RICARDO CORAÇÃO
DE LEÃO
Richard the
Lion-heart, Ricardo I, Rei da Inglaterra, Richard Coeur de Lion
(nasceu em 1157, em
Oxford, Inglaterra; morreu em 1199, no Ducado de Aquitânia, França)
CAVALEIRO
MEDIEVAL LENDÁRIO REI HERÓI CORAJOSO E ROMÂNTICO
As grandes contribuições do Civilização Feudal para o progresso da
sociedade humana
A Civilização Feudal teve como
resultados principais:
3. A tradição da honra
de cavaleiro na proteção da mulher e dos fracos pela Cavalaria medieval.
Supressão da escravidão geral na população,
que permitiu o trabalho livre com a libertação completa do trabalhador. Finalmente a liberdade do
trabalhador resultou na importante organização permanente do moderno sistema econômico do capitalismo.
Neste mês são consagrados os nomes
que representam a guerra para a defesa da Europa e que fundaram as instituições
locais, trabalhando para organizar cada nova nação européia.
Foram nove séculos de avanços e
recuos, desde cerca dos anos 400 até 1300. Com muita confusão, crueldade e
crimes; mas também com muito heroísmo e uma dedicação admirável resultando em
notável progresso.
Nesta segunda semana o tipo principal é Godofredo de Bouillon,
herói da primeira cruzada. Sua biografia está no domingo que termina a semana.
Ver em 0618 01 C O
QUADRO DO MÊS DE CARLOS MAGNO A CIVILIZAÇÃO FEUDAL, com seu resultado geral e
todos os grandes tipos humanos do mês.
NOSSOS ANTEPASSADOS
INESQUECÍVEIS
Maiores figuras
humanas na antiguidade
que prepararam a
civilização do futuro.
Ricardo Coração de Leão (1157-1199) é lembrado aqui como um famoso
tipo de cavaleiro medieval, entre os chefes das cruzadas cristãs contra os
mouros. Seu heroísmo nas batalhas, sua generosidade e cortesia até para com
seus inimigos criaram, em torno de seu nome, um prestígio universal e imortal
como cruzado e cavaleiro.
RICARDO I foi o segundo filho de Henrique II, rei da Inglaterra, e
de Eleonora de Aquitânia na França, tendo nascido em 1157 em Oxford. Aos 32 anos
sucedeu a seu pai no governo do vasto reino inglês que se estendia do rio Tweed
no norte da Inglaterra até os Pirineus na Aquitânia.
Resolveu Ricardo I lançar-se ainda mail uma vez para tomar
Jerusalém aos mouros. A cidade tinha sido retomada pelas forças muçulmanas. O
último rei cristão de Jerusalém acabou prisioneiro dos mouros na batalha de
Tiberíade.
A Europa fez um grande esforço na terceira cruzada, feita por
acordo do imperador Frederico Barbaroxa, com Philippe-Augusto, rei da França e
com Ricardo I, rei da Inglaterra. Ricardo levantou muito dinheiro, fosse
vendendo ou empregando recursos da coroa inglesa e partiu no ano de 1190 para a
Sicília. Chegando lá, ele se desentendeu com o rei Philippe e retardou alguns
meses sua partida. No caminho, ele conquistou Chipre, que deu a Guy de
Lusignan.
No ano seguinte, ele chegou à Palestina, onde, depois de uma luta
encarniçada, conquistou Acre, hoje Akko, na Palestina. Então Ricardo teve novo
atrito com o rei Philippe, que retornou para a Europa. Mas Ricardo continuou em campanha. Ele
desafiou Saladino, o sultão do Egito e da Síria numa grande batalha em Cesarea. Continuou
por meses em luta contra o sultão mouro, até fazer um armistício deixando
Jerusalém sob o poder de Saladino.
Mas, com um resultado insatisfatório em Jerusalém e estando
abandonado pela maior parte de seus aliados, Ricardo retornou para a Europa.
Foi capturado por Leopoldo V, duque da Áustria e entregue a Henrique VI,
Imperador do Sacro Império. Após o pagamento de um vultoso resgate, foi
libertado em 1194.
Ricardo voltou para a Inglaterra depois de quatro anos de ausência,
sendo novamente coroado. Os últimos anos de seu reinado, a maior parte passados
fora do país, foram dedicados à sua guerra contra Philippe-Augusto pela posse
da Normandia. Morreu em 1199, num ataque ao castelo de Châlus, no ducado da
Aquitânia.
Ricardo Coração de Leão não se destacou como estadista, sendo por
vezes feroz, injusto e egoísta. Mas tornou-se famoso como cruzado e cavaleiro
medieval, apesar de seus defeitos como rei e como estadista. É colocado em
lugar de honra por sua romântica e cavalheiresca coragem nas suas proezas na
terceira cruzada (1189 a
1199) que o levou a pôr de lado todas as razões de prudência e de governo para
fazer frente ao avanço dos mouros sobre a civilização européia. Suas qualidades
fizeram dele um rei popular em seu tempo, colocando-o como o herói de um número
sem fim de românticas lendas.
Ricardo é lembrado por seu heroísmo sem igual no campo de batalha
e por sua generosidade para com seus inimigos nobres. Apesar de suas falhas
como rei, de seus vícios como homem, Ricardo Coração de Leão viverá sempre na
memória do oriente, como do ocidente, como o primeiro soldado de seu tempo e o
modelo inesquecível de cavaleiro.
AMANHÃ:
Heroína da Pátria condenada como herege queimada viva: Joana d’Arc.
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