14 DE JUNHO.ABADE CLAUDE
FLEURY: erudito e destacado autor na literatura francesa
ABADE CLAUDE
FLEURY
Fleury, Claude
(nasceu em 1640 em
Paris; morreu em 1723 em Paris)
ABADE CLAUDE
FLEURY FILÓSOFO AUTOR DA CONSAGRADA HISTÓRIA ECLESIÁSTICA
A regeneração moral
com a compressão do egoísmo anti-social
O Catolicismo teve uma
ação importante na evolução social da Idade Média: a regeneração moral dos
povos, com a educação dos sentimentos e costumes. Esse resultado foi obtido
estimulando o altruísmo, que é o sentimento gregário, de associação, e
comprimindo os instintos egoístas, os sentimentos de proveito pessoal. Assim os
violentos guerreiros se tornaram Cavaleiros para a proteção da mulher, dos
pobres, dos fracos e doentes; ao culto da sua dama e da Mãe de Deus
Verifica-se e fica bem
claro na história o papel das doutrinas religiosas no ensino e consagração para
a proteção, manutenção e aperfeiçoamento da sociedade humana em nome de um
sagrado ser superior divino. As doutrinas anti-sociais perturbam e mesmo levam
à morte da própria congregação religiosa. Essa é a razão do supremo poder de
vida ou de morte da associação humana, suave e sutilmente exercido desde os
mais remotos milênios da evolução da espécie. Os sábios sacerdotes de todas, de
todas as religiões sentiram a força dessa lei sociológica básica. Regra que
obrigou e obriga a todos a eternamente proteger e servir ao grande organismo
social humano em nome de seus adorados e poderosos deuses. Porque caso
contrário, todos morreriam com a destruição da sociedade.
LIBERDADE DE
CONSCIÊNCIA
Pela primeira vez na
história o poder das opiniões, do ensino e da consagração sem armas se torna
livre em relação ao poder coercitivo político armado. É a libertação do Poder
Espiritual, da liberdade de consciência, da formação da opinião. Liberdade
completa em relação ao Poder Temporal da disciplina dos atos pela força. A
liberdade dos formadores de opinião foi feita pelo Catolicismo pela primeira
vez na história do mundo. Antes do cristianismo católico o poder político era
totalitário, não havendo liberdade de consciência em todas as civilizações
passadas, para suas religiões. Comprova-se assim que o totalitarismo como
controle das consciências é de fato um regime político retrógrado e cruel,
muito antigo, bárbaro.
A quarta semana do mês
do Catolicismo mostra o seu papel de controlar e estimular a vida moral das
massas após a queda do papado e da fé. Com a perda do poder político as igrejas
nacionais católicas se subordinam ao poder político de cada país sem romper com
o papa. O tipo principal é Bossuet, chefe de semana, tendo sua biografia no
domingo último dia da semana. O protestantismo é representado pela mais pura de
suas seitas, os quakers, em que a utilidade social é completamente afastada da
ambição mundana.
Notar que em cada
semana deste mês figura uma ou duas mulheres ilustres: a mãe de Santo
Agostinho; Heloisa, com sua ternura e Beatriz; Santa Tereza d´Avila, a sublime
mística espanhola.
Ver em 0521 01 B O QUADRO DO MÊS DE S PAULO O CATOLICISMO com
todos os grandes tipos humanos do mês.
CLAUDE
FLEURY era filho de famoso advogado de Paris. Foi educado no colégio dos
Jesuítas de Clermont. Exerceu o trabalho de advogado por nove anos, mais tarde
tornando-se padre católico.
Recomendado por seu grande saber e seu caráter
honrado, obteve o lugar de sub-preceptor na família dos reis de França. Teve
como aluno o Duque de Borgonha de quem Fenelon era o preceptor.
Foi
eleito membro da Academia Francesa em 1696. Em 1707 o rei Luís XIV lhe fez
prior da abadia de Argenteuil, e na morte do rei, tornou-se o confessor do
jovem rei Luís XV.
Fleury
era de fato um erudito. Compôs diferentes obras que ocupam uma posição de honra
na literatura francesa. Mas sua obra-prima é a História Eclesiástica, cuja leitura foi recomendada pelo filósofo
Auguste Comte.
Começou
esse trabalho enorme aos 67 anos e ao morrer, aos 83 anos de idade, estava
narrando a abertura do Concílio de Constança. Sua História Eclesiástica foi censurada ao ser colocada no INDEX de
obras proibidas pela Igreja de Roma. Fleury em seu texto se mostrava simpático
ao galicanismo, do doutrina restritiva à necessária unidade do Catolicismo
obtida por meio do comando único do
poder papal, com sua infalibilidade.
Voltaire
elogiou o Discurso de Introdução da História Eclesiástica como uma obra de um
verdadeiro filósofo.
AMANHÃ: A seita dos Quakers
no Calendário.
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