03 DE JUNHO. SANTO
ANTÔNIO: renomado santo vencedor das tentações egoístas
SANTO ANTÔNIO DO EGITO
Antonios, Antony , Saint Antoine, Anthony
of Egypt ,
Saint
(nasceu no ano 251 da
nossa era no Médio Egito; morreu no ano 356 em ermitério perto do Mar Vermelho)
EREMITA E MONGE
FUNDADOR DA VIDA MONÁSTICA NO CRISTIANISMO
A regeneração moral
com a compressão do egoísmo anti-social
O Catolicismo teve uma
ação importante na evolução social da Idade Média: a regeneração moral dos
povos, com a educação dos sentimentos e costumes. Esse resultado foi obtido
estimulando o altruísmo, que é o sentimento gregário, de associação, e
comprimindo os instintos egoístas, os sentimentos de proveito pessoal. Assim os
violentos guerreiros se tornaram Cavaleiros para a proteção da mulher, dos
pobres, dos fracos e doentes; ao culto da sua dama e da Mãe de Deus
Verifica-se e fica bem
claro na história o papel das doutrinas religiosas no ensino e consagração para
a proteção, manutenção e aperfeiçoamento da sociedade humana em nome de um
sagrado ser superior divino. As doutrinas anti-sociais perturbam e mesmo levam
à morte da própria congregação religiosa. Essa é a razão do supremo poder de
vida ou de morte da associação humana, suave e sutilmente exercido desde os
mais remotos milênios da evolução da espécie. Os sábios sacerdotes de todas, de
todas as religiões sentiram a força dessa lei sociológica básica. Regra que
obrigou e obriga a todos a eternamente proteger e servir ao grande organismo
social humano em nome de seus adorados e poderosos deuses. Porque caso
contrário, todos morreriam com a destruição da sociedade.
O Calendário Filosófico
indica nas suas semanas quatro fases do Catolicismo: na primeira semana os
quatro primeiros séculos com seus principais padres fundadores; na segunda
semana a instituição política do papado, com Hildebrando, o papa Gregório VII; na
terceira os fundadores da vida nos mosteiros; na última semana o controle e
estímulo da vida moral da população e o surgimento do protestantismo.
LIBERDADE DE
CONSCIÊNCIA
Pela primeira vez na
história o poder das opiniões, do ensino e da consagração sem armas se torna
livre em relação ao poder coercitivo político armado. É a libertação do Poder
Espiritual, da liberdade de consciência, da formação da opinião. Liberdade
completa em relação ao Poder Temporal da disciplina dos atos pela força. A
liberdade dos formadores de opinião foi feita pelo Catolicismo pela primeira
vez na história do mundo. Antes do cristianismo católico o poder político era
totalitário, não havendo liberdade de consciência em todas as civilizações
passadas, para suas religiões. Comprova-se assim que o totalitarismo como
controle das consciências é de fato um regime político retrógrado e cruel,
muito antigo, bárbaro.
Desse modo se completa
a instituição política da religião de São Paulo, começada pelo imperador
Constantino, continuada por Teodósio. Atinge seu ponto culminante pelo
estabelecimento final do poder político liberal sem armas do pontífice romano
sob a direção de Hildebrando papa Gregório VII.
Nesta terceira semana
são indicados os fundadores da vida nos mosteiros, que foi o grande
reservatório da força moral durante a primeira parte da idade média. Note-se,
pela vida de São Bernardo que preside a semana e pela vida de São Bento que a
começa, com que eficácia essa força, desse modo colocada em reserva, foi de
fato empregada.
A semana se encerra no
domingo, com a biografia de seu tipo mais eminente, São Bernardo.
Ver em 0521 01 B O QUADRO DO MÊS DE S PAULO O CATOLICISMO com
todos os grandes tipos humanos do mês.
SANTO ANTÔNIO DO EGITO nasceu no interior do Egito e desde cedo se
retirou para o deserto da Tebaida, onde passou o resto de sua longa existência.
Foi o amigo e o apoio de Atanásio.
A instituição dos mosteiros se difundiu cedo no Oriente, em
especial no Egito. Diretamente ela foi nociva ao progresso da sociedade cristã
devido ao seu fanatismo extravagante e a sua violência sem freio. Mas foi útil
ao servir como protesto pessoal formando e dando início à vida nos mosteiros no
Ocidente.
Gradualmente a instituição dos monges católicos no Ocidente tornou-se
um sistema de vida e tomou a forma básica para o sucesso da política religiosa
do Catolicismo Romano. A separação da família e dos amigos que ocorre nos
mosteiros, as penitências, a sua abstinência, nos parece, hoje, modos estranhos
de vida. Mas, em muitas religiões, a vida reclusa foi aceita como afirmação de
fé e como forma de ensino. Nas suas melhores épocas, os monastérios foram, na
verdade, na Europa do ocidente, moradas veneradas da piedade religiosa e da
paz, do trabalho e da ciência, da hospitalidade e da caridade.
Os mosteiros na Idade Média eram lugares respeitados, construídos
no meio de guerras ferozes e cruéis. Foram os monges o refúgio contra as
perseguições e foram exemplos do trabalho voluntário e também o centro da
atividade das missões religiosas. Eles converteram ao catolicismo a Europa
ocidental. Mais tarde, eles serviram de escola para a educação do clero
secular, mantendo o celibato, que foi a condição vital da eficácia sacerdotal
no catolicismo. Nos espíritos de elite, produziam o sentimento meditativo, onde
tudo era consciência e ternura de sentimentos.
O exemplo de Antônio deixou uma impressão profunda sobre Atanásio,
que introduziu o ascetismo em Roma e escreveu a biografia de Antônio, e a vida
dos formadores da Igreja Católica latina, como Ambrósio, Jerônimo e Agostinho.
O nome de Santo Antônio jamais foi esquecido. Durante a Idade Média
ele foi venerado como o mais santo modelo da vida cenobítica, da vida nos
mosteiros, bem como sendo o renomado santo vencedor das tentações egoístas
carnais.
AMANHÃ: O missionário na Inglaterra pagã: Santo Austin no
calendário.
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