terça-feira, 12 de junho de 2012

0608 B S BENEZET construtor de ponte de grande resistência sobre o rio Ródano


08 DE JUNHO. BENEZET: uma ponte que os engenheiros romanos não conseguiram fazer

Saint Bénezet,  Benedictus em latim
(nasceu cerca 1165; morreu cerca 1184)

REPRESENTANTE DA ARQUITETURA MEDIEVAL CONSTRUTOR DA PONTE DE AVIGNON

A regeneração moral com a compressão do egoísmo anti-social

O Catolicismo teve uma ação importante na evolução social da Idade Média: a regeneração moral dos povos, com a educação dos sentimentos e costumes. Esse resultado foi obtido estimulando o altruísmo, que é o sentimento gregário, de associação, e comprimindo os instintos egoístas, os sentimentos de proveito pessoal. Assim os violentos guerreiros se tornaram Cavaleiros para a proteção da mulher, dos pobres, dos fracos e doentes; ao culto da sua dama e da Mãe de Deus
Verifica-se e fica bem claro na história o papel das doutrinas religiosas no ensino e consagração para a proteção, manutenção e aperfeiçoamento da sociedade humana em nome de um sagrado ser superior divino. As doutrinas anti-sociais perturbam e mesmo levam à morte da própria congregação religiosa. Essa é a razão do supremo poder de vida ou de morte da associação humana, suave e sutilmente exercido desde os mais remotos milênios da evolução da espécie. Os sábios sacerdotes de todas, de todas as religiões sentiram a força dessa lei sociológica básica. Regra que obrigou e obriga a todos a eternamente proteger e servir ao grande organismo social humano em nome de seus adorados e poderosos deuses. Porque caso contrário, todos morreriam com a destruição da sociedade.
O Calendário Filosófico indica nas suas semanas quatro fases do Catolicismo: na primeira semana os quatro primeiros séculos com seus principais padres fundadores; na segunda semana a instituição política do papado, com Hildebrando, o papa Gregório VII; na terceira os fundadores da vida nos mosteiros; na última semana o controle e estímulo da vida moral da população e o surgimento do protestantismo.
LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA
Pela primeira vez na história o poder das opiniões, do ensino e da consagração sem armas se torna livre em relação ao poder coercitivo político armado. É a libertação do Poder Espiritual, da liberdade de consciência, da formação da opinião. Liberdade completa em relação ao Poder Temporal da disciplina dos atos pela força. A liberdade dos formadores de opinião foi feita pelo Catolicismo pela primeira vez na história do mundo. Antes do cristianismo católico o poder político era totalitário, não havendo liberdade de consciência em todas as civilizações passadas, para suas religiões. Comprova-se assim que o totalitarismo como controle das consciências é de fato um regime político retrógrado e cruel, muito antigo, bárbaro.
Desse modo se completa a instituição política da religião de São Paulo, começada pelo imperador Constantino, continuada por Teodósio. Atinge seu ponto culminante pelo estabelecimento final do poder político liberal sem armas do pontífice romano sob a direção de Hildebrando papa Gregório VII.
Nesta terceira semana são indicados os fundadores da vida nos mosteiros, que foi o grande reservatório da força moral durante a primeira parte da idade média. Note-se, pela vida de São Bernardo que preside a semana e pela vida de São Bento que a começa, com que eficácia essa força, desse modo colocada em reserva, foi de fato empregada.
A semana se encerra no domingo, com a biografia de seu tipo mais eminente, São Bernardo.

Ver em  0521 01 B O QUADRO DO MÊS DE S PAULO O CATOLICISMO com todos os grandes tipos humanos do mês.


BENEZET era filho de um pastor. Levado pelo amor de Deus e de seus semelhantes tomou a iniciativa de construir uma ponte sobre o rio Ródano em Avignon, na França. No trecho a força do rio era tão grande que fez até mesmo os engenheiros romanos desistirem da obra, na antiguidade.
Avignon é célebre na história por ter sido o lugar em que o papa foi obrigado a ficar pelo rei Felipe da França em 1309 até 1377. Na época os papas ficaram debaixo das ordens e do poder do rei. Esse exílio do papa e de sua corte foi chamado de Cativeiro Babilônico da Igreja Católica. Foi o resultado do enfraquecimento do cristianismo e do feudalismo nos anos 1300, século XIV. A reforma protestante nos anos 1500, no século XVI foi o resultado e não a causa dessa perda gradual de poder moral e político do papado e do catolicismo, iniciada 200 anos antes.
Hoje Avignon é famosa por seu festival de verão com produções clássicas e contemporâneas de teatro. Restam partes da ponte original, referida na famosa canção francesa “Sur le Pont d’Avignon”. As antigas e pesadas fortificações da cidade foram preservadas, com pequenos danos durante a Grande Guerra de 1939 a 1945.
Segundo a lenda, Benezet conseguiu “realizar sua missão por meio de milagres”. O bispo de Avignon inicialmente não acreditava na possibilidade da construção da ponte. Finalmente ele obteve a ajuda do bispo em 1177 para a realização da ponte de Avignon. Benezet morreu durante a obra. Foi enterrado numa capela feita sobre o terceiro arco da ponte. Tornou-se o santo patrono de Avignon. Depois de quase 500 anos seus restos mortais foram removidos e estão na igreja de Saint Didier em Avignon.
Benezet representa a admirável arquitetura civil da Idade Média em sua correlação com a fé individual e de todos.


AMANHÃ: São Bernardo grande defensor do catolicismo ortodoxo.

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