05 DE OUTUBRO.
Rossini: agilidade de movimento e brilho musical estonteante
ROSSINI
Gioacchino
Antonio Rossini
(nasceu em 1792, em
Pesaro, Marches, Itália; morreu em 1868, Passy, Paris)
NOTÁVEL
COMPOSITOR ITALIANO DE ÓPERAS: BARBEIRO DE SEVILHA, GUILHERME TELL
Estética
parte da Filosofia para a
idealização, para a emoção
O motor da ação humana é o sentimento
Estética é a teoria da arte, o
conjunto dos princípios fundamentais da arte. É apresentada também como a filosofia da arte.
Define-se
a arte afirmando que:
arte é a representação idealizada
da realidade, dos seres e dos acontecimentos.
O objetivo
da arte é cultivar o nosso sentimento, da emoção de perfeição, do belo. Assim
como a ciência explica a realidade, a arte embeleza o real para emocionar,
estimulando o sentimento social, a compaixão, o altruísmo.
Em ambos os casos, a tarefa de
classificação tanto na ciência como na arte se faz começando pelos objetos
simples do mundo exterior ao homem. Em seguida se eleva gradualmente aos
complicados fatos da vida e da natureza humana, coletiva na sociologia ou
individual na psicologia.
O mundo antigo era a muitos
respeitos mais favorável do que a modernidade à produção da grande poesia. A
sociedade era mais homogênea e mais harmoniosa em sua constituição, também mais
estável e mais regular em seu movimento.
Na modernidade nos encontramos em
fase de transição, em tempos de revolução, ao passar de uma civilização
medieval para uma civilização científica e industrial. Mas, apesar do clima de
revolta, triunfos esplendidos foram conseguidos pelo gênio artístico
independente.
Nesta quarta semana estão
lembrados os grandes mestres da aliança da música com o teatro. Estão
representados de Palestrina até Rossini. Mas a lista não se limita aos
compositores de óperas.
Ver em 0910 C O QUADRO DO MÊS DE SHAKESPEARE, o Drama
Moderno, com todos os grandes tipos humanos do mês.
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.
ROSSINI (1792-1868) nasceu em Pesaro na borda do Mar Adriático, de
família humilde. Seu pai, Giuseppe Rossini, era um trompetista pobre, tocando
em diversas bandas e orquestras. Sua mãe, Anna Guidarini era cantora e
intérprete teatral.
O jovem Rossini recebeu uma educação rudimentar, cantou nos coros
de igreja e estudou música no Conservatório de Bolonha. Aos 16 anos ele
produziu em público peças orquestradas e aos 18 anos, escreveu sua primeira
ópera.
Em seguida ele compôs uma sucessão constante de óperas que tiveram
um grande sucesso na Itália. Mas somente em 1822 é que sua reputação foi
reconhecida em toda a Europa.
Foi em 1822, aos 30 anos, que ele se casou e foi para Viena. Lá
ele publicou o Cendrillon e Semiramis. O seu Barbeiro de Sevilha, composto em 1816, não teve sucesso inicial,
mas tornou-se logo sua ópera mais popular.
Rossini visitou Londres e Paris, sendo recebido com grande
entusiasmo. Ele recebeu grande número de encomendas. Em 1824 estabeleceu-se em
Paris como o diretor da Companhia dos Italianos.
Ele trabalhou cinco anos em Paris, onde ficou reconhecido como o
chefe dos músicos da capital e onde compôs uma série de óperas marcadas pela
facilidade de encenação, do humor e animação.
Em 1829 ele compôs o Guilherme
Tell, sua obra-prima. Nessa obra ele modificou profundamente seu estilo. O
estudo da obra de Beethoven o levou a uma concepção mais ampla e mais séria da
harmonia teatral e ele se apresenta então com o novo gosto pelas orquestrações
complexas.
Depois dessa ópera, Rossini manteve-se perto de 40 anos em plena
atividade. Ele possuía a fortuna, a influência, a fama. Viveu longo período de
sua vida num mundo luxuoso, culto e artístico, amigo magnífico da música e dos
artistas. Ele morreu em 1868, aos 76 anos, em Paris, onde havia fixado
residência durante o resto de seus dias.
A música de Rossini foi admirada em seu tempo, com muito aplauso e
hoje ela revive com entusiasmo renovado. Rossini é talvez o único, depois de
Mozart, que escreveu uma música deliciosa, espiritual e que dá à expressão uma
doce expressão e uma completa comicidade.
Nada há igual ao seu brilho e vivacidade, tanto na voz dos
personagens, como nos instrumentos musicais. Seu estonteante brilho musical e
sua cintilante agilidade de movimento fizeram dele o favorito dos artistas,
homens e mulheres, que se esforçavam para encontrar maneiras de mostrar o que
podiam realizar com sua própria voz.
O brilhante dramaturgo italiano criou uma nova escola de teatro,
com originais pirouettes musicais. Em
tempo recente, a partir de 1940, suas óperas são freqüentemente apresentadas,
todas com grande aceitação pelo público e pela crítica.
A vivacidade, a invenção, a graça de Rossini continuam a fazer as
delícias dos amantes da ópera em todas as partes do mundo.
AMANHÃ:
O drama como expressão sincera da emoção humana junto com a melodia pura:
Vicenzo Bellini.
Nenhum comentário:
Postar um comentário