17 DE OUTUBRO. John
Locke: tornou a ciência confiável, útil, global pelo empirismo
LOCKE
John Locke
(nasceu em 1632, em
Somersetshire, Inglaterra; morreu em 1704 em Essex, Inglaterra)
FILÓSOFO INGLÊS
DO ILUMINISMO FUNDADOR DO EMPIRISMO
O RACIOCÍNIO CIENTÍFICO NA FILOSOFIA MODERNA
A grande revolução do
pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do papado, da
unanimidade católica e do feudalismo.
O movimento
intelectual na Europa do ocidente nos anos 1300, século XIV até os anos 1700,
século XVIII, passou a ter duas correntes. Um movimento foi de decomposição e
destruição da filosofia monoteísta antiga e o outro movimento foi de composição
e preparação da nova filosofia positiva, clara e distinta.
Descartes mostrou que
o método de pensar moderno baseia-se
numa evidencia verificável, na observação, na experiência. Explicou
que não são evidencias aceitáveis a autoridade de líderes e profetas, nem
escritos novos ou antigos, por mais veneráveis e respeitáveis que sejam.
Homens como Kepler e
Galileu, Descartes e Francis Bacon ao mesmo tempo em que construindo a nova
filosofia perturbaram o antigo modo de pensar. A revolta começada por Descartes
conduziu finalmente a assaltos ainda mais poderosos , contra as crenças
recebidas do que a ação de alterações religiosas feitas pelos reformadores
protestantes.
Descartes é o representante mais completo do
movimento duplo de composição e decomposição. Começou a grande revolução
matemática que permitiu a Newton interpretar o sistema solar. Abriu-se o
caminho para a operação destrutiva do século XVIII que afinal levou à Revolução
Francesa contra a política antiga de privilégios. Hobbes e Espinosa continuaram
o movimento de demolição. A teodicéia de Leibnitz era ainda mais perigosa.
Locke renunciou francamente ao conhecimento do absoluto divino. Hume e Diderot
demonstraram sua impossibilidade. Kant completou a operação. Eles foram todos
tanto construtores como destruidores.
O mês de Descartes da
Filosofia Moderna descreve essa importante revolução intelectual, a maior em
toda a história da sociedade humana ao estender a razão experimental a todo conhecimento.
A segunda semana
representa o desenvolvimento da pesquisa científica dos séculos XVII e XVIII
dirigida à natureza individual do homem físico e moral, em grande parte de
maneira preparatória e indutiva da Psicologia científica abstrata. Hobbes,
Locke, Vauvenargues, Diderot e Cabanis aqui são comemorados. Bacon é o chefe de
semana ao colocar a filosofia ao serviço do homem.
Ver em 1008 C em 08 de outubro o QUADRO DO MÊS DE DESCARTES
A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social do
mês
NOSSOS ANTEPASSADOS
INESQUECÍVEIS
Maiores figuras
humanas na antiguidade
que prepararam a
civilização do futuro.
JOHN LOCKE (1632-1704) foi um pensador que teve muitos leitores,
foi e ainda é muito famoso. Nasceu em Somersetshire, na Inglaterra. Seu pai
serviu no exército do Parlamento.
Estudou em Westminster e depois foi para Oxford, onde estudou
medicina e se destacou junto ao grande médico Sydenham. Foi com o diagnóstico
inteligente que fez da doença de que sofria o Lord Shaftesbury que Locke ganhou
a amizade do nobre.
Com uma saúde delicada e ainda por suas opiniões liberais serem
opostas às do governo, obrigou-se a sair da Inglaterra até depois da revolução
de 1688, chamada de A GLORIOSA por não ter derramado sangue e sido bem
sucedida.
Locke morou no sul da França e depois na Holanda, trabalhando por
vários anos em seu Ensaio sobre o entendimento humano, publicado
em 1690. Ao voltar para a Inglaterra, iniciou uma grande amizade com Isaac
Newton, mantendo com ele uma longa correspondência. Alem dessa grande obra, ele
escreveu o Ensaio sobre a tolerância, escrito
na Holanda, seu tratado sobre o Governo e
outro sobre a Educação.
O Ensaio dobre o
entendimento humano se compõe de 4 livros. O primeiro é uma refutação
da teoria de que as idéias são inatas no espírito. O segundo livro
contêm sua análise e classificação das idéias. Todas as idéias são tomadas da experiência. Umas são obtidas pelos
sentidos, outras são da reflexão do espírito sobre suas operações.
O terceiro livro trata da linguagem e contem certas refutações da doutrina metafísica das essências, ele mostrando que as essências são simples abstrações
artificiais feitas pelo homem.
O quarto livro trata do conhecimento e da demonstração. O que mais
chama a atenção é o desprezo que o autor mostra em relação ao silogismo
escolástico. Esse procedimento não é, diz ele, o modo empregado por aqueles
que fazem um uso judicioso de sua própria razão.
Explicado a uma mulher camponesa que o vento é aquele de Sudoeste
e que o tempo é de chuva, ela compreenderá facilmente que não é seguro para ela
sair sem agasalho após ter uma forte febre na gripe. Ela percebe claramente a
relação provável de tudo aquilo, do vento de Sudoeste e as nuvens, a chuva, o
frio, a recaída na febre e na gripe com o perigo de morrer. Mas não entrará na
confusão desses tropeços artificiais e embaraçantes dos vários silogismos que
atrapalham o espírito. Ela poderá passar de uma idéia a outra mais depressa e
mais claramente sem os silogismos.
O emprego direto da observação da realidade é o
característico de destaque no método da filosofia de Locke. É o emprego da
experiência, do empirismo na pesquisa científica e filosófica.
A evolução científica, partindo das ciências mais simples, exigiu
novos métodos de pesquisa. Na matemática, as observações, ou seja, a INDUÇÃO é
muito simples. Dois mais dois são quatro, a experiência é feita com os dedos.
Nas doutrinas antigas, a imaginação que deduzia as verdades
divinas era, de fato, a conclusão do que era lido nos livros antigos, era uma
DEDUÇÃO pura, uma hermenêutica, um
estudo nada científico, sem base na observação do mundo real.
O progresso científico, especialmente alcançando a astronomia, a
física, a química e depois a biologia, exigiu uma aprendizagem para que o
emprego da indução e da dedução fosse bem regulado. A questão foi resolvida no
método moderno subordinando a dedução à
indução. Ou seja, primeiro se
experimenta, se observa, isto é, se faz a
indução, para depois generalizar pela dedução.
Essa foi a importante participação inicial de Locke na demorada
evolução da teoria da ciência positiva,
da epistemologia moderna. Um progresso que nos fornece hoje um saber confiável,
positivo, útil, reproduzível, globalizado, capaz de realizar as mais
importantes previsões, dentro da aproximação desejada. E que são a base da
moderna indústria, da política e da educação. Com que nos permite melhorar
muito a saúde humana, regular a prática política planejada e aperfeiçoar o
comportamento humano.
AMANHÃ: Os grandes pensamentos vêm do coração: Vauvenargues.
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