quarta-feira, 2 de outubro de 2013

1003 C GLUCK a ópera como o prazer puro do teatro musical do belo e do ideal

03 DE OUTUBRO. Gluck: o músico alemão que criou a ópera nacional da França

GLUCK
Christoph Willibald Gluck, Ritter Von Gluck, Cavaleiro von Gluck
(nasceu em 1714, na Bavária, Alemanha; morreu em 1787, em Viena, Áustria)

COMPOSITOR CLÁSSICO ALEMÃO REFORMADOR DA ÓPERA

Estética
parte da Filosofia para a idealização, para a emoção

O motor da ação humana é o sentimento
Estética é a teoria da arte, o conjunto dos princípios fundamentais da arte. É apresentada também como a filosofia da arte.
Define-se a arte afirmando que:
arte é a representação idealizada da realidade, dos seres e dos acontecimentos.
O objetivo da arte é cultivar o nosso sentimento, da emoção de perfeição, do belo. Assim como a ciência explica a realidade, a arte embeleza o real para emocionar, estimulando o sentimento social, a compaixão, o altruísmo.
Em ambos os casos, a tarefa de classificação tanto na ciência como na arte se faz começando pelos objetos simples do mundo exterior ao homem. Em seguida se eleva gradualmente aos complicados fatos da vida e da natureza humana, coletiva na sociologia ou individual na psicologia.
O mundo antigo era a muitos respeitos mais favorável do que a modernidade à produção da grande poesia. A sociedade era mais homogênea e mais harmoniosa em sua constituição, também mais estável e mais regular em seu movimento.
Na modernidade nos encontramos em fase de transição, em tempos de revolução, ao passar de uma civilização medieval para uma civilização científica e industrial. Mas, apesar do clima de revolta, triunfos esplendidos foram conseguidos pelo gênio artístico independente.
Nesta quarta semana estão lembrados os grandes mestres da aliança da música com o teatro. Estão representados de Palestrina até Rossini. Mas a lista não se limita aos compositores de óperas.
Ver em 0910 C   O QUADRO DO MÊS DE SHAKESPEARE, o Drama Moderno, com todos os grandes tipos humanos do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

GLUCK (1714-1787) nasceu na Baviera, seus pais estando a serviço do príncipe Philipp Hyazinth von Lobkowitz.
Ele se tornou o grande reformador da ópera na França.
Gluck foi educado na Boêmia e em Viena, indo aos 22 anos de idade para a Itália, em 1736, onde escreveu suas óperas por 9 anos, ganhando uma fama em toda a Europa.
Em 1745, com 31 anos de idade, recebeu o convite para ir a Londres como compositor de ópera. Lá, Handel declarou que sua música era detestável e que ele seria um ignorante completo na arte do contraponto.
Na verdade suas obras não tiveram sucesso. Gluck se decidiu a refletir sobre as causas de seu insucesso. Depois de se encontrar com Rameau em Paris, ele resolveu refazer completamente seu estilo de composição teatral. Durante vários anos ele continuou a estudar, produzindo, para sobreviver, obras de pouca importância.
A fama de Gluck passou logo a crescer e durante uma visita a Roma, em 1756, ele foi honrado com o título de Cavaleiro da Espora de Ouro, passando a ser chamado de Cavaleiro Von Gluck, Ritter Von Gluck.
Sua ópera Orfeu e Eurídice de 1762 inaugurou uma nova concepção da música dramática e ele continuou a compor, agora em Viena, uma série de peças no mesmo novo estilo.
Em 1774 ele foi para Paris, onde foi bem recebido pela rainha Maria Antonieta, que tinha sido sua aluna antes de se casar. Em Paris ele continuou por 5 anos a produzir uma sucessão de óperas que reformaram completamente o drama musical e lançou os fundamentos da ópera nacional francesa.
Gluck triunfou ao obter sucesso com a reforma que introduziu na formulação da ópera. A essência de sua modificação consistiu em afastar o antigo sistema em que as árias eram acumuladas sem relação alguma com a ação teatral e se dizia que a ópera passava a ser um simples pretexto para um concerto de canto. Gluck se preocupava em fazer da música o meio forte do drama e a fazer a música acompanhar o significado do texto teatral. Com isso ele fazia da ópera um verdadeiro teatro musical, ao passo que a antiga escola italiana, então preponderante, fazia da ópera uma coleção de árias cantadas ligadas num conjunto por uma série de diálogos e de canto.
Gluck, embora de origem alemã, criou a ópera nacional da França, onde ele obteve todos os seus triunfos, é geralmente posto como sendo da escola francesa dos anos 1700, do século 18.
Nas óperas de Gluck o objetivo musical é sempre preponderante. Ele é sempre o amante do belo ideal, não admitindo jamais o que é rude ou discordante em relação da expressão teatral. Na ópera Orfeu, ele legou ao mundo uma das árias mais fascinantes e as mais emocionantes que já foram concebidas pelo homem. O Orfeu é uma fonte contínua de prazer puro e superior, tendo recebido sempre uma grande popularidade.
Gluck continuou a compor em Paris até 1779. Então teve um ataque cardíaco que o afastou da vida ativa. Ele se retirou para Viena acompanhado de grande fama e com uma fortuna assegurada. Ele morreu em 1787 na idade de 73 anos.


AMANHÃ: O nome sinônimo do que há de maior e mais belo em música: Beethoven.

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