05 DE JULHO. Suger,
abade regente: uma monarquia central para a paz e progresso
SUGER
Abade
Suger, Suger Abbot
(nasceu no ano 1081 da
nossa era, em Paris; morreu em 1151)
ABADE DE
ST. DENIS ECLESIÁSTICO HÁBIL ESTADISTA MINISTRO REGENTE DA FRANÇA
As grandes contribuições da
Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana
A Civilização Feudal realizou a
tarefa principal ao estabelecer:
1.
A
guerra defensiva e não de conquista;
2.
A
organização local em cada região;
3. Suprimiu a escravidão geral na população, fundou o trabalho livre com a
libertação completa do trabalhador
resultando na importante organização
permanente do sistema econômico do capitalismo.
Neste mês são consagrados os nomes
que representam a guerra para a defesa da Europa e que fundaram as instituições
locais, trabalhando para organizar cada nova nação européia.
Foram nove séculos de avanços e
recuos, desde cerca dos anos 400 até 1300. Com muita confusão, crueldade e
crimes; mas também com muito heroísmo e uma dedicação admirável resultando em
notável progresso político, econômico, filosófico e moral.
Na terceira semana estão os fundadores da vida nos monastérios.
O tipo principal é Inocêncio III, que se colocou entre os mais nobres e
enérgicos papas. Sua biografia está no domingo que termina a semana.
Ver em 0618 01 C O QUADRO DO MÊS CARLOS MAGNO A CIVILIZAÇÃO FEUDAL com todos os grandes tipos humanos do mês.
NOSSOS ANTEPASSADOS
INESQUECÍVEIS
Maiores figuras
humanas na antiguidade
que prepararam a
civilização do futuro.
O abade Suger (1081-1151), famoso regente da França, foi ministro
do rei Luis VII de 1137 a
1151. Ele nasceu perto de Saint-Omer, em Artois, França, em 1081 de uma família
de camponeses.
Suger foi educado na abadia de Saint-Denis, perto de Paris. Na
idade de 14 anos, teve como colega de estudo e companheiro o príncipe real que
viria a ser o rei Luis VI le Gros. Durante vinte anos, Suger trabalhou nos
interesses da abadia, cuidando de suas possessões ou aumentando o patrimônio
por meios legais ou por sua habilidade militar. Ele esteve continuadamente
empregado em missões para o abade Adam ou para seu amigo o rei Luis VI. Em
1122, Suger, contando então 41 anos, tornou-se o abade de Saint-Denis, mas, na
realidade, ministro e principal apoio da monarquia.
Com as normas que Suger colocou por trinta anos, a abadia
triplicou suas rendas e se tornou o centro da civilização e o maior baronato do
reino. Ele conseguiu elevar ao mais alto grau os recursos materiais e morais da
abadia. O mesmo resultado obteve para o reino, fortificando em conjunto um e
outro. Ele reconstruiu a igreja de Saint-Denis com uma perseverança
extraordinária e lhe deu um grande esplendor. Ela foi consagrada em 1140. A fachada do lado
oeste e as torres foram feitas com sua própria mão, e são das primeiras que
eram em estilo romano e passaram a ser em estilo gótico.
Suger estabeleceu uma disciplina rigorosa em sua abadia e
praticava, ele mesmo, uma severa austeridade. A última das numerosas missões
que o rei Luis VI confiou a seu fiel ministro foi realizar o casamento de seu
filho com Eleonora de Guienne, que resultou em mais do que dobrar os domínios
do reino francês.
Logo depois Luis VI morreu e o príncipe, agora um jovem de 18
anos, passou a reinar com o nome de Luis VII, em 1137. A partir de então,
Suger tornou-se efetivamente o vice-rei de França, até sua morte, quatorze anos
mais tarde, em 1151.
Em 1146, São Bernardo pregou a realização da segunda cruzada,
apesar da viva oposição de Suger, que aconselhava ao rei que se limitasse aos
negócios da França. Mas o rei se lançou nessa campanha desastrosa. Pela
recomendação de São Bernardo e com o acordo dos prelados e dos barões, Suger
foi nomeado o regente do reino.
Por cinco anos Suger se mostrou um dos maiores administradores que
a França já teve. Ele manteve a paz e a ordem em todo o país, estimulou o
crescimento das cidades, dispensou uma rigorosa justiça e restabeleceu a
prosperidade material, usando as riquezas de sua abadia e conseguindo ainda
bastante recurso para remeter ao rei na terra santa.
Antes de Suger, o centro da França era um deserto. Ele introduziu
a agricultura, a prosperidade se desenvolveu de forma durável e a população do
país cresceu. Quando o rei se decidiu voltar à França em 1149, Suger se propôs
a chefiar uma nova cruzada. Mas com malária, a morte não permitiu a realização
desse projeto. Ele morreu em 1151 aos 70 anos de idade.
Suger foi o primeiro e um dos melhores da longa sucessão de
estadistas que fizeram o progresso dos países na Idade Média. Sua idéia mestre
foi a criação de uma monarquia central como garantia da paz e do progresso. Seu
grande instrumento para isso foi o desenvolvimento das Comunas, povoações de atividade comercial dentro de cada feudo, para
com elas obter a supressão da guerra particular entre os barões dentro do país
e para evitar a opressão feudal. A Comuna inicialmente estava localizada em
terras do senhor feudal, a ele devendo obediência e pagamento.
A liberdade dos trabalhadores feudais, dos servos da gleba, do
feudo, fez nascer a atividade comercial foi gradualmente estabelecendo o
comerciante como classe do capitalismo nascente, o burguês. Então se organiza o
importante sistema capitalista das liberdades civis no fim do feudalismo, cerca
dos anos 1100, século XII. Assim nasce a burguesia, na liberdade de uma
civilização pacífica e industrial.
Nos séculos seguintes a atividade comercial capitalista
gradualmente ganharia riqueza e importância, resultando no desprestigio do clero
e da religião bem como no enfraquecimento e extinção da nobreza hereditária na
transmissão do capital e do poder político.
Para manter essa política, Suger colaborou muitas vezes com a
monarquia colocando-se, ele mesmo, em armas, no comando de sua abadia. Dizia
ele que
“A glória da Igreja consiste na união da realeza com o clero”. Para
chegar a esse fim, a política de Suger e dos dois reis de que ele dirigiu a
conduta, foi oficializar o foro de liberdade às comunas e cidades e de dar a
liberdade aos servos da gleba, aos camponeses medievais, então submetidos à
semi-escravidão por seus barões, os senhores donos do território do feudo. “Não se pode abandonar sua tropa à fúria dos
lobos”, era a recomendação que fazia ao rei.
Ele era um erudito, apaixonado pelos poetas latinos e, ele mesmo,
era um escritor, deixando uma “Vida de
Luiz VI” e outras obras. Suger encorajou as ciências, formou uma biblioteca
e deu início à famosa “Crônica de
Saint-Denis”.
Suger deixou uma profunda impressão no reconhecimento do povo de
seu país.
AMANHÃ: Papa Alexandre III: O projeto de liberdade da Igreja
Católica livre do comando dos reis
BURGO, BURGUÊS & BURGUESIA
Inicialmente os burgueses eram
os habitantes dos burgos
(pequenas cidades
protegidas por muros),
estes eram pessoas que trabalhavam com dinheiro, não
bem vistas por integrantes da nobreza, que até então eram os principais detentores do poder.
Desprezados pelos nobres, estes
burgueses eram herdeiros da classe medieval dos servos, vassalos trabalhadores semi-escravos. Por falta de
alternativas dedicavam-se ao comercio, que
serviu de base para o estabelecimento do sistema de liberdade do trabalhador
livre do capitalismo
no século XII.
CAPITALISMO
Capitalismo é um sistema econômico em que os meios de produção e distribuição são de propriedade particular e com fins lucrativos; decisões sobre oferta, demanda, preço, distribuição e
investimentos não são feitos pelo
governo, os lucros são distribuídos para os proprietários que
investem em empresas
e os salários são pagos aos trabalhadores
pelas empresas. É dominante no mundo ocidental desde o final do feudalismo.
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