NOVEMBRO
25 Richelieu: meus únicos inimigos são os
inimigos da minha pátria
RICHELIEU
Armand-Jean du Plessis, Cardinal e Duque de
Richelieu, A Eminência Vermelha
(nasceu
em 1585, em Richelieu, Poitou, na França; morreu em 1642, em Paris)
ESTADISTA
FRANCÊS PARA A UNIDADE DE COMANDO DO REI E A GRANDEZA DO PAÍS
GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
No mês da Política Moderna são colocados os maiores nomes
representativos dos séculos em que o progresso da sociedade européia realizou
duas funções:
1 o fim da organização militar medieval para a
guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2 a preparação da nova civilização científica e
pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida
pelos diversos governos.
A ação de mudança da política medieval para a política moderna
realizou a limitação ou extinção do poder e dos privilégios da nobreza, dos
militares e das autoridades religiosas e a manutenção de exércitos permanentes
assalariados pelo governo político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra
de conquista, como da Idade Média, de guerra de defesa, os militares eram
governo, como imperadores ou barões feudais.
O governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o
governo descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou
de pé do antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século
XV. A luta entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o
governo político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os
governos passaram a governar sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se
fossem ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell podem-se
ver dois modos de governo.
Nessa fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem
da nação e permitir o livre progresso intelectual e industrial. São os
estadistas da nova civilização. A política anterior tinha como referência a lei
dos deuses, em normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente
a ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram o governo central monárquico com o necessário
comando único reunindo no rei os antigos poderes regionais dos barões do
feudalismo. Com o enfraquecimento dos costumes antigos os reis tenderam a tirar
do papa muitas das funções religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da
paz.
Nesta
terceira semana estão organizadores e financistas como ministros de Estado que
viveram no século XVI, XVII e XVIII. São estadistas do governo pós-medieval.
Impõem a ordem, favorecem a indústria e desenvolvem os recursos naturais.
Alguns se tornaram conhecidos por suas guerras, mas não estão aqui por essa
razão. O militarismo de seus governos foi por vezes necessário. Para seu
financiar seu custo encorajaram a indústria como um meio de conseguir recursos
para as despesas da guerra. Richelieu dá o nome a esta terceira semana dos
grandes ministros.
Ver em 1105 C em 05 de
novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes
representativos do mês na evolução social da política.
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.
FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS
RICHELIEU (1585-1642) nasceu em
Paris e foi educado na carreira militar. No entanto, para manter o Bispado de
Luçon em poder da família, ele entrou para o sacerdócio católico e com a idade
de 22 anos foi ordenado como Bispo.
Como representante na
Assembléia dos Estados Gerais em 1614, ele iniciou sua carreira política da
França e logo ganhou o apoio da rainha-mãe, Maria de Médicis. Tornou-se
secretário de Estado em 1616. Em 1622 recebeu o chapéu de Cardeal e em 1624 foi
posto como o ministro-chefe do rei Luís XIII. Depois de 1630 o Cardeal
Richelieu passou a ser o virtual chefe político do governo da França.
Richelieu procurou realizar o casamento de Henriette Marie, irmã
do rei Luís XII com o Príncipe de Gales, que mais tarde foi Carlos I da
Inglaterra. Assim ele desejava manter relações de amizade com aquele país. Para
restaurar o prestígio da França na Europa e limitar o crescimento da força dos
católicos e reacionários reis de Habsburg, então no poder na Espanha e na Áustria,
Richelieu em seguida fez alianças com os inimigos dos Habsburgs na Holanda e na
Alemanha. Ele deu ajuda na invasão da Alemanha pelo chefe dos Luteranos, o rei
Gustavo II da Suécia. E colocou a França como um atuante aliado dos
Protestantes alemães, enviando tropas para lutar na Guerra dos Trinta Anos, de 1618 a 1618.
Ao mesmo tempo em que apoiava os protestantes no estrangeiro,
Richelieu ao sentir que os protestantes huguenotes ameaçavam a unidade de
comando do rei, atacou La
Rochelle em 1628, vencendo os protestantes tanto militarmente
como politicamente, mas mantendo sua liberdade religiosa. A partir de então o
progresso pessoal de qualquer huguenote no serviço público nunca mais foi
impedido por causa de sua religião.
Richelieu fez com que o rei da França mantivesse o seu
necessário comando único, chamado de poder absoluto, por meio de
enérgicas medidas para acabar com o poder político das grandes famílias nobres
do país. Ou seja, ele terminou com o que restou do poder feudal de cada
região. Ele sufocou as revoltas da nobreza e puniu sem piedade aqueles que
nelas participavam. Cada governador nobre nas províncias tinha a seu lado um
intendente da classe média que fazia o comando de fato. Os castelos feudais foram demolidos; os duelos, últimos vestígios do
direito feudal de guerra particular, foram proibidos. Os grandes senhores
viram com estupefação dois de seus membros serem julgados e decapitados por
duelarem na Praça principal de Paris.
Com a sabedoria política de Richeleieu o equilíbrio foi feito entre
os países da Europa. Os reis dos Habsburgs da Áustria e da Espanha não mais
perturbaram esse equilíbrio nem ameaçaram a liberdade de religião. A França se
tornou a mais forte potência militar da Europa, incentivando a exploração e
colonização no Canadá e nas Índias. Protetor das artes, ele foi o fundador da
Academia Francesa de Letras. Richelieu morreu em Paris em 1642.
Richelieu, da mesma forma como o rei Luís XI, foi sempre mal visto pelos aristocratas, porque ele acabava com seus
privilégios medievais. Ao mesmo tempo,
ele era hostilizado pelos parlamentares, já que ele estabeleceu a unidade de
comando político no rei da França, o que era considerado como o mal do poder
absoluto. Chegou mesmo a ser acusado de extrema crueldade. Portanto,
Richelieu não atuou politicamente para agradar a todos e para se fazer amar.
Ao morrer, o padre lhe perguntou se perdoaria os seus muitos
inimigos. Ele respondeu que “Eu jamais tive outros inimigos do que
aqueles que eram inimigos da França”.
O enorme abismo que existe na diferença entre a FILOSOFIA antiga e
o saber humano necessário para dirigir a política é mostrado no comentário do
papa Urbano VIII sobre a vida e os serviços políticos de Richelieu:
“SE
EXISTE UM DEUS, ELE TERÁ QUE RESPONDER PELOS SEUS ATOS, MAS SE NÃO EXISTIR
DEUS, ELE FOI DE FATO UM EXCELENTE HOMEM”.
O papa Urbano VIII e Richelieu estiveram, na verdade, no mesmo
caso.
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FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS
Muito interessante o seu post.
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