21 DE
NOVEMBRO MAZARIN: contra parlamento formando novos
administradores
MAZARIN
Cardeal
Jules Mazarin, Giulio Raimondo Mazzarino, ou Mazarini
(nasceu em
1602 em Pescina, Abruzzi, reino de Nápoles, Itália; morreu em 1661, em
Vincennes, França)
ESTADISTA
E CARDEAL FRANCÊS MINISTRO DA PAZ DO PAÍS E DA EUROPA
GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
Nesta
terceira semana estão organizadores e financistas como ministros de Estado que
viveram no século XVI, XVII e XVIII. São estadistas do governo pós-medieval.
Impõem a ordem, favorecem a indústria e desenvolvem os recursos naturais.
Alguns se tornaram conhecidos por suas guerras, mas não estão aqui por essa
razão. O militarismo de seus governos foi por vezes necessário. Para seu
financiar seu custo encorajaram a indústria como um meio de conseguir recursos
para as despesas da guerra. Richelieu dá o nome a esta terceira semana dos
grandes ministros.
Ver em 1105 C em 05 de
novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes
representativos do mês na evolução social da política.
GIULIO MAZARIN (1602-1661) nasceu na Itália, em Pescina, então um
território dos domínios do papa. Tornou-se um protegido da poderosa família
Colonna. Foi mandado para estudar com os jesuítas em Roma, sendo um excelente
estudante. Acompanhando um membro da família Colonna foi para a Espanha, e completou
seus estudos na Universidade de Alcalá de Henares, hoje Universidade de Madrid.
Estudou direito e voltou para Roma, ansioso para aprender mais
sobre os meios de vida da aristocracia e dos negócios. Obteve a patente de
capitão do exército do papa em 1624. Entrou para o serviço diplomático da Santa
Sé, como secretário do legado papal em Milão, onde começou sua ação na vida
política. Foi mandado à França para negociações com o Cardeal de Richelieu.
Ficou fascinado pelo poderoso ministro. Chegou a dizer que tinha resolvido se
dedicar inteiramente a Richelieu.
De volta a
Roma em 1632, Mazarin foi mandado em 1634 como o núncio ou embaixador do papa
junto à corte real da França. Lá, ao lado de Richelieu, ganhou o favor dos poderosos e
tornou-se dedicado ao serviço da França, cuja “abertura de coração e de pensamento” muito o impressionava. Voltou
para Roma, onde continuou a correspondência com Richelieu, defendendo os
interesses da França na corte do papa.
Em reconhecimento por sua colaboração, o rei Luís XIII concedeu a
Mazarin pensões religiosas e benefícios, para o que ele tomou a naturalização
de súdito francês em 1639 O rei o recomendou ao papa para torná-lo cardeal da
Igreja Católica. Mazarin foi convidado a voltar para Paris, chegando em 1640,
deixando o serviço do papa, passando ao serviço da França. Em 1641 o papa, em reconhecimento aos seus esforços em favor da paz na
Europa, finalmente lhe concedeu o chapéu de Cardeal.
Richelieu empregou Mazarin nas mais importantes tarefas políticas
e, ao morrer, o recomendou como ministro para o rei Luís XIII. Na qualidade de
primeiro ministro, sua ambição era de acabar com a rivalidade existente entre
as forças católicas da Europa. Em 1643, com a morte de Luís XIII, a rainha Ana
da Áustria, regente na minoridade de Luís XIV, então com 5 anos de idade, o
manteve no cargo.
Ele teve que subordinar seu ideal de paz aos interesses do país.
Conseguiu a Paz de Westphalia em 1648, depois de brilhantes vitórias militares
sobre as tropas espanholas. Ele contou com os competentes generais Luís II de
Bourbon, príncipe de Condé e Henri de Turenne. Assim ficou feita a paz na
Alemanha. A guerra com a Espanha continuou, até que, em aliança com a
Inglaterra, Mazarin obteve o acordo de paz em 1658.
Mas ele teve que enfrentar a revolta da Fronde, por 5 anos, por
parte da alta nobreza da França. Vencida a Fronde, em 1653, o rei Luís XIV foi
coroado no ano seguinte.
Mazarin fez o jovem rei participar dos problemas políticos,
mantendo-se firme contra o Parlamento e treinando um grupo de grandes
administradores para o seu reino: J-B Colbert, Nicholas Fouquet, Hughes de
Lionne e Michel Le Tellier.
Mazarin morreu em Vincennes, na França, em 1661. Ele foi um homem atraente, elegante e
eloqüente. Ele manteve-se sem casar, já que como cardeal leigo, mesmo não sendo
padre, estava obrigado ao celibato. Ele não foi ordenado como sacerdote, tendo
recebido somente as ordens menores. Fiel à sua fé no Catolicismo, defendeu a
ortodoxia contra as heresias, mas nunca advogou a perseguição religiosa.
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