13 DE JUNHO. St.
Tereza: apagar o fogo do inferno e incendiar o céu no amor a Deus
SANTA TERESA DE
ÁVILA
Teresa de Cepeda
y Ahumada; Santa Teresa de Jesus; Sainte Thèrèse, Teresa of Avila, Saint
(nasceu em 1515, em
Ávila, Castela, Espanha; morreu em 1582, em Alba de Tormes, Espanha)
FREIRA AUTORA DE
CLÁSSICOS RELIGIOSOS, PRIMEIRA DOUTORA DA IGREJA CATÓLICA
A regeneração moral
com a compressão do egoísmo anti-social
O Catolicismo teve uma
ação importante na evolução social da Idade Média: a regeneração moral dos
povos, com a educação dos sentimentos e costumes. Esse resultado foi obtido
estimulando o altruísmo, que é o sentimento gregário, de associação, e
comprimindo os instintos egoístas, os sentimentos de proveito pessoal. Assim os violentos guerreiros se tornaram gentis Cavaleiros para a proteção da
mulher, dos pobres, dos fracos e doentes; ao culto da sua dama e da Mãe de Deus
A doutrina católica pela
primeira vez no mundo criou a liberdade de consciência ao obter sem violência o poder sobre o governo
político. Essa liberdade nunca existiu antes. Protegeu e aperfeiçoou a
sociedade humana. As doutrinas anti-sociais perturbam e levam à morte da
própria congregação. Essa é a razão por que a sociedade tem o real poder de vida ou de morte desde os remotos milênios da evolução da
espécie. Os sábios sacerdotes sempre estimularam a vida social, a boa vontade,
o altruísmo.
A quarta semana do mês
do Catolicismo mostra o seu papel de controlar e estimular a vida moral das
massas após a queda do papado e da fé. Com a perda do poder político as igrejas
nacionais católicas se subordinam ao poder político de cada país sem romper com
o papa. O tipo principal é Bossuet, chefe de semana, tendo sua biografia no
domingo último dia da semana. O protestantismo é representado pela mais pura de
suas seitas, os quakers, em que a utilidade social é completamente afastada da
ambição mundana.
Notar que em cada
semana deste mês figura uma ou duas mulheres ilustres: a mãe de Santo
Agostinho; Heloisa, com sua ternura e Beatriz; Santa Tereza d´Avila, a sublime
mística espanhola.
Ver em 0520 01 C O QUADRO DO MÊS DE S PAULO O CATOLICISMO com
todos os grandes tipos humanos do mês.
Teresa (1515-1582) padroeira da Espanha, seus pais sendo
religiosos nobres que vivam em Ávila, em meio das montanhas da antiga província
de Castela. Logo ela mostrou uma grande imaginação que alimentava com a leitura
de romances da cavalaria. Ainda era criança quando desejava ir com seu irmão
encontrar o martírio nas conquistas contra os mouros em Espanha.
Aos 15 anos foi estudar no convento agostiniano de Nossa Senhora
das Graças em Ávila. Em 1533, aos 18 anos, contra a vontade de seu pai, ela se
tornou freira no convento das Carmelitas da Encarnação, fora da cidade. Nesse
convento ficou vários anos, desenvolvendo sua exaltação por preces mentais que
lhe deram visões em êxtase do amor divino, o que lhe valeu aos poucos a fama de
santa.
Em 1562, aos 47 anos, Teresa obteve um breve do papa que a
autorizava a fundar um convento em Ávila, com liberdade de seguir os estatutos
originais da ordem carmelita, no lugar das regras modernas e mais atenuadas.
Ela se tornou a abadessa e instituiu uma disciplina mais severa.
Teresa se tornou missionária e nessa carreira seu grande espírito
e seu gênio prático se manifestaram com grande energia. Ela fundou em várias
cidades da Espanha 17 conventos de Carmelitas Descalças e ainda 14 casas de
freiras carmelitas reformadas. Para tanto, ela suportou ataques a que enfrentou
com coragem. Essas instituições se multiplicaram rapidamente depois de sua
morte.
Ela morreu aos 67 anos, em Alba, onde foi enterrada. Seus restos,
que tinham sido levados para a igreja de São José em Ávila, foram trazidos de
volta a seu antigo lugar por ordem pontifical, a pedido do duque de Alba. Foi
canonizada por Gregório XV, em 1622.
A devoção a Santa Teresa comemora a doutrina celeste da santa e o
ardor de seu zelo piedoso. Para ela, a religiosa era uma mulher inspirada que
tinha por destino a consagração de seu próprio espírito “fazendo um jardim para agradar a Deus” e se comunicando face a face com o redentor
divino e humano, em “sua muito santa
Humanidade”.
Teresa dizia desejar apagar o fogo no inferno, e incendiar o céu, para
que os homens amassem a Deus só por puro amor, sem ambição por vantagens
egoístas. O misticismo de grande ternura fez criar nela um espírito justo e um
caráter nobre e humano que ela colocou numa linguagem apropriada. Entre suas
muitas obras, o principal escrito da santa é sua VIDA, composta por ordem de
seu diretor espiritual.
Na sua autobiografia ela define a prece como um dom do próprio
Deus, que torna o Cristo visível ao espírito. Ela expõe os graus da adoração
interior, subjetiva. Em primeiro lugar a prece é de calma, em seguida é da
união, e depois a êxtase irresistível.
As obras de ardente entusiasmo de Santa Teresa têm relação com o
conhecimento da natureza moral do homem como aquele saber que se encontra no
tratado da IMITAÇÃO DE CRISTO de Tomas de Kempis. Ressalta esse parentesco a
fonte original da cultura religiosa que é a doutrina universal do Catolicismo.
Santa Teresa prestou uma poderosa e terna assistência à Igreja
Católica numa época de crescente revolução moral e intelectual que se seguiu ao
apogeu e queda do cristianismo da Idade Média.
Ela foi uma genial organizadora dotada de bom senso, tato,
inteligência, coragem e bom humor, ao lado de uma rara profundidade espiritual.
Purificou a vida religiosa num período em que o protestantismo ganhava terreno
na Europa.
Foi um revigoramento feito pelo próprio catolicismo para enfrentar
os perigosos tempos da sociedade humana sob a maior revolução intelectual e
moral já acontecida em todos os tempos.
AMANHÃ: As muitas associações de caridade de S.Vicente de Paula.
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