22 DE
NOVEMBRO. Colbert: equilíbrio nos impostos, liberdade de indústria e comércio
COLBERT
Jean-Baptiste
Colbert
(nasceu
em 1619, em Reims, França; morreu em 1683, em Paris)
ESTADISTA
FRANCÊS MINISTRO DA RECONSTRUÇÃO ECONÔMICA DO PAÍS
GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
Nesta
terceira semana estão organizadores e financistas como ministros de Estado que
viveram no século XVI, XVII e XVIII. São estadistas do governo pós-medieval.
Impõem a ordem, favorecem a indústria e desenvolvem os recursos naturais.
Alguns se tornaram conhecidos por suas guerras, mas não estão aqui por essa
razão. O militarismo de seus governos foi por vezes necessário. Para seu
financiar seu custo encorajaram a indústria como um meio de conseguir recursos
para as despesas da guerra. Richelieu dá o nome a esta terceira semana dos
grandes ministros.
Ver em 1105 C em 05 de
novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes
representativos do mês na evolução social da política.
COLBERT (1619-1683) nasceu em Reims, na França. Foi secretário do
ministro da guerra aos 19 anos de idade. Em 1651 o Cardeal Mazarin, ministro
chefe do rei Luís XIV, empregou Colbert para gerir suas finanças pessoais.
Mazarin, antes de morrer em 1661, recomendou Colbert ao jovem rei, para
sucedê-lo.
Como conselheiro do rei, ele acusou o superintendente de finanças
por desonestidade. A seção foi abolida, mais tarde Colbert sendo elevado a
auditor geral de finanças em 1665 e de fato o principal ministro do país.
Deve-se notar a habilidade do governo da França nos primeiros 29
anos do reinado de Luís XIV, de 1643
a 1672, onde a sucessão do ministro chefe foi feita por
indicação. Richelieu indicou Mazarin. Depois Mazarin indicou Colbert.
O programa
de governo de Colbert constou da reforma do judiciário, um sistema equilibrado
de impostos, liberdade de comércio, incentivo às indústrias e à agricultura, a
codificação das leis, estabelecimento de uma Polícia eficaz, desenvolvimento do
sistema de canais, formação de novas colônias, criação de uma marinha francesa
forte.
Apesar das críticas à sua regulamentação minuciosa da produção, o fato é que
ele encontrou seu país quase desprovido de indústria e deixou a França de posse de numerosas indústrias que promoveram o
progresso e a riqueza da nação.
Nas finanças a obra de Sully havia sido destruída. A fonte do mal,
no sistema de impostos, consistia em que o clero e a nobreza estavam isentas do
pagamento. Colbert, como Sully e Richelieu, desejava abolir esse privilégio,
mas não tinha sido possível. A solução
que ele fez foi reduzir o imposto direto, cobrindo a perda de receita com
aumento dos impostos indiretos, que eram pagos por todas as classes.
Com a esclarecida administração da França por Colbert, a França
fez progressos extraordinários, até que o rei Luís XIV começou a colocar todos
os interesses do país em segundo plano com relação aos seus custosos projetos
de guerra e de conquista.
O rei respondeu com dureza à oposição de Colbert a seus projetos
de grandes despesas militares. A solução exigida pelo rei foi que Colbert teria
que encontrar o dinheiro necessário, ou ele encontraria outro ministro que
soubesse consegui-lo.
Os últimos anos de Colbert foram de desespero ao criar novos
impostos, enquanto a prosperidade que ele havia criado declinava a seus olhos.
Não demorou para que a população sofredora passasse a reclamar com razão.
Colbert foi,sem dúvida, o mais bem sucedido político com resultados brilhantes
para o sistema comercial da França, embora muito de seu trabalho tenha sido
desfeito pelo luxo extravagante do rei Luís XIV e das numerosas guerras no
estrangeiro, que arruinaram a economia durante o seu reinado.
Mas Colbert finalmente é considerado um dos maiores estadistas da história de França.
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