sábado, 16 de junho de 2012

0617 02 B CARLOS MAGNO grande como conquistador administrador e estadista


17 DE JUNHO. Carlos Magno: renovação do ensino, das artes, da justiça, da política

CARLOS MAGNO: A CIVILIZAÇÃO FEUDAL
Carolus Magnus, Charlemagne, Charles I, Charles the Great, Karl der Grosse
(nasceu no ano 742; morreu em 814, em Aachen, Alemanha)

REI DOS FRANCOS E PRIMEIRO IMPERADOR DO SACRO IMPÉRIO ROMANO


As grandes contribuições da Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana
A Civilização Feudal teve a tarefa principal estabelecer:
1. A guerra defensiva;
2. A organização local em cada região;
3. A civilização com a liberdade do trabalhador na organização permanente do importante moderno sistema econômico do capitalismo, com a noção de honra e com Cavalaria na proteção da mulher e dos fracos.

Neste mês são consagrados os nomes que representam a guerra para a defesa da Europa e que fundaram as instituições locais, trabalhando para organizar cada nova nação européia.
Foram nove séculos de avanços, desde os anos 400 até 1300. Com muita confusão, crueldade e crimes; mas também com admirável heroísmo e constante dedicação.
As duas primeiras semanas do mês estão representadas por militares. Na terceira semana estão os religiosos e na quarta os soberanos.

Carlos Magno (742-814) é o destacado representante da civilização feudal. Suas demoradas guerras de agressão na verdade foram defensivas em seu resultado final. Eram necessárias para a paz na realização de seu trabalho de grande estadista do então renovado Império Romano.
Ele é considerado um dos maiores tipos da raça humana, em meio uma pequena e selecionada elite.
Carlos nasceu em 742, sendo o filho primogênito de Pepino o Breve (714-768), e neto de Charles Martel (688-741). Tornou-se, no ano de 768, com 26 anos, soberano dos Francos, em conjunto com seu irmão Carloman. Com a morte de seu irmão em 771, foi reconhecido como o rei dos Francos. Logo no ano seguinte começou sua prolongada campanha de guerras para a incorporação e pacificação dos Saxões, em lutas que duraram 32 anos. Saxões eram tribos germânicas nômades não cristãs, que viviam entre o rio Reno e o Elba, na moderna Westfalia, Hanover, Brunswick, Oldenburgo, Holstein, Mecklemburgo e a Saxônia do norte. Eram de uma raça corajosa de guerreiros, constituindo uma ameaça constante para as populações cristãs.
O grande mérito do jovem rei Carlos foi realizar essa terrível tarefa cruel, que não lhe traria a conquista, nem a glória nem a riqueza. A campanha militar se prolongou por uma sucessão de vitórias sem resultado e só terminou no ano de 784, depois de custar ao reino dos Francos mais de 20 exércitos, com cruentos massacres. O reino dos Francos se estendia, ao fim dessas lutas, num império que cobria a maior parte da Europa ocidental. As vitórias de Carlos Magno fizeram com que ele fosse reconhecido como o maior soberano depois dos Imperadores romanos. O seu um grande império foi sustentado pelo respeitado governo espiritual da doutrina religiosa da Igreja Católica Romana. O Catolicismo foi um poder filosófico sem armas, apenas de ensino, regulação moral e consagração na coerência da unidade do respeitado comando único do papa.
No natal do ano 800, tendo 58 anos de idade, o rei, com grande aparato, assistiu à missa na basílica de São Pedro em Roma, onde o papa Leão III colocou sobre sua cabeça a coroa imperial, saudando o imperador por três vezes com o título de Augusto, coroado por Deus, como grande e pacificador imperador dos Romanos. O papa ungiu sua testa com o óleo santo e se prostrou a seus pés. A assembléia inteira de padres, de soldados e do povo confirmou o ato com sua aclamação.
Assim teve recomeço o Sacro Império Romano do Ocidente e com ele a formação da vida na comunidade da Europa ocidental. O mundo bárbaro da Idade Média ficou, então, ligado ao mundo romano. A Igreja Católica, em plena liberdade, tendo o papado como seu órgão, tornou-se o livre guia espiritual da opinião do Império e o rei dos Francos passou a ser o braço direito da Igreja.
Carlos Magno, grande como conquistador, foi ainda maior como administrador e chefe civil. Na primavera e no outono reunia duas grandes assembléias para confirmar a legislação posta pelo imperador. Um código com mais de 400 artigos e muitos outros decretos regulavam a vida política e econômica do Império. O imperador fez grandes doações à Igreja, fundando grande número de igrejas, de escolas e de monastérios.
Carlos Magno se dedicou com paixão à renascença da literatura, da música e das artes em geral. Chamou para perto de si os sábios de todos os paises, como o saxão Alkwin, o lombardo Paulo o Diácono, Pierre de Pisa e Clemente da Irlanda, bem como seu secretário Einhart, que escreveu uma admirável biografia de Carlos Magno. A educação sistemática, as instituições de caridade, o imposto regular e a justiça começaram então a fazer parte da civilização da Europa.
O imperador morreu aos 72 anos de idade, em 814, após um reinado de 45 anos. Sua memória fez sobre a imaginação do mundo ocidental uma impressão mais forte do que qualquer outro rei depois de Júlio César. Esse elevado conceito fez com que ele ficasse ligado para sempre ao título de “grande”, com o nome de Charlemagne, Charles o Grande.

AMANHÃ: A resistência cristã na historia da Espanha – Pelágio.

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