terça-feira, 5 de junho de 2012

0603 B S ANTÔNIO DO EGITO o mosteiro como morada de paz, de ciência e de trabalho


03 DE JUNHO. SANTO ANTÔNIO: renomado santo vencedor das tentações egoístas


SANTO ANTÔNIO DO EGITO
Antonios, Antony, Saint Antoine, Anthony of Egypt, Saint
(nasceu no ano 251 da nossa era no Médio Egito; morreu no ano 356 em ermitério perto do Mar Vermelho)

EREMITA E MONGE FUNDADOR DA VIDA MONÁSTICA NO CRISTIANISMO

A regeneração moral com a compressão do egoísmo anti-social

O Catolicismo teve uma ação importante na evolução social da Idade Média: a regeneração moral dos povos, com a educação dos sentimentos e costumes. Esse resultado foi obtido estimulando o altruísmo, que é o sentimento gregário, de associação, e comprimindo os instintos egoístas, os sentimentos de proveito pessoal. Assim os violentos guerreiros se tornaram Cavaleiros para a proteção da mulher, dos pobres, dos fracos e doentes; ao culto da sua dama e da Mãe de Deus
Verifica-se e fica bem claro na história o papel das doutrinas religiosas no ensino e consagração para a proteção, manutenção e aperfeiçoamento da sociedade humana em nome de um sagrado ser superior divino. As doutrinas anti-sociais perturbam e mesmo levam à morte da própria congregação religiosa. Essa é a razão do supremo poder de vida ou de morte da associação humana, suave e sutilmente exercido desde os mais remotos milênios da evolução da espécie. Os sábios sacerdotes de todas, de todas as religiões sentiram a força dessa lei sociológica básica. Regra que obrigou e obriga a todos a eternamente proteger e servir ao grande organismo social humano em nome de seus adorados e poderosos deuses. Porque caso contrário, todos morreriam com a destruição da sociedade.
O Calendário Filosófico indica nas suas semanas quatro fases do Catolicismo: na primeira semana os quatro primeiros séculos com seus principais padres fundadores; na segunda semana a instituição política do papado, com Hildebrando, o papa Gregório VII; na terceira os fundadores da vida nos mosteiros; na última semana o controle e estímulo da vida moral da população e o surgimento do protestantismo.
LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA
Pela primeira vez na história o poder das opiniões, do ensino e da consagração sem armas se torna livre em relação ao poder coercitivo político armado. É a libertação do Poder Espiritual, da liberdade de consciência, da formação da opinião. Liberdade completa em relação ao Poder Temporal da disciplina dos atos pela força. A liberdade dos formadores de opinião foi feita pelo Catolicismo pela primeira vez na história do mundo. Antes do cristianismo católico o poder político era totalitário, não havendo liberdade de consciência em todas as civilizações passadas, para suas religiões. Comprova-se assim que o totalitarismo como controle das consciências é de fato um regime político retrógrado e cruel, muito antigo, bárbaro.
Desse modo se completa a instituição política da religião de São Paulo, começada pelo imperador Constantino, continuada por Teodósio. Atinge seu ponto culminante pelo estabelecimento final do poder político liberal sem armas do pontífice romano sob a direção de Hildebrando papa Gregório VII.
Nesta terceira semana são indicados os fundadores da vida nos mosteiros, que foi o grande reservatório da força moral durante a primeira parte da idade média. Note-se, pela vida de São Bernardo que preside a semana e pela vida de São Bento que a começa, com que eficácia essa força, desse modo colocada em reserva, foi de fato empregada.
A semana se encerra no domingo, com a biografia de seu tipo mais eminente, São Bernardo.

Ver em  0521 01 B O QUADRO DO MÊS DE S PAULO O CATOLICISMO com todos os grandes tipos humanos do mês.

SANTO ANTÔNIO DO EGITO nasceu no interior do Egito e desde cedo se retirou para o deserto da Tebaida, onde passou o resto de sua longa existência. Foi o amigo e o apoio de Atanásio.
A instituição dos mosteiros se difundiu cedo no Oriente, em especial no Egito. Diretamente ela foi nociva ao progresso da sociedade cristã devido ao seu fanatismo extravagante e a sua violência sem freio. Mas foi útil ao servir como protesto pessoal formando e dando início à vida nos mosteiros no Ocidente.
Gradualmente a instituição dos monges católicos no Ocidente tornou-se um sistema de vida e tomou a forma básica para o sucesso da política religiosa do Catolicismo Romano. A separação da família e dos amigos que ocorre nos mosteiros, as penitências, a sua abstinência, nos parece, hoje, modos estranhos de vida. Mas, em muitas religiões, a vida reclusa foi aceita como afirmação de fé e como forma de ensino. Nas suas melhores épocas, os monastérios foram, na verdade, na Europa do ocidente, moradas veneradas da piedade religiosa e da paz, do trabalho e da ciência, da hospitalidade e da caridade.
Os mosteiros na Idade Média eram lugares respeitados, construídos no meio de guerras ferozes e cruéis. Foram os monges o refúgio contra as perseguições e foram exemplos do trabalho voluntário e também o centro da atividade das missões religiosas. Eles converteram ao catolicismo a Europa ocidental. Mais tarde, eles serviram de escola para a educação do clero secular, mantendo o celibato, que foi a condição vital da eficácia sacerdotal no catolicismo. Nos espíritos de elite, produziam o sentimento meditativo, onde tudo era consciência e ternura de sentimentos.
O exemplo de Antônio deixou uma impressão profunda sobre Atanásio, que introduziu o ascetismo em Roma e escreveu a biografia de Antônio, e a vida dos formadores da Igreja Católica latina, como Ambrósio, Jerônimo e Agostinho.
O nome de Santo Antônio jamais foi esquecido. Durante a Idade Média ele foi venerado como o mais santo modelo da vida cenobítica, da vida nos mosteiros, bem como sendo o renomado santo vencedor das tentações egoístas carnais.


AMANHÃ: O missionário na Inglaterra pagã: Santo Austin no calendário.

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