16 DE NOVEMBRO.
Guilherme de Nassau: fraca compleição mas grande talento militar
GUILHERME III
Guilherme III de
Orange, William II of Orange, William Henry, Wiilem Hendrik, Prins van Oranje, William
II da Inglaterra
(nasceu em 1650, em
Hague, Holanda; morreu em 1702, em Londres)
REI DA HOLANDA E
DA INGLATERRA PELA TOLERÂNCIA E PROSPERIDADE
GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
No mês
da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos
em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1 o fim da organização militar medieval para a
guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2 a preparação da nova civilização científica e
pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida
pelos diversos governos.
A ação
de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou
extinção do poder e dos privilégios da nobreza, dos militares e das autoridades
religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo
político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade
Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou
barões feudais.
O
governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo
descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do
antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta
entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo
político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos
passaram a governar sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se fossem
ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell
podem-se ver dois modos de governo.
Nessa
fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir
o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova
civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em
normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a
ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram
o governo central monárquico com o necessário comando único reunindo no rei os
antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento dos
costumes antigos os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções
religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.
Nesta
segunda semana do mês estão políticos protestantes ou simpatizantes, mas não
beatos. Protetores da liberdade religiosa, os sete grandes tipos humanos
viveram entre meados dos anos 1500 e o fim dos anos 1600, no tempo das guerras
de religião. Foram defensores da tolerância, considerando as crenças no ponto
de vista da ação política. O chefe da semana da liberdade religiosa é sua maior
figura, Guilherme o Taciturno, que termina semana.
Ver em
1104 01 B em 04 de novembro o QUADRO DO
MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos da
evolução social política do mês.
GUILHERME III nasceu em 1650 na Holanda, filho de Guilherme II e
de Mary, a irmã do rei Charles II da Inglaterra.
Em 1672, quando os exércitos franceses do rei Luís XIV invadiram a
Holanda, ele foi nomeado Stadtholder, governador, quando tinha 21 anos. Sua
firmeza e sua coragem heróica inspiraram a mais desesperada resistência. Os
holandeses abriram os diques e inundaram o país para impedir a invasão do país.
Depois da ajuda da Espanha e da Alemanha, foi feita a paz de Nimège em 1678, a Holanda saindo
honrosamente da luta.
Em 1603, James I herdou o trono da Inglaterra de sua avó Margaret
Tudor, filha de Henrique VII rei inglês. Na restauração da monarquia, Charles
II em 1660 chegou ao trono. Ele foi sucedido em 1685 por seu irmão James II, um
rei católico que adotou uma política anti-protestante.
Uma coalizão momentânea foi feita pelos nobres ingleses com o
clero anglicano, que convidou em 1688 Guilherme III, príncipe de Orange, para “FAZER A SALVAÇÃO DAS LEIS E DA RELIGIÃO DA
INGLATERRA”. Guilherme com uma força de 15 mil homens desembarcou em Torbay
em novembro de 1688.
James II fugiu para a França e pelo Bill-of-Rights de 1689 e o Act-of-Settlement
de 1701 ficou estabelecido que a coroa inglesa seria então negada a qualquer
católico, ele e seus descendentes sendo excluídos do trono. Mas a dinastia dos
Stuarts continuou governando na Inglaterra e na Escócia, porque Guilherme era
sobrinho do rei Charles II e sua mulher Mary era a filha mais velha do rei
James II. William subiu ao trono de seu sogro, ele e Mary tornando-se em 1689
soberanos com o nome de Guilherme II e Mary II, reis da Inglaterra.
Guilherme II levou a Inglaterra a participar da LIGA DE AUGSBURG,
então conhecida como a GRANDE ALIANÇA, que tinha por fim conter a ameaça da
França por seu ambicioso e reacionário rei Luís IV. Vencida a França em 1697,
Luís IV teve que restituir pelo Tratado de Ryswick todas as suas conquistas
feitas e ainda foi obrigado a reconhecer Guilherme II como rei da Inglaterra.
Guilherme II fez um governo liberal e realizou importantes
reformas, como a Bill-of-Rights, o estabelecimento do Banco da Inglaterra, a
introdução da responsabilidade ministerial no governo e o encorajamento da
liberdade de imprensa. Em 1701 ele liderou a segunda GRANDE ALIANÇA, que atuou
ma Guerra da Sucessão Espanhola de 1701 a 1714. Mas Guilherme morreu
prematuramente aos 52 anos de idade em março de 1702.
Entre todos os estadistas dos tempos modernos, Guilherme II se
destacou por sua política de tolerância e de paz da Europa do ocidente. Embora
fosse um guerreiro amante da arte militar, que só se sentia feliz quando no
campo de batalha, ele nunca fez uma guerra para fins pessoais ou mesmo para
vantagens puramente nacionalistas. Ele tinha talentos militares de relevo, não
tendo sofrido nunca uma derrota arrasadora. Tinha uma compleição fraca, sempre
inválido, passava dias inteiros em cima de um cavalo e costumava conduzir seus
soldados onde o fogo fosse mais vivo.
O que mais o caracterizava era a indiferença em face do perigo,
qualquer que fosse. Frio e sem graça, foi amado por poucos, mas era por todos
respeitados. Da mesma forma que seu avô Guilherme o Taciturno, era adversário
da perseguição religiosa e pode-se dizer que foi um campeão na luta pela
tolerância.
AMANHÃ: a independência da Holanda e da liberdade de consciência:
Guilherme o Taciturno.
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