quarta-feira, 16 de outubro de 2013

1017 C JOHN LOCKE primeiro se experimenta depois se generaliza pela indução

17 DE OUTUBRO. John Locke: tornou a ciência confiável, útil, global pelo empirismo

LOCKE
John Locke
(nasceu em 1632, em Somersetshire, Inglaterra; morreu em 1704 em Essex, Inglaterra)

FILÓSOFO INGLÊS DO ILUMINISMO FUNDADOR DO EMPIRISMO

O RACIOCÍNIO CIENTÍFICO NA FILOSOFIA MODERNA
A grande revolução do pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do papado, da unanimidade católica e do feudalismo.
O movimento intelectual na Europa do ocidente nos anos 1300, século XIV até os anos 1700, século XVIII, passou a ter duas correntes. Um movimento foi de decomposição e destruição da filosofia monoteísta antiga e o outro movimento foi de composição e preparação da nova filosofia positiva, clara e distinta.
Descartes mostrou que o método de pensar moderno baseia-se numa evidencia verificável, na observação, na experiência. Explicou que não são evidencias aceitáveis a autoridade de líderes e profetas, nem escritos novos ou antigos, por mais veneráveis e respeitáveis que sejam.
Homens como Kepler e Galileu, Descartes e Francis Bacon ao mesmo tempo em que construindo a nova filosofia perturbaram o antigo modo de pensar. A revolta começada por Descartes conduziu finalmente a assaltos ainda mais poderosos , contra as crenças recebidas do que a ação de alterações religiosas feitas pelos reformadores protestantes.
Descartes é o representante mais completo do movimento duplo de composição e decomposição. Começou a grande revolução matemática que permitiu a Newton interpretar o sistema solar. Abriu-se o caminho para a operação destrutiva do século XVIII que afinal levou à Revolução Francesa contra a política antiga de privilégios. Hobbes e Espinosa continuaram o movimento de demolição. A teodicéia de Leibnitz era ainda mais perigosa. Locke renunciou francamente ao conhecimento do absoluto divino. Hume e Diderot demonstraram sua impossibilidade. Kant completou a operação. Eles foram todos tanto construtores como destruidores.
O mês de Descartes da Filosofia Moderna descreve essa importante revolução intelectual, a maior em toda a história da sociedade humana ao estender a razão experimental a todo conhecimento.
A segunda semana representa o desenvolvimento da pesquisa científica dos séculos XVII e XVIII dirigida à natureza individual do homem físico e moral, em grande parte de maneira preparatória e indutiva da Psicologia científica abstrata. Hobbes, Locke, Vauvenargues, Diderot e Cabanis aqui são comemorados. Bacon é o chefe de semana ao colocar a filosofia ao serviço do homem.
Ver em 1008 C  em 08 de outubro o QUADRO DO MÊS DE DESCARTES A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social do mês

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

JOHN LOCKE (1632-1704) foi um pensador que teve muitos leitores, foi e ainda é muito famoso. Nasceu em Somersetshire, na Inglaterra. Seu pai serviu no exército do Parlamento.
Estudou em Westminster e depois foi para Oxford, onde estudou medicina e se destacou junto ao grande médico Sydenham. Foi com o diagnóstico inteligente que fez da doença de que sofria o Lord Shaftesbury que Locke ganhou a amizade do nobre.
Com uma saúde delicada e ainda por suas opiniões liberais serem opostas às do governo, obrigou-se a sair da Inglaterra até depois da revolução de 1688, chamada de A GLORIOSA por não ter derramado sangue e sido bem sucedida.
Locke morou no sul da França e depois na Holanda, trabalhando por vários anos em seu Ensaio sobre o entendimento humano, publicado em 1690. Ao voltar para a Inglaterra, iniciou uma grande amizade com Isaac Newton, mantendo com ele uma longa correspondência. Alem dessa grande obra, ele escreveu o Ensaio sobre a tolerância, escrito na Holanda, seu tratado sobre o Governo e outro sobre a Educação.
O Ensaio dobre o entendimento humano se compõe de 4 livros. O primeiro é uma refutação da teoria de que as idéias são inatas no espírito. O segundo livro contêm sua análise e classificação das idéias. Todas as idéias são tomadas da experiência. Umas são obtidas pelos sentidos, outras são da reflexão do espírito sobre suas operações.
O terceiro livro trata da linguagem e contem certas refutações da doutrina metafísica das essências, ele mostrando que as essências são simples abstrações artificiais feitas pelo homem.
O quarto livro trata do conhecimento e da demonstração. O que mais chama a atenção é o desprezo que o autor mostra em relação ao silogismo escolástico. Esse procedimento não é, diz ele, o modo empregado por aqueles que fazem um uso judicioso de sua própria razão.
Explicado a uma mulher camponesa que o vento é aquele de Sudoeste e que o tempo é de chuva, ela compreenderá facilmente que não é seguro para ela sair sem agasalho após ter uma forte febre na gripe. Ela percebe claramente a relação provável de tudo aquilo, do vento de Sudoeste e as nuvens, a chuva, o frio, a recaída na febre e na gripe com o perigo de morrer. Mas não entrará na confusão desses tropeços artificiais e embaraçantes dos vários silogismos que atrapalham o espírito. Ela poderá passar de uma idéia a outra mais depressa e mais claramente sem os silogismos.
O emprego direto da observação da realidade é o característico de destaque no método da filosofia de Locke. É o emprego da experiência, do empirismo na pesquisa científica e filosófica.
A evolução científica, partindo das ciências mais simples, exigiu novos métodos de pesquisa. Na matemática, as observações, ou seja, a INDUÇÃO é muito simples. Dois mais dois são quatro, a experiência é feita com os dedos.
Nas doutrinas antigas, a imaginação que deduzia as verdades divinas era, de fato, a conclusão do que era lido nos livros antigos, era uma DEDUÇÃO pura, uma hermenêutica, um estudo nada científico, sem base na observação do mundo real.
O progresso científico, especialmente alcançando a astronomia, a física, a química e depois a biologia, exigiu uma aprendizagem para que o emprego da indução e da dedução fosse bem regulado. A questão foi resolvida no método moderno subordinando a dedução à indução. Ou seja, primeiro se experimenta, se observa, isto é, se faz a indução, para depois generalizar pela dedução.
Essa foi a importante participação inicial de Locke na demorada evolução da teoria da ciência positiva, da epistemologia moderna. Um progresso que nos fornece hoje um saber confiável, positivo, útil, reproduzível, globalizado, capaz de realizar as mais importantes previsões, dentro da aproximação desejada. E que são a base da moderna indústria, da política e da educação. Com que nos permite melhorar muito a saúde humana, regular a prática política planejada e aperfeiçoar o comportamento humano.

AMANHÃ: Os grandes pensamentos vêm do coração: Vauvenargues.


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