12 DE JUNHO. Sta.
Catarina de Siena: seu prestígio acaba o cativeiro do papa em Avignon
SANTA CATARINA
DE SIENA
Caterina
Benincasa, Sainte Catherine-de-Sienne; Catherine of Siena, Saint
(nasceu em 1347 em
Siena, Toscana, morreu em 1380 em Roma)
MÍSTICA
DOMINICANA CONSELHEIRA DOUTORA DA IGREJA E PADROEIRA DA ITÁLIA
A regeneração moral
com a compressão do egoísmo anti-social
O Catolicismo teve uma
ação importante na evolução social da Idade Média: a regeneração moral dos
povos, com a educação dos sentimentos e costumes. Esse resultado foi obtido
estimulando o altruísmo, que é o sentimento gregário, de associação, e
comprimindo os instintos egoístas, os sentimentos de proveito pessoal. Assim os
violentos guerreiros se tornaram Cavaleiros para a proteção da mulher, dos
pobres, dos fracos e doentes; ao culto da sua dama e da Mãe de Deus
Verifica-se e fica bem
claro na história o papel das doutrinas religiosas no ensino e consagração para
a proteção, manutenção e aperfeiçoamento da sociedade humana em nome de um
sagrado ser superior divino. As doutrinas anti-sociais perturbam e mesmo levam
à morte da própria congregação religiosa. Essa é a razão do supremo poder de
vida ou de morte da associação humana, suave e sutilmente exercido desde os
mais remotos milênios da evolução da espécie. Os sábios sacerdotes de todas, de
todas as religiões sentiram a força dessa lei sociológica básica. Regra que
obrigou e obriga a todos a eternamente proteger e servir ao grande organismo
social humano em nome de seus adorados e poderosos deuses. Porque caso
contrário, todos morreriam com a destruição da sociedade.
LIBERDADE DE
CONSCIÊNCIA
Pela primeira vez na
história o poder das opiniões, do ensino e da consagração sem armas se torna
livre em relação ao poder coercitivo político armado. É a libertação do Poder
Espiritual, da liberdade de consciência, da formação da opinião. Liberdade
completa em relação ao Poder Temporal da disciplina dos atos pela força. A
liberdade dos formadores de opinião foi feita pelo Catolicismo pela primeira
vez na história do mundo. Antes do cristianismo católico o poder político era
totalitário, não havendo liberdade de consciência em todas as civilizações
passadas, para suas religiões. Comprova-se assim que o totalitarismo como
controle das consciências é de fato um regime político retrógrado e cruel,
muito antigo, bárbaro.
A quarta semana do mês
do Catolicismo mostra o seu papel de controlar e estimular a vida moral das massas
após a queda do papado e da fé. Com a perda do poder político as igrejas
nacionais católicas se subordinam ao poder político de cada país sem romper com
o papa. O tipo principal é Bossuet, chefe de semana, tendo sua biografia no
domingo último dia da semana. O protestantismo é representado pela mais pura de
suas seitas, os quakers, em que a utilidade social é completamente afastada da
ambição mundana.
Notar que em cada
semana deste mês figura uma ou duas mulheres ilustres: a mãe de Santo
Agostinho; Heloisa, com sua ternura e Beatriz; Santa Tereza d´Avila, a sublime
mística espanhola.
Ver em 0521 01 B O QUADRO DO MÊS DE S PAULO O CATOLICISMO com
todos os grandes tipos humanos do mês.
CATARINA
(1347-1380) era filha de um tintureiro numa família pobre da cidade de Siena,
na Toscana, Itália. Com 18 anos entrou para a Ordem Dominicana das Irmãs da
Penitência de Siena. Tornou-se uma irmã de ordem terceira, que faz votos
simples e pode viver fora do convento.
O
nome de Santa Catarina de Siena é célebre na história da Igreja Católica devido
a sua austeridade, seus milagres e de sua visões de fé. O seu amor seráfico
desenvolveu nela um devotamento prodigioso para o bem dos doentes e dos
pecadores. Amor seráfico é aquele como de um anjo Serafim, o de maior hierarquia
na corte celestial.
A
bula do papa Pio II que canonizou Santa Catarina em 1461 lembrou que qualquer
pessoa que se colocasse perto dela se tornaria mais sábia e melhor por efeito
de sua presença. Apesar de ter aprendido a ler somente no fim de sua vida,
Catarina teve uma carreira pública extraordinária, sobretudo como conciliadora.
A
fama de Santa Catarina foi tão grande que os magistrados de Florença lhe
convidaram a interceder junto ao papa Gregório XI ainda no exílio em Avignon
para suspender a interdição feita sobre a república florentina.
A
santa aproveitou a ocasião em Avignon para tratar de outro assunto caro a seu
coração e a toda cristandade. Ela havia já remetido ao papa súplicas escritas
para que ele retornasse de Avignon para Roma. Seus pedidos foram renovados com
eloqüência apaixonada. Conta-se que o papa ficou profundamente emocionado e
partiu para Roma no mesmo ano. Entrou na cidade santa em janeiro de 1377,
terminando desse modo o “cativeiro de
Babilônia” dos papas na cidade de Avignon no sul da França, um exílio
forçado que é séria indicação da perda de seu poder político e religioso.
No
ano seguinte, a pedido do papa Urbano VI em 1378 Catarina se fixou em Roma como
uma espécie de santa conselheira. Ali morreu em 1380 sendo seu corpo enterrado
com imensa veneração sob o altar da principal igreja dominicana de Santa Maria sopra Minerva.
AMANHÃ: A filantropia para os surdos: o Abade de L’Épée no
calendário.
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