sexta-feira, 15 de junho de 2012

0614 B ABADE FLEURY a primeira grande história eclesiástica do catolicismo


14 DE JUNHO.ABADE CLAUDE FLEURY: erudito e destacado autor na literatura francesa

ABADE CLAUDE FLEURY
Fleury, Claude
(nasceu em 1640 em Paris; morreu em 1723 em Paris)

ABADE CLAUDE FLEURY FILÓSOFO AUTOR DA CONSAGRADA HISTÓRIA ECLESIÁSTICA

A regeneração moral com a compressão do egoísmo anti-social

O Catolicismo teve uma ação importante na evolução social da Idade Média: a regeneração moral dos povos, com a educação dos sentimentos e costumes. Esse resultado foi obtido estimulando o altruísmo, que é o sentimento gregário, de associação, e comprimindo os instintos egoístas, os sentimentos de proveito pessoal. Assim os violentos guerreiros se tornaram Cavaleiros para a proteção da mulher, dos pobres, dos fracos e doentes; ao culto da sua dama e da Mãe de Deus
Verifica-se e fica bem claro na história o papel das doutrinas religiosas no ensino e consagração para a proteção, manutenção e aperfeiçoamento da sociedade humana em nome de um sagrado ser superior divino. As doutrinas anti-sociais perturbam e mesmo levam à morte da própria congregação religiosa. Essa é a razão do supremo poder de vida ou de morte da associação humana, suave e sutilmente exercido desde os mais remotos milênios da evolução da espécie. Os sábios sacerdotes de todas, de todas as religiões sentiram a força dessa lei sociológica básica. Regra que obrigou e obriga a todos a eternamente proteger e servir ao grande organismo social humano em nome de seus adorados e poderosos deuses. Porque caso contrário, todos morreriam com a destruição da sociedade.
LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA
Pela primeira vez na história o poder das opiniões, do ensino e da consagração sem armas se torna livre em relação ao poder coercitivo político armado. É a libertação do Poder Espiritual, da liberdade de consciência, da formação da opinião. Liberdade completa em relação ao Poder Temporal da disciplina dos atos pela força. A liberdade dos formadores de opinião foi feita pelo Catolicismo pela primeira vez na história do mundo. Antes do cristianismo católico o poder político era totalitário, não havendo liberdade de consciência em todas as civilizações passadas, para suas religiões. Comprova-se assim que o totalitarismo como controle das consciências é de fato um regime político retrógrado e cruel, muito antigo, bárbaro.
A quarta semana do mês do Catolicismo mostra o seu papel de controlar e estimular a vida moral das massas após a queda do papado e da fé. Com a perda do poder político as igrejas nacionais católicas se subordinam ao poder político de cada país sem romper com o papa. O tipo principal é Bossuet, chefe de semana, tendo sua biografia no domingo último dia da semana. O protestantismo é representado pela mais pura de suas seitas, os quakers, em que a utilidade social é completamente afastada da ambição mundana.
Notar que em cada semana deste mês figura uma ou duas mulheres ilustres: a mãe de Santo Agostinho; Heloisa, com sua ternura e Beatriz; Santa Tereza d´Avila, a sublime mística espanhola.

Ver em  0521 01 B O QUADRO DO MÊS DE S PAULO O CATOLICISMO com todos os grandes tipos humanos do mês.


CLAUDE FLEURY era filho de famoso advogado de Paris. Foi educado no colégio dos Jesuítas de Clermont. Exerceu o trabalho de advogado por nove anos, mais tarde tornando-se padre católico.
Recomendado por seu grande saber e seu caráter honrado, obteve o lugar de sub-preceptor na família dos reis de França. Teve como aluno o Duque de Borgonha de quem Fenelon era o preceptor.
Foi eleito membro da Academia Francesa em 1696. Em 1707 o rei Luís XIV lhe fez prior da abadia de Argenteuil, e na morte do rei, tornou-se o confessor do jovem rei Luís XV.
Fleury era de fato um erudito. Compôs diferentes obras que ocupam uma posição de honra na literatura francesa. Mas sua obra-prima é a História Eclesiástica, cuja leitura foi recomendada pelo filósofo Auguste Comte.
Começou esse trabalho enorme aos 67 anos e ao morrer, aos 83 anos de idade, estava narrando a abertura do Concílio de Constança. Sua História Eclesiástica foi censurada ao ser colocada no INDEX de obras proibidas pela Igreja de Roma. Fleury em seu texto se mostrava simpático ao galicanismo, do doutrina restritiva à necessária unidade do Catolicismo obtida por meio do comando único do poder papal, com sua infalibilidade.
Voltaire elogiou o Discurso de Introdução da História Eclesiástica como uma obra de um verdadeiro filósofo.


AMANHÃ: A seita dos Quakers  no Calendário.

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