17 DE JUNHO. Carlos
Magno: renovação do ensino, das artes, da justiça, da política
CARLOS MAGNO: A
CIVILIZAÇÃO FEUDAL
Carolus Magnus, Charlemagne, Charles I, Charles the Great, Karl der
Grosse
(nasceu no ano 742;
morreu em 814, em Aachen, Alemanha)
REI DOS FRANCOS E
PRIMEIRO IMPERADOR DO SACRO IMPÉRIO ROMANO
As grandes contribuições da Civilização Feudal para o progresso da
sociedade humana
A Civilização Feudal teve a tarefa principal estabelecer:
Neste mês são consagrados os nomes que representam a
guerra para a defesa da Europa e que fundaram as instituições locais,
trabalhando para organizar cada nova nação européia.
Foram nove séculos de avanços, desde os anos 400 até 1300.
Com muita confusão, crueldade e crimes; mas também com admirável heroísmo e
constante dedicação.
As duas primeiras semanas do mês estão representadas por
militares. Na terceira semana estão os religiosos e na quarta os soberanos.
Carlos Magno (742-814) é o destacado representante da civilização feudal.
Suas demoradas guerras de agressão na verdade foram defensivas em seu resultado
final. Eram necessárias para a paz na realização de seu trabalho de grande
estadista do então renovado Império Romano.
Ele é considerado um dos maiores tipos da raça humana, em meio uma
pequena e selecionada elite.
Carlos nasceu em 742, sendo o filho primogênito de Pepino o Breve
(714-768), e neto de Charles Martel (688-741). Tornou-se, no ano de 768, com 26
anos, soberano dos Francos, em conjunto com seu irmão Carloman. Com a morte de
seu irmão em 771, foi reconhecido como o rei dos Francos. Logo no ano seguinte
começou sua prolongada campanha de guerras para a incorporação e pacificação
dos Saxões, em lutas que duraram 32 anos. Saxões eram tribos germânicas nômades
não cristãs, que viviam entre o rio Reno e o Elba, na moderna Westfalia,
Hanover, Brunswick, Oldenburgo, Holstein, Mecklemburgo e a Saxônia do norte.
Eram de uma raça corajosa de guerreiros, constituindo uma ameaça constante para
as populações cristãs.
O grande mérito do jovem rei Carlos foi realizar essa terrível
tarefa cruel, que não lhe traria a conquista, nem a glória nem a riqueza. A
campanha militar se prolongou por uma sucessão de vitórias sem resultado e só
terminou no ano de 784, depois de custar ao reino dos Francos mais de 20
exércitos, com cruentos massacres. O reino dos Francos se estendia, ao fim
dessas lutas, num império que cobria a maior parte da Europa ocidental. As
vitórias de Carlos Magno fizeram com que ele fosse reconhecido como o maior
soberano depois dos Imperadores romanos. O seu um grande império foi sustentado
pelo respeitado governo espiritual da doutrina religiosa da Igreja Católica
Romana. O Catolicismo foi um poder filosófico sem armas, apenas de ensino,
regulação moral e consagração na coerência da unidade do respeitado comando único do papa.
No natal do ano 800, tendo 58 anos de idade, o rei, com grande
aparato, assistiu à missa na basílica de São Pedro em Roma, onde o papa Leão III
colocou sobre sua cabeça a coroa imperial, saudando o imperador por três vezes
com o título de Augusto, coroado por Deus, como grande e pacificador imperador
dos Romanos. O papa ungiu sua testa com o óleo santo e se prostrou a seus pés.
A assembléia inteira de padres, de soldados e do povo confirmou o ato com sua
aclamação.
Assim teve recomeço o Sacro Império Romano do Ocidente e com ele a
formação da vida na comunidade da Europa ocidental. O mundo bárbaro da Idade
Média ficou, então, ligado ao mundo romano. A Igreja Católica, em plena
liberdade, tendo o papado como seu órgão, tornou-se o livre guia espiritual da
opinião do Império e o rei dos Francos passou a ser o braço direito da Igreja.
Carlos Magno, grande como conquistador, foi ainda maior como administrador
e chefe civil. Na primavera e no outono reunia duas grandes assembléias para
confirmar a legislação posta pelo imperador. Um código com mais de 400 artigos
e muitos outros decretos regulavam a vida política e econômica do Império. O
imperador fez grandes doações à Igreja, fundando grande número de igrejas, de
escolas e de monastérios.
Carlos Magno se dedicou com paixão à renascença da literatura, da
música e das artes em
geral. Chamou para perto de si os sábios de todos os paises,
como o saxão Alkwin, o lombardo Paulo o Diácono, Pierre de Pisa e Clemente da
Irlanda, bem como seu secretário Einhart, que escreveu uma admirável biografia
de Carlos Magno. A educação sistemática, as instituições de caridade, o imposto
regular e a justiça começaram então a fazer parte da civilização da Europa.
O imperador morreu aos 72 anos de idade, em 814, após um reinado
de 45 anos. Sua memória fez sobre a imaginação do mundo ocidental uma impressão
mais forte do que qualquer outro rei depois de Júlio César. Esse elevado
conceito fez com que ele ficasse ligado para sempre ao título de “grande”, com o nome de Charlemagne,
Charles o Grande.
AMANHÃ: A resistência cristã na historia da Espanha – Pelágio.
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