30 DE JUNHO. Bayard: sem
arma de fogo a vitória é pela coragem e habilidade pessoal
BAYARD
Pierre Terrail, Senhor de Bayard, Baiardo
(nasceu em 1473, no
Castelo Bayard, Pontcharra, França; morreu em 1524, na Itália)
CAVALEIRO SEM
MEDO E SEM MÁCULA MODELO DE VIRTUDE E DE CAVALHEIRISMO
As grandes contribuições do Civilização Feudal para o progresso da
sociedade humana
A Civilização Feudal teve como
resultados principais:
3. A tradição da honra
de cavaleiro na proteção da mulher e dos fracos pela Cavalaria medieval.
Supressão da escravidão geral na
população, que permitiu o trabalho livre
com a libertação completa do trabalhador. Finalmente a liberdade do
trabalhador resultou na importante organização permanente do moderno sistema econômico do capitalismo.
Neste mês são consagrados os nomes
que representam a guerra para a defesa da Europa e que fundaram as instituições
locais, trabalhando para organizar cada nova nação européia.
Foram nove séculos de avanços e
recuos, desde cerca dos anos 400 até 1300. Com muita confusão, crueldade e
crimes; mas também com muito heroísmo e uma dedicação admirável resultando em
notável progresso.
Nesta segunda semana o tipo principal é Godofredo de Bouillon,
herói da primeira cruzada. Sua biografia está no domingo que termina a semana.
Ver em 0618 01 C O
QUADRO DO MÊS DE CARLOS MAGNO A CIVILIZAÇÃO FEUDAL, com seu resultado geral e
todos os grandes tipos humanos do mês.
NOSSOS ANTEPASSADOS
INESQUECÍVEIS
Maiores figuras
humanas na antiguidade
que prepararam a
civilização do futuro.
PIERRE DU TERRAIL (1473-1524) nasceu numa família nobre de guerreiros
no castelo de Bayard, de seus pais, perto de Grenoble, em 1476.
Todos os seus ancestrais de parte de seus pais perderam a vida nos
campos de batalha, um deles em Azicourt, outro em Poitiers. Assim
sendo, foi destinado à carreira das armas e aos 13 anos serviu como pajem do
duque de Sabóia. Depois passou ao serviço de Carlos VIII e, aos 18 anos, já
tinha a fama de ser um dos mais perfeitos cavaleiros de seu tempo. Acompanhou o
rei de França na campanha da Itália e se distinguiu na batalha de Fornovo em
1495. Depois dessa luta Pierre foi sagrado cavaleiro pelo rei. Serviu em
seguida a Luiz XII na campanha de Milanais e defendeu a ponte de Garigliano
sozinho contra um corpo de tropa espanhol.
Nas guerras que se seguiram, decidiu a vitória em Agnadel. Ele foi
gravemente ferido em
Brescia. A proteção que ofereceu à dama que cuidava de seus
ferimentos e às suas filhas durante seu tratamento, é célebre como raro exemplo
de generosidade.
Bayard combateu bravamente e foi feito prisioneiro na batalha de
Guinegate. Suas qualidades galantes e cavalheirescas fizeram com que fosse
libertado sem pagamento de resgate e ainda recebeu as homenagens do rei
Henrique VIII.
Quando Francisco I foi posto como rei, Bayard serviu na campanha
da Itália e se destacou na batalha de Marignan. O rei considerou que o
principal autor da vitória tinha sido Bayard.
Em 1522 Bayard cortou a marcha de Carlos V fazendo a defesa de
Mesieres. Em 1524 ele serviu de novo na Itália contra os imperiais comandados
pelo traidor chefe de armas de Bourbon. Foi então, que Bayard na batalha de
Sésia, recebeu um ferimento mortal. Tinha então 48 anos.
Bayard ferido estava na sombra de uma árvore na frente de batalha.
Os chefes inimigos deram ordem de retirada de suas tropas e pararam à frente do
cavaleiro famoso. O chefe de Bourbon, que estava entre eles, dirigiu a Bayard
palavras de compaixão.
“Senhor, lhe disse Bayard, eu vos agradeço. Não tenho necessidade de piedade, eu morro como um
homem honesto, eu morro ao serviço do meu rei; mas é de vós que devemos ter
pena, vós, que toma as armas contra vosso príncipe, contra vossa pátria e vosso
juramento.”
Em seguida se pôs a rezar e morreu invocando o Cristo.
Bayard foi, durante trinta anos, o modelo da cavalaria medieval e
considerado, em toda a Europa, como o tipo do perfeito cavaleiro. Embora ele
nunca combatesse como comandante em chefe, seu valor irresistível e sua
criatividade na ação tática decidiram várias batalhas,
Francisco I declarou que ele o estimava mais do que a cem capitães
e já se disse que ele valia por todo um exército. Assim, foi chamado
“o cavaleiro sem medo e sem mácula”
Os historiadores o representam como nascido com todas as virtudes
e sem vício algum. Era piedoso, generoso, sem egoísmo, modesto, moderado, puro
e magnânimo. Sua coragem e suas proezas como soldado são de um cavaleiro
romano. Sua generosidade era principesca, sua cortesia inesgotável.
Bayard é o último representante da cavalaria da Idade Média, tanto
no aspecto católico como no aspecto feudal. Do mesmo modo ele é, talvez, o
último exemplo de um guerreiro que ganha as batalhas por atos pessoais de habilidade
e de coragem.
As armas de fogo eram funestas aos heróis desse gênero. Com o seu
uso o demorado treinamento com a lança e a espada tornou-se desnecessário. A
luta nas batalhas tomou outras formas. E Bayard, que morreu com um tiro de
canhão, não aprovava o uso dessas armas.
Com ele, acabou a era da cavalaria, depois de uma duração de cerca
de 5 séculos, cerca de 500 anos.
AMANHÃ:
Libertador de Jerusalém nobre herói corajoso: Godofredo de Bouillon.
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