10 DE OUTUBRO. São
Boaventura: o prazer religioso se vê na união espiritual.
SÃO BOAVENTURA
Giovanni Fidanza,
Doctor Seraphicus, Sábio Devoto
(nasceu em 1221, em
Bagnoreal, Viterbo, Itália; morreu em 1274, em Lyon, França)
FRADE
FRANCISCANO GERAL DA ORDEM DOUTOR DA IGREJA FILÓSOFO DO AMOR
O RACIOCÍNIO CIENTÍFICO NA FILOSOFIA MODERNA
A grande revolução do
pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do papado, da
unanimidade católica e do feudalismo.
O movimento
intelectual na Europa do ocidente nos anos 1300, século XIV até os anos 1700,
século XVIII, passou a ter duas correntes. Um movimento foi de decomposição e
destruição da filosofia monoteísta antiga e o outro movimento foi de composição
e preparação da nova filosofia positiva, clara e distinta. Homens como Kepler e
Galileu, Descartes e Francis Bacon ao mesmo tempo em que construindo a nova
filosofia perturbaram o antigo modo de pensar. A revolta começada por Descartes
conduziu finalmente a assaltos ainda mais poderosos , contra as crenças
recebidas do que a ação de alterações religiosas feitas pelos reformadores
protestantes.
Descartes é o
representante mais completo do movimento duplo de composição e decomposição.
Começou a grande revolução matemática que permitiu a Newton interpretar o
sistema solar. Abriu-se o caminho para a operação destrutiva do século XVIII
que afinal levou à Revolução Francesa contra a política antiga de privilégios.
Hobbes e Espinosa continuaram o movimento de demolição. A teodicéia de Leibnitz
era ainda mais perigosa. Locke renunciou francamente ao conhecimento do
absoluto divino. Hume e Diderot demonstraram sua impossibilidade. Kant
completou a operação. Eles foram todos tanto construtores como destruidores.
O mês de Descartes da
Filosofia Moderna descreve essa importante revolução intelectual, a maior em
toda a história da sociedade humana ao estender a razão experimental a todo conhecimento.
A primeira semana
deste mês mostra os representantes da filosofia Escolástica. É a tentativa
sistemática de Alberto Magno, de Tomás de Aquino e de outros para empregar a
lógica de Aristóteles na defesa das crenças e para reconciliar a fé com o
pensamento científico. O ceticismo inicial é também representado por nomes como
Ramus, Erasmo e Montaigne. O chefe de semana é Santo Tomás de Aquino.
Ver em 1008 C em 08 de outubro o QUADRO DO MÊS DE DESCARTES
A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social do
mês
NOSSOS ANTEPASSADOS
INESQUECÍVEIS
Maiores figuras
humanas na antiguidade
que prepararam a
civilização do futuro.
Boaventura (1221-1274), nasceu perto de Viterbo, na Itália, teve o
nome de batismo de GIOVANNI FIDANZA. Ele entrou para a Ordem de S.Francisco de
Assis em 1242, mas já havia estudado em Paris com Alexandre de Hales e depois
com La Rochelle ,
professor de teologia em
Paris. Em 1253 ele substituiu La Rochelle.
Nessa época as Ordens Franciscanas e Dominicanas estavam
violentamente atacadas por Guilherme de Saint-Amour, professor na Universidade
da Sorbone e por outros membros do clero secular. As Ordens foram defendidas
pelo papa Alexandre IV, que consultou Tomàs de Aquino e Boaventura. Foram
condenados os escritos heréticos, com o cuidado de recomendar a moderação dos
seus excessos.
Em 1256 Boaventura foi eleito o Geral da Ordem Franciscana, o seu
caráter doce e moderado muito fez para reduzir as controvérsias. Em 1273 ele
foi feito Cardeal e, em 1274, assistiu, com Tomás de Aquino outros doutores da
Igreja, ao Concílio de Lyon, que tentou reunir a igreja grega e a latina.
Poucos dias depois do Concílio, Boaventura morreu, sendo enterrado em Lyon na
igreja de sua Ordem.
Boaventura é conhecido entre os pensadores escolásticos como o “Doctor Seraphicus”, por seus textos
ardentes de fé e amor. Compôs muitas obras místicas, como o Diálogo de Deus com
o espírito, o Caminho do espírito para Deus.
Ele foi mais adepto da filosofia de Platão do que da filosofia de
Aristóteles. A característica principal de sua filosofia consiste em que o amor
é sempre o princípio, o modo, com a ajuda do qual o espírito se eleva à mais
elevada verdade. Essa a superioridade do ensino cristão sobre aquele dos
melhores filósofos gregos. Para os gregos, a virtude estava no meio entre dois
vícios opostos, o objeto da virtude era, portanto, finito, limitado. Mas o amor
não tem tais limites, seu destino sendo infinito.
Gerson, o erudito e devoto chanceler da Universidade de Paris
escreve, a respeito das obras de Boaventura:
“Ao meu modo de ver, entre todos os doutores católicos, Boaventura
é aquele que mais educa a inteligência e acende ao mesmo tempo a emoção. Seus
textos estão escritos com tanta arte, força e concisão que nenhum outro escrito
pode superá-los.”
No Canto 12º do Paraíso
de Dante o franciscano Boaventura celebra a grandeza de São Domingos enquanto
Tomás de Aquino, o dominicano, faz o destaque de São Francisco de Assis.
A pureza e a inocência de Boaventura era tão visível que seu
professor Alexandre de Hales afirmava que parecia que ele não tivera o pecado
original de Adão. O rosto de Boaventura refletia a alegria, o prazer, fruto da
paz em que sua mente vivia. Ele disse
que “o gozo espiritual é o melhor sinal de que a felicidade religiosa habita
sua pessoa”.
AMANHÃ: Não basta falar sobre o pensamento, aprende-se a pensar,
pensando: Ramus.
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