10 DE JULHO : Rainha
Santa Batilde bela escrava libertada, rainha humilde e generosa
SANTA BATILDE
RAINHA DOS FRANCOS
Sainte Bathilde,
Batilde
(nasceu na Inglaterra
de família nobre; morreu no ano 680 da nossa era, em Paris)
RAINHA EX-ESCRAVA
NOBRE TIPO CATÓLICO DE UM VIRTUOSO PODER ESPIRITUAL FEMININO
A grande contribuição da
Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana
A Civilização Feudal realizou a
tarefa principal ao estabelecer:
3. Suprimiu a escravidão geral na população, fundou o trabalho livre com a
libertação completa do trabalhador
resultando na importante organização permanente
do sistema econômico do capitalismo.
Neste mês são consagrados os nomes
que representam a guerra para a defesa da Europa e que fundaram as instituições
locais, trabalhando para organizar cada nova nação européia.
Foram nove séculos de avanços e recuos,
desde cerca dos anos 400 até 1300. Com muita confusão, crueldade e crimes; mas
também com muito heroísmo e uma dedicação admirável resultando em notável
progresso político, econômico, filosófico e moral.
Nesta quarta semana é feita a representação de como agiram
os dirigentes cristãos no governo político. O tipo principal é o rei São Luiz
de França, comemorado no domingo que encerra a semana.
Ver em 0618 01 c O QUADRO DO MÊS CARLOS MAGNO A CIVILIZAÇÃO FEUDAL com todos os grandes tipos humanos do mês.
NOSSOS ANTEPASSADOS
INESQUECÍVEIS
Maiores figuras
humanas na antiguidade
que prepararam a
civilização do futuro.
Batilde (?-680), esposa de Clovis II, rei da França, nascida na
Inglaterra, era descendente de reis anglo-saxões. Não se tem a data nem o local
de seu nascimento.
Sabe-se que ela tinha sido reduzida à escravidão e esteve a
serviço da esposa de Erchinoald, administrador do palácio real francês. Suas
qualidades pessoais e sua virtude fizeram com que seu dono lhe confiasse muitos
dos trabalhos de sua casa. Com a morte de sua esposa, Erchinoald desejou
casar-se com ela. Não aceitando, Batilde se afastou do dono e não retornou
senão depois que ele se casou novamente.
Foi então que o rei Clovis II a viu na casa de Erchinoald. O rei
ficou impressionado com Batilde, por sua beleza, sua graça e por suas virtudes.
O rei libertou-a da escravidão e casou-se com ela no ano de 649.
A repentina elevação da situação de Batilde não reduziu suas
virtudes, mas, ao contrário, tornou suas qualidades mais visíveis. Ela se
destacou por sua humildade, sua religiosidade e sua grande generosidade para
com os pobres.
No ano de 656 Clovis II morreu, deixando Bathilde viúva com seus
três filhos, Clothaire, Childeric e Thierry. Ela foi proclamada por uma
assembléia de senhoras da nobreza como a regente de seu filho de cinco anos,
com o nome rei Clothaire III.
Batilde, como regente, logo estabeleceu sua autoridade e governou
com sabedoria e com justiça. Ela contou com a ajuda da autoridade e dos
conselhos de Erchinoald e dos bispos Eligius de Noyon, Ouen de Ruen, Leéger de
Autun e Chrodebert de Paris. Batilde levou ao fim muitas reformas. Aboliu o
vergonhoso comercio de escravos cristãos e reprimiu com firmeza a simonia, a
venda pelo clero de serviços e de bens religiosos.
Sua piedosa caridade não tinha limites; lembrando-se de sua
escravidão, ela reservava grandes somas de dinheiro para pagar pela libertação
dos cativos. Todas as grandes abadias de seu tempo recebiam os benefícios de
sua ajuda. Batilde conseguiu fundar muitas instituições de caridade, tais como
hospitais e monastérios.
A rainha Batilde desejava renunciar à sua posição e entrar na vida
religiosa, mas seus deveres não o permitiram. O administrador Erchinoald morreu
no ano 659 e foi sucedido por Ebroin. A raínha foi capaz de manter sua
autoridade e completar seus projetos, apesar da ambição do novo administrador.
Já adultos, os filhos de Batilde assumiram sua posições em seus respectivos
territórios. Na Austrasia ficou Childeric IV e no Burgundy assumiu Thierry.
Livre da responsabilidade da regência do reino, Batilde voltou ao
seu desejo de uma vida em retiro religioso. Então se recolheu ao grande
convento de Chelles, perto de Paris, um convento que ela tinha reconstruído e
que se tornou depois uma abadia real até a revolução francesa. Ali Batilde
morreu no ano de 680, onde seus restos repousam.
A glória de Santa Batilde está em que ela não esqueceu jamais, ao
subir ao trono, sua condição de escrava, ao mesmo tempo em que, no convento,
fora do governo, não se lembrava jamais que ela tinha sido rainha. Ela fez
todos os seus esforços como soberana para acabar com a escravatura e para
aliviar a sorte dos servos.
Batilde era de uma beleza singular, e seu espírito e seu caráter
estavam em harmonia com toda a sua pessoa. Ela mostra a associação da mulher à
função educadora dos sacerdotes. Sua vida pertenceu à época em que a
escravatura pessoal passou a se extinguir rapidamente na Europa do ocidente. A
liberdade se fez pela influência do
ensino dado a todas as classes
pela Igreja Católica, pela valorização
crescente das mulheres e dos costumes de paz da indústria nascente nas cidades.
Santa Batilde, que reunia as mais elevadas influências medievais
em sua personalidade, é um dos mais nobres tipos do poder espiritual que finalmente aboliu a escravatura na Idade
Média.
AMANHÃ:
A coragem e a religiosidade criadora do país católico da Hungria: S. Estevão.
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