da França é o chefe da semana no domingo que a encerra.

Ver em 1104 01 B  em 04 de novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social política do mês.


COSME DE MÉDICI (1389-1464) nasceu em Florença como um menino pobre. Seu pai havia fundado um pequeno banco em Florença, que só mais tarde se tornou o famoso Banco Médici.
O pai de Cosme, Giovanni di Bicci dei Medici, decidiu correr um grande risco, dando um empréstimo a um antigo pirata. Foi empréstimo para Baldassare Cossa, o ex-pirata que havia decidido mudar de vida e tornar-se padre católico.
Baldassare subiu na hierarquia da Igreja Católica e se tornou o Antipapa João XXIII. O papa colocou os Médici encarregados de cuidar da conta papal e de administrar as finanças da Igreja. Desse modo a família Médici se tornou a mais rica família da Europa.
Cosme, com a morte do pai, herdou tanto a sua fortuna como a vocação de seu pai para os negócios. Em 1433 Cosme foi exilado de Florença por Rinando degli Albizzi. Mas a opinião pública logo mudou, e ele voltou no ano seguinte, influenciando o governo de Florença e liderando o país com o seu exemplo pelo resto de sua longa vida de 75 anos. O tempo que passou afastado de Florença, ensinou a Cosme a necessidade de acabar com as divisões políticas que resultaram no seu exílio. Para consegui-lo, com a ajuda das autoridades, promoveu as necessárias alterações da lei.
A cidade de Florença se destacava então por suas produções artísticas e pela cultura geral de seus habitantes. Destacava-se também pelo espírito de bem público de seus moradores, de seu amor pelas instituições livres e de seus esforços para apoiar as outras cidades.
Os grandes lucros que Cosme de Médici obtinha no Banco e no comércio eram largamente aplicados a obras para o povo e a ajudar os cidadãos mais pobres. Cosme foi, por grande parte de sua vida, o verdadeiro chefe político de Florença.
A constituição política da cidade era ao mais alto ponto democrática, mas isso não impedia que Cosme ou seus amigos de estarem sempre no governo. A prudência era sua qualidade dominante. Ele o provou em sua bem sucedida administração, na sua moderação e ao evitar a ostentação de riqueza. Ficou famoso como protetor e financiador da literatura e da arte.
Cosme de Médici mostrou um elevado caráter e destacado exemplo de grande empresário moderno. Mostrou por sua ação que a atividade industrial pacífica pode se conciliar com o mais completo devotamento social e mesmo com uma habilidosa ação no governo político da pátria.
Por essa razão, seus concidadãos lhe deram o título de “Pater Patriae”, Pai da Pátria, que ficou inscrito em sua sepultura.

AMANHÃ: O governo bom para o povo com justiça, boa fé e moderação: Philippe de Comines.

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