01 DE JULHO. Godofredo
de Bouillon: heróico cavaleiro libertador e estadista de Jerusalém.
GODOFREDO DE BOUILLON
Godefroi De Bouillon, Godfrey of Bouillon
(nasceu cerca de 1058
da nossa era; morreu no ano 1100)
NOBRE FRANCÊS
HERÓICO LÍDER DA PRIMEIRA CRUZADA CONQUISTADOR DE JERUSALÉM
As grandes contribuições do Civilização Feudal para o progresso da
sociedade humana
A Civilização Feudal teve como
resultados principais:
1.
A
guerra defensiva em vez da conquistadora;
2.
A
defesa, organização e progresso local em cada região;
3. A tradição da honra
de cavaleiro na proteção da mulher e dos fracos pela Cavalaria medieval.
Supressão da escravidão geral na
população, que permitiu o trabalho livre
com a libertação completa do trabalhador. Finalmente a liberdade do
trabalhador resultou na importante organização permanente do moderno sistema econômico do capitalismo.
Neste mês são consagrados os nomes
que representam a guerra para a defesa da Europa e que fundaram as instituições
locais, trabalhando para organizar cada nova nação européia.
Foram nove séculos de avanços e
recuos, desde cerca dos anos 400 até 1300. Com muita confusão, crueldade e
crimes; mas também com muito heroísmo e uma dedicação admirável resultando em
notável progresso.
Nesta segunda semana o tipo principal é Godofredo de Bouillon,
herói da primeira cruzada. Sua biografia está no domingo que termina a semana.
Ver em 0618 01 C O
QUADRO DO MÊS DE CARLOS MAGNO A CIVILIZAÇÃO FEUDAL, com seu resultado geral e
todos os grandes tipos humanos do mês.
NOSSOS ANTEPASSADOS
INESQUECÍVEIS
Maiores figuras
humanas na antiguidade
que prepararam a
civilização do futuro.
Godofredo de Bouillon (1058-1100) era o filho mais jovem do conde
Eustáquio II de Bolonha e de Ida, filha do duque Godofredo II da Baixa Lorena. Ele
era o Senhor de Lorena, sendo por sua mãe descendente de Carlos Magno. Mais
tarde, foi colocado como duque de Lorena pelo Imperador Henrique IV, em
recompensa por seus serviços na guerra contra os saxões.
A primeira Cruzada foi decidida no concílio de Clermont, em 1095.
Godofredo foi designado, por seu caráter e por sua posição, como o comandante
do grande exército. Ele falava bem tanto o francês como o alemão e reuniu embaixo
de seu estandarte um exército composto de franceses, alemães, lorenos e outros,
num total de 80.000 homens de infantaria e de 10.000 cavaleiros.
A tropa deixou o Mousa e o Mosele, atravessou a Alemanha, a
Hungria, a Bulgária e chegou a Constantinopla, o lugar de encontro de todas as
forças do cristianismo. As forças sob o comando de Godofredo avançavam com
prudência e sem combate. Cada passo foi marcado pela sabedoria e pela unidade
de comando de seu chefe. Na rota percorrida não se viram atrocidades, nem os
desastres que ocorreram em expedições anteriores. Godofredo, usando
alternativamente ora a diplomacia e ora as armas, conseguiu que o imperador de
Constantinopla agisse como seu aliado, e até mesmo que o adotasse como filho.
Godofredo resistiu às propostas inoportunas de Boemond e de outros
chefes, que lhe solicitavam que voltasse as armas dos cruzados do destino para
Jerusalém e destruísse o império bizantino. Ao contrário, ele os convenceu de
prestar homenagem ao imperador do oriente e de se comprometer a lhe ceder todas
as possessões do império conquistadas pelas forças dos cruzados. Somente na
primavera do ano de 1097 é que os cruzados atingiram a Ásia, para depois
marcharem reunidos como um só exército em direção a Jerusalém.
Nas planícies da Bitínia, eles formavam um corpo de 100.000
cavaleiros em armadura e em cota de malha seguidos por muitos homens a pé.
Tendo tomado Necéia, ganhado uma batalha desesperada na Frígia e provado
privações e dificuldades incríveis, eles puseram cerco a Antióquia. Depois de
oito meses de luta selvagem e depois de sofrer todas as extremidades da fome,
da peste e da confusão, os cruzados tomaram finalmente a cidade. Quando, na
primavera de 1099, partiram para Jerusalém, não eram mais do que 40.000, com
1.500 cavaleiros e 20.000 a
pé em estado de lutar. Em todas as provações, Godofredo e Tancredo se
destacavam por seu devotamento e por sua resolução invencível. Godofredo,
sobretudo dominava os outros por sua firmeza e sabedoria, sua paciência e seu
ascendente pessoal.
No cerco a Jerusalém, a guarnição da cidade era mais numerosa do
que os agressores e todas as fontes de água haviam sido cuidadosamente
destruídas. Foram 30 dias de sofrimento cruel para os cruzados. Finalmente,
depois de dois dias de batalha furiosa, a cidade santa foi tomada de assalto e
Godofredo por uma porta e Tancredo por outra foram os primeiros a entrar. A
tomada da cidade foi marcada por uma cega carnificina. Era julho do ano 1099.
Depois de 460 anos de subserviência aos mouros, a cidade santa
estava finalmente libertada. Num ato solene de devoção, Godofredo e seus
aliados entraram na igreja do Santo Sepulcro para darem graças pela vitória
alcançada.
Por unanimidade, os cruzados escolheram Godofredo para rei de
Jerusalém. Mas ele recusou o título, governando como Barão e Defensor do Santo
Sepulcro, Advocatus Sancti Sepulchri.
Seu reinado foi muito curto, morrendo em julho de 1100. Mas o
prazo foi suficiente para reconhecer nele um soberano sábio, moderado e justo.
Ele deu a seus governados as famosas Causas de Jerusalém, um código completo de
leis feudais que continuou a ser a lei dos latinos do oriente por mais três
séculos.
O conjunto da história de vida de Godofredo o apresenta como o
mais nobre tipo humano de seu tempo: magnânimo, prudente, previdente, ativo e
justo, de uma coragem heróica e de ardente fervor religioso.
Godofredo é o herói de verdade do poema de Tasso, nos magníficos
versos de Jerusalém Libertada.
AMANHÃ:
A unidade de comando do papa em Roma na administração do Catolicismo: S. Leão o
Grande.
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