10 DE SETEMBRO: GUILLEN DE CASTRO o assassinato do tirano em tom de comédia
GUILLEN DE CASTRO
Guillén de Castro y Bellvís
(nasceu em 1569, em
Valência, Espanha; morreu em 1631, em Madrid)
NOTÁVEL
DRAMATURGO ESPANHOL DA ESCOLA VALENCIANA E DA COMÉDIA
Estética
parte da Filosofia para a idealização, para a emoção
O motor da ação é o sentimento
Estética é a teoria da arte, o
conjunto dos princípios fundamentais da arte. É apresentada também como a filosofia da arte.
Define-se
a arte afirmando que:
arte é a representação idealizada
da realidade,
dos seres e dos acontecimentos.
O objetivo
da arte é cultivar o nosso sentimento, da emoção de perfeição, do belo. Assim
como a ciência explica a realidade, a arte embeleza o real para emocionar,
estimulando o sentimento social, a compaixão, o altruísmo.
Em ambos os casos, a tarefa de
classificação tanto na ciência como na arte se faz começando pelos objetos
simples do mundo exterior ao homem. Em seguida se eleva gradualmente aos
complicados fatos da vida e da natureza humana, coletiva na sociologia ou
individual na psicologia.
O mundo antigo era a muitos
respeitos mais favorável do que a modernidade à produção da grande poesia. A
sociedade era mais homogênea e mais harmoniosa em sua constituição, também mais
estável e mais regular em seu movimento.
Na modernidade nos encontramos em
fase de transição, em tempos de revolução, ao passar de uma civilização
medieval para uma civilização científica e industrial. Mas, apesar do clima de
revolta, triunfos esplendidos foram conseguidos pelo gênio artístico
independente.
A primeira semana do mês do Drama
Moderno compreende os autores dramáticos puros, os grandes sucessores de
Shakespeare, desde Lope de Veja a Goethe. Nessa classe se encontram criadores
do drama de imaginação que nos representam um mundo ideal povoado de seres
fictícios. O chefe de semana é Calderon.
Ver em 0909 01 B O QUADRO DO MÊS DE SHAKESPEARE, o Drama
Moderno, com todos os grandes tipos humanos do mês.
GUILLEN
DE CASTRO (1569-1631) nasceu em Valência, que
foi um dos primeiros centro da arte teatral na Espanha. Sua família era nobre,
mas pobre.
Foi
para Madrid para fazer fortuna. Ocupou vários cargos civis e militares. Destacou-se
na brilhante escola de escritores que trabalhava para o teatro. Ali estava Lope
de Vega como o diretor da atividade. Em 1615 Cervantes o considerava como um
dos mais populares entre os autores dramáticos.
No
entanto, ele era arrogante, independente e tinha um caráter intratável. Viveu e
morreu na pobreza. Morreu em 1631, aos 62 anos de idade. Seus funerais foram
pagos pela caridade pública.
De
suas peças teatrais foram conservadas 27 obras. As mais conhecidas são duas
delas que tratam do herói nacional da Espanha, El Cid: estão em Las
Mocedades Del Cid, escritas entre 1605 e 1615.
Serviram de inspiração ao drama mais famoso de Corneille, Le Cid, de 1636, marcando uma época na história da arte.
A
característica dos temas de Guillen de Castro em seu teatro é o gosto por temas
próprios da tragédia, em geral fita em intrigas que mostram o conflito
decorrente da revolta contra um rei ou governo tirânico, um assunto impróprio
em vista da hierarquia política da época, em que a autoridade maior era de origem
em Deus. Desse
modo o assassinato do tirano foi levado até suas últimas conseqüências em tom
de comédia na peça Los Malcasados de
Valência, que tem sua leitura recomendada até nossos dias.
O
teatro moderno mostra com clareza o modo como a arte saiu de dentro das igrejas
e se libertou do controle dos padres da Idade Média para ser feita por autores
seculares, em ambiente e por meio de temas seculares, evitando choque com as
autoridades religiosas. Mesmo assim, os sacerdotes reprovavam severamente essa
forma de ruptura com a religião católica. É o resultado da revolução ocorrida
gradualmente na evolução cultural do ocidente da Europa ocorrida a partir do
início dos anos 1300, século XIV.
AMANHÃ:
Autor de teatro tem peça sobre Inês de Castro: Luis de GUEVARA.
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