domingo, 9 de setembro de 2012

0910 B GUILLEN DE CASTRO temas teatrais de revolta contra a autoridade do poder


10 DE SETEMBRO: GUILLEN DE CASTRO o assassinato do tirano em tom de comédia

GUILLEN DE CASTRO
Guillén de Castro y Bellvís
(nasceu em 1569, em Valência, Espanha; morreu em 1631, em Madrid)

NOTÁVEL DRAMATURGO ESPANHOL DA ESCOLA VALENCIANA E DA COMÉDIA

Estética
parte da Filosofia para a idealização, para a emoção
O motor da ação é o sentimento
Estética é a teoria da arte, o conjunto dos princípios fundamentais da arte. É apresentada também como a filosofia da arte.
Define-se a arte afirmando que:
arte é a representação idealizada da realidade,
dos seres e dos acontecimentos.
O objetivo da arte é cultivar o nosso sentimento, da emoção de perfeição, do belo. Assim como a ciência explica a realidade, a arte embeleza o real para emocionar, estimulando o sentimento social, a compaixão, o altruísmo.
Em ambos os casos, a tarefa de classificação tanto na ciência como na arte se faz começando pelos objetos simples do mundo exterior ao homem. Em seguida se eleva gradualmente aos complicados fatos da vida e da natureza humana, coletiva na sociologia ou individual na psicologia.
O mundo antigo era a muitos respeitos mais favorável do que a modernidade à produção da grande poesia. A sociedade era mais homogênea e mais harmoniosa em sua constituição, também mais estável e mais regular em seu movimento.
Na modernidade nos encontramos em fase de transição, em tempos de revolução, ao passar de uma civilização medieval para uma civilização científica e industrial. Mas, apesar do clima de revolta, triunfos esplendidos foram conseguidos pelo gênio artístico independente.
A primeira semana do mês do Drama Moderno compreende os autores dramáticos puros, os grandes sucessores de Shakespeare, desde Lope de Veja a Goethe. Nessa classe se encontram criadores do drama de imaginação que nos representam um mundo ideal povoado de seres fictícios. O chefe de semana é Calderon.

Ver em 0909 01 B   O QUADRO DO MÊS DE SHAKESPEARE, o Drama Moderno, com todos os grandes tipos humanos do mês.


GUILLEN DE CASTRO (1569-1631) nasceu em Valência, que foi um dos primeiros centro da arte teatral na Espanha. Sua família era nobre, mas pobre.
Foi para Madrid para fazer fortuna. Ocupou vários cargos civis e militares. Destacou-se na brilhante escola de escritores que trabalhava para o teatro. Ali estava Lope de Vega como o diretor da atividade. Em 1615 Cervantes o considerava como um dos mais populares entre os autores dramáticos.
No entanto, ele era arrogante, independente e tinha um caráter intratável. Viveu e morreu na pobreza. Morreu em 1631, aos 62 anos de idade. Seus funerais foram pagos pela caridade pública.
De suas peças teatrais foram conservadas 27 obras. As mais conhecidas são duas delas que tratam do herói nacional da Espanha, El Cid: estão em Las Mocedades Del Cid, escritas entre 1605 e 1615. Serviram de inspiração ao drama mais famoso de Corneille, Le Cid, de 1636, marcando uma época na história da arte.
A característica dos temas de Guillen de Castro em seu teatro é o gosto por temas próprios da tragédia, em geral fita em intrigas que mostram o conflito decorrente da revolta contra um rei ou governo tirânico, um assunto impróprio em vista da hierarquia política da época, em que a autoridade maior era de origem em Deus. Desse modo o assassinato do tirano foi levado até suas últimas conseqüências em tom de comédia na peça Los Malcasados de Valência, que tem sua leitura recomendada até nossos dias.
O teatro moderno mostra com clareza o modo como a arte saiu de dentro das igrejas e se libertou do controle dos padres da Idade Média para ser feita por autores seculares, em ambiente e por meio de temas seculares, evitando choque com as autoridades religiosas. Mesmo assim, os sacerdotes reprovavam severamente essa forma de ruptura com a religião católica. É o resultado da revolução ocorrida gradualmente na evolução cultural do ocidente da Europa ocorrida a partir do início dos anos 1300, século XIV.

AMANHÃ: Autor de teatro tem peça sobre Inês de Castro: Luis de GUEVARA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário