terça-feira, 4 de junho de 2013

0605 C SÃO BONIFÁCIO a incorporação do norte da Europa na civilização cristã

05 DE JUNHO. S. Bonifácio: capela no lugar do carvalho dedicado ao deus nórdico Thor

SÃO BONIFÁCIO
Boniface Saint, Bonifatius em latim, Winfried, Wynfrid, Wynfrith
(nasceu cerca do ano 675, em Crediton, Devonshire, Inglaterra; morreu no ano 754, em Dokkum, Frisia, hoje nos Países Baixos)

MISSIONÁRIO E REFORMADOR CATÓLICO INGLÊS APÓSTOLO PARA A ALEMANHA


A regeneração moral com a compressão do egoísmo anti-social

O Catolicismo teve uma ação importante na evolução social da Idade Média: a regeneração moral dos povos, com a educação dos sentimentos e costumes. Esse resultado foi obtido estimulando o altruísmo, que é o sentimento gregário, de associação, e comprimindo os instintos egoístas, os sentimentos de proveito pessoal. Assim os violentos guerreiros se tornaram gentis Cavaleiros para a proteção da mulher, dos pobres, dos fracos e doentes; ao culto da sua dama e da Mãe de Deus
Verifica-se na história o papel das doutrinas religiosas no ensino e consagração do povo em nome de um sagrado ser superior divino para a proteção, manutenção e aperfeiçoamento da sociedade humana. As doutrinas anti-sociais perturbam e mesmo levam à morte da própria congregação religiosa. Essa é a razão do poder de vida ou de morte pela sociedade humana, suave, contínua e sutilmente exercido desde os mais remotos milênios da evolução da espécie. Os sábios sacerdotes de todas as religiões sentiram a força dessa condição sociológica.
Nesta terceira semana são indicados os fundadores da vida nos mosteiros, que foi o grande reservatório da força moral durante a primeira parte da idade média. Note-se, pela vida de São Bernardo que preside a semana e pela vida de São Bento que a começa, com que eficácia essa força, desse modo colocada em reserva, foi de fato empregada.
A semana se encerra no domingo, com a biografia de seu tipo mais eminente, São Bernardo, chefe de semana.
Ver em  0521 01 C  O QUADRO DO MÊS DE S PAULO O CATOLICISMO com todos os grandes tipos humanos do mês.
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.


Bonifácio (675-764dC) nasceu de uma família nobre em Crediton, em Devonshire, na Inglaterra. Tornou-se monge beneditino em Exeter e depois em Nursling. Sua missão entre os germânicos então bárbaros pagãos, como os Hessois, Turingianos e outros, começou no ano 715, quando tinha 35 anos. Sua ação missionária durou 40 anos, até sua morte em 754, aos 75 anos.
O papa nomeou Bonifácio como Bispo Missionário em 723, aos seus 43 anos. E o papa trocou o seu nome de Wynfried para sua tradução com o nome de Bonifácio. Entregou-lhe cartas de apresentação a governantes como o rei dos francos, Charles Martel e a outros governantes, cuja proteção seria de importância para a sua tarefa de ensino e pregação. De grande valor foi o resultado do apostolado de São Bonifácio para a colocação da Igreja Católica como poder educador, religioso e político no norte da Europa, para todos os seus povos e todas as suas nações.
Com o comando único do poder moral do papa é que foi possível a formação homogênea, por igual em todas as nações, na Europa do ocidente, da nova civilização progressista medieval, então a mais adiantada do mundo criadora da civilização industrial moderna. Bonifácio foi um missionário e reformador, importante na introdução do catolicismo na Alemanha e na França. Ele unificou o trabalho missionário, colocando o movimento debaixo do desarmado comando único do papa. Teve grande influência no progresso religioso, político e intelectual da Europa por muito tempo ao longo da Idade Média.
Bonifácio organizou a igreja na Baviera, estabelecendo quatro bispados. Sua pregação teve tão longo efeito político que o seu trabalho religioso preparou o caminho para a final incorporação do país no Império Carolíngio.
Ele foi colocado como arcebispo de Mains em 751, aos 71 anos de idade. Contou sempre com a colaboração de Charles Martel e fez a reforma do clero do império franco. O valente idoso, aos 73 anos, no ano de 753 obteve a permissão do papa para que deixasse o arcebispado para voltar ao trabalho missionário com os bárbaros pagãos. Dois anos depois, sofreu o martírio, morrendo pelas mãos de pagãos Frísios, que o mataram quando ele lia as Escrituras para seus neófitos no domingo de Pentecostes.
Bonifácio tinha pedido que fosse enterrado em Fulda, no monastério que ele tinha confiado a seu discípulo Sturmi, da Bavária.
Seu corpo jaz um magnificente sarcófago barroco.
A longa carreira missionária de São Bonifácio mostra duas características:
1º. A sua submissão permanente ao papa.
Ao receber sua nomeação como bispo, ele prestou juramento de fidelidade à fé católica e ao papa “sobre o corpo de São Pedro” em Roma. Depois do primeiro Concilio que ele reuniu na Alemanha, enviou sua profissão de fé nos mesmos termos. Não era possível submeter mais clara e formalmente a nova Igreja e as novas nações cristãs à autoridade pontifical.
2º. As relações diplomáticas de Bonifácio com a Corte dos reis francos.
Em 741 ele pediu, sem sucesso, a Charles Martel que ajudasse o papa contra os Lombardos. Em 751, ele negociou, em Roma, a missão decisiva que teve por resultado a consagração da dinastia Carlovíngia e a instituição do papado como um poder internacional.
Bonifacio mostra os obstáculos vencidos por nossos antepassados para, pouco a pouco, realizar o progresso da sociedade humana em sua prolongada escalada do progresso do espírito gregário, do altruísmo. Podemos, então, ver de onde viemos, para onde iremos e para onde vamos.

AMANHÃ: Santo Isidoro de Sevilha


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