quinta-feira, 28 de junho de 2012

0624 B CHARLES MARTEL a Europa contra os mouros do sul e bárbaros do norte


24 DE JUNHO. Charles Martel: alto, hercúleo, feroz e duro como um martelo

CHARLES MARTEL
Carolus Martellus Carlos Martelo, Karl Martell
(nasceu no ano 688 da nossa era; morreu no ano 741, em Quierzy, no rio Oise, na França)

REI DOS FRANCOS VENCEDOR DOS INVASORES DO NORTE E DOS MOUROS EM POITIERS

As grandes contribuições da Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana
A Civilização Feudal realizou a tarefa principal ao estabelecer:
1. A guerra defensiva;
2. A organização local em cada região;
3. Suprimiu a escravidão geral na população, fundou o trabalho livre com a libertação completa do trabalhador resultando na importante organização permanente do sistema econômico do capitalismo.

Neste mês são consagrados os nomes que representam a guerra para a defesa da Europa e que fundaram as instituições locais, trabalhando para organizar cada nova nação européia.
Foram nove séculos de avanços e recuos, desde cerca dos anos 400 até 1300. Com muita confusão, crueldade e crimes; mas também com muito heroísmo e uma dedicação admirável resultando em notável progresso.

Nesta segunda semana o tipo principal é Godofredo de Bouillon, herói da primeira cruzada. Sua biografia está no domingo que termina a semana.

Ver em   0617 01 B   O QUADRO DO MÊS DE CARLOS MAGNO A CIVILIZAÇÃO FEUDAL, com seu resultado geral e todos os grandes tipos humanos do mês.

Temos muitos tipos eminentes entre os militares da cavalaria medieval, modelos do heroísmo guerreiro inspirado pelo catolicismo. São soldados de valor que salvaram a civilização do ocidente da Europa contra inimigos fortes e ferozes. Salvaram a sabedoria elaborada por muitos séculos possuidora do conhecimento mais adiantado do planeta.
CARLOS MARTELO era filho natural de Pepino de Herstal, fundador da dinastia Carlovíngia. Com a morte de Pepino em 714, ele foi excluído da sucessão do pai e encarcerado pela esposa para proteger o próprio neto.
Carlos escapou da prisão e se colocou à frente dos francos da Austrásia, na parte oriental do reino. Depois de várias campanhas, ele conseguiu reorganizar o país e se colocar como seu único chefe. Carlos era de grande estatura, de porte hercúleo, por natureza duro como um martelo e de aparência feroz.
O chefe dos francos passou à guerra de conquista e colocou seu país senhor da Aquitânia e Francônia, da Suábia, da Bavária e do Saxe.
A grande glória de sua vida foi a vitória decisiva sobre os mouros da Espanha. Os muçulmanos conquistaram a península ibérica desde o ano 711. Dois anos depois, se lançaram sobre a Gália e se estabeleceram sobre as bordas do mar Mediterrâneo. Em vinte anos eles tinham invadido o país até o Loire. Durante todo o verão de 732, Charles trabalhosamente reuniu suas tropas desde o mar do norte e a floresta negra até o canal da Mancha e o golfo da Gascônia no sudoeste da França.
O encontro com o exército dos mouros foi no platô vizinho de Poitiers, em outubro de 732. A sorte da Europa e da cristandade, como se considera até hoje, dependia do resultado dessa luta. Por sete dias os dois exércitos se colocaram frente a frente, em combates parciais. Ao fim do oitavo dia,a cavalaria dos árabes se precipitou em massa sobre as linhas cerradas dos francos, aos gritos de Allah Akbar. O dia todo foi de luta continuada. A noite colocou fim à carnificina em que morreu o líder árabe Abd-ar-Rahman, emir da Espanha e o resto das forças dos mouros se lançou em fuga. A invasão da Europa pelos árabes, que aterrorizava a Cristandade então teve fim.
Carlos completou sua vitória em Poitiers estabelecendo a autoridade dos francos sobre toda a Gália. Estava disposto a ir à Itália, convidado pelo papa Gregório III, quando a morte o surpreendeu em outubro de 741.
Carlos Martelo foi sob todos os aspectos o modelo de seu possante neto Carlos Magno. Foi um vencedor como organizador da vitória. Seu neto, o poderoso Carlos Magno, seguiu o seu exemplo na guerra, acrescentando a essa virtude o respeito pela cultura intelectual e pela religião.
As necessidades de suas guerras, de sua autoridade, mais do que sua ambição, o conduziram a se apropriar muitas vezes dos bens da Igreja Católica. Por causa disso, os eclesiásticos da Itália o denunciaram com amargura, o que foi relatado até na poesia por Dante.
A glória de Charles Martel foi a salvação da Europa do domínio dos mouros, estancando a torrente de invasão dos muçulmanos pelo sul da Europa e dos pagãos pelo norte. A essa glória se soma a formação dos fundamentos do império franco da Idade Média.

AMANHÃ: El Cid na época de ouro da cavalaria da Idade Média.

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