segunda-feira, 14 de outubro de 2013

1015 C HOBBES liberdade de opinião com comando único no governo político

15 DE OUTUBRO. Hobbes: governo político necessário para controlar as divergências.

HOBBES
Thomas Hobbes
(nasceu em 1588, em Wiltshire, Inglaterra; morreu em 1679, em Derbyshire, Inglaterra)

FILÓSOFO INGLÊS GENIAL TEÓRICO DA POLÍTICA SECULAR E DO LIBERALISMO

O RACIOCÍNIO CIENTÍFICO NA FILOSOFIA MODERNA
A grande revolução do pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do papado, da unanimidade católica e do feudalismo.
O movimento intelectual na Europa do ocidente nos anos 1300, século XIV até os anos 1700, século XVIII, passou a ter duas correntes. Um movimento foi de decomposição e destruição da filosofia monoteísta antiga e o outro movimento foi de composição e preparação da nova filosofia positiva, clara e distinta.
Descartes mostrou que o método de pensar moderno baseia-se numa evidencia verificável, na observação, na experiência. Explicou que não são evidencias aceitáveis a autoridade de líderes e profetas, nem escritos novos ou antigos, por mais veneráveis e respeitáveis que sejam.
Homens como Kepler e Galileu, Descartes e Francis Bacon ao mesmo tempo em que construindo a nova filosofia perturbaram o antigo modo de pensar. A revolta começada por Descartes conduziu finalmente a assaltos ainda mais poderosos , contra as crenças recebidas do que a ação de alterações religiosas feitas pelos reformadores protestantes.
Descartes é o representante mais completo do movimento duplo de composição e decomposição. Começou a grande revolução matemática que permitiu a Newton interpretar o sistema solar. Abriu-se o caminho para a operação destrutiva do século XVIII que afinal levou à Revolução Francesa contra a política antiga de privilégios. Hobbes e Espinosa continuaram o movimento de demolição. A teodicéia de Leibnitz era ainda mais perigosa. Locke renunciou francamente ao conhecimento do absoluto divino. Hume e Diderot demonstraram sua impossibilidade. Kant completou a operação. Eles foram todos tanto construtores como destruidores.
O mês de Descartes da Filosofia Moderna descreve essa importante revolução intelectual, a maior em toda a história da sociedade humana ao estender a razão experimental a todo conhecimento.
A segunda semana representa o desenvolvimento da pesquisa científica dos séculos XVII e XVIII dirigida à natureza individual do homem físico e moral, em grande parte de maneira preparatória e indutiva da Psicologia científica abstrata. Hobbes, Locke, Vauvenargues, Diderot e Cabanis aqui são comemorados. Bacon é o chefe de semana ao colocar a filosofia ao serviço do homem.
Ver em 1008 C  em 08 de outubro o QUADRO DO MÊS DE DESCARTES A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social do mês

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

HOBBES (1588-1679) nasceu em Westport, Wiltshire. Seu pai era membro do clero inglês. Ele desde cedo mostra zelo pelo estudo e foi enviado aos 15 anos para estudar em Oxford, onde logo mostrou seu desprezo por tudo que estivesse desprovido de comprovação e de lógica.
Ele contribuiu para os fundamentos da sociologia científica, procurando nos princípios do movimento a explicação da motivação humana e da organização social. Colaborou tanto no movimento de destruição dos preconceitos antigos como na construção de novas doutrinas. É considerado como o fundador do liberalismo das idéias. Por suas pesquisas originais científicas anti-religiosas, sofreu continuadas avaliações enganosas como sendo adepto do totalitarismo. Na verdade, sua proposta é de um governo material central, com unidade de comando, sempre com a completa liberdade de opinião e crítica. Essa regra da COMPLETA LIBERDADE do poder da opinião pública livre em relação ao poder político coercitivo pela força é um IMPORTANTE PRINCÍPIO da Política moderna.
Em 1608 ele viajou com o filho de William Cavendish d’Hardwick e conservou com sua família relações de amizade por toda a vida. Ao retornar, ele teve freqüentes encontros com Francis Bacon.
Em 1629 ele publicou sua tradução do historiador grego Tucídides (471-400 AC), inspirada nos conflitos políticos de seu tempo. Hobbes interpretava o triste destino da antiga Atenas na Grécia como um aviso contra os perigos da democracia mal aplicada pelos demagogos.
Ele esteve na Europa continental em 1629 e uma terceira vez de 1634 a 1637. Nessa ocasião encontrou e discutiu as novas teorias científicas com vários destacados pensadores da época. Esteve com o importante astrônomo e físico italiano Galileu e esteve em relações estreitas com os filósofos franceses René Descartes e Pierre Gassendi. Freqüentou o círculo do padre Mersenne e de outros adeptos de Descartes.
Em 1637 Hobbes voltou para a Inglaterra e publicou seu Pequeno Tratado, com a exposição de sua nova teoria do movimento. Na política ocorria o conflito entre o rei Charles I e o Parlamento inglês. Hobbes tomou a defesa dos poderes do rei, publicando Os Elementos da Lei Natural e Política. Mas com medo de que o Parlamento o prendesse devido a seu livro, em 1640 fugiu para Paris, onde ficou por 11 anos, num exílio por própria vontade.
Em 1642 Hobbes terminou sua teoria do governo político no livro De Cive. Entre os anos de 1646 e 1648 Hobbes se tornou o professor de matemática do Príncipe de Gales, depois rei Charles II, então também exilado em Paris.
O livro mais conhecido de Hobbes é o Leviathan, ou A Matéria, Forma e Poder de uma República Eclesiástica e Civil, de 1651, que contêm uma descrição de sua doutrina de governo. Os seguidores do príncipe inglês não gostaram, interpretando o livro como a justificação do regime republicano e as autoridades francesas viram no livro um ataque ao governo do papa. De novo, com medo de ser preso, Hobbes fugiu para a Inglaterra.
Em 1666 a autorização a Hobbes para impressão foi recusada pelo Parlamento e depois dessa data seus livros foram todos impressos em Amsterdam, na Holanda.
O seu livro Behemoth, uma descrição das guerras civis, só foi publicado após sua morte. Hobbes morreu em Hardwick Hall, Derbyshire, em 1679 e foi enterrado na igreja de Hault-Hucknell.
Hobbes foi o principal pensador original no século 17 da filosofia do saber crítico de destruição , que teria, como em Rousseau e Voltaire, e outros autores de repetição, sem originalidade, no século 18, anos 1700, quando a revolução chegou a ter sua aplicação política. A contribuição de Hobbes foi de grande influência, notadamente sua demonstração de que o governo político se faz com o poder da força coercitiva.
O poder do Estado é necessário para controlar as divergências, regulando a ação dos indivíduos. A máxima famosa de Hobbes, de que o governo é o resultado natural da força, é a base principal de sua Teoria do Poder Político, o principal progresso da teoria política feito desde os gregos. Sua doutrina completa a pouco conhecida lei do filósofo Aristóteles (384-322 AC) de que -
EM TODA SOCIEDADE SE FAZ A DIVISÃO DOS OFÍCIOS E A CONVERGÊNCIA DOS ESFORÇOS.”
O texto está no tratado POLÍTICA de Aristóteles, no livro 4, no capítulo em que é indicado quais elementos são necessários, indispensáveis, para que uma associação baste a si mesma. Em outras palavras, em toda sociedade há especialização na atividade e há um governo para manter a convergência dos trabalhos dos especialistas.
Portanto, não pode haver total igualdade nas profissões e remunerações, que seria o nivelamento por baixo como sonhado por Marx-Engels. Com resultados desastrosos e cruéis em todos os países em que foi aplicado, com extensos genocídios, escravização do trabalhador e empobrecimento das nações.
Hobbes com originalidade, pela primeira vez no estudo do poder, afirmou que o governo material político se apóia na força e não na fraqueza. Mas devendo manter a liberdade de consciência. É o que Hobbes escreveu com todas as letras. Limitando o governo político somente ao controle dos atos, dando completa liberdade ao governo da consciência, da opinião, dos que produzem o ensino, a crítica, a informação.


AMANHÃ: Ter as gerações humanas como se fossem um só homem em evolução permanente: Pascal.


Nenhum comentário:

Postar um comentário