13 DE NOVEMBRO. Barneveldt: a independência sobre as bases de
William o Taciturno
BARNEVELDT
Jan
van Olden Barneveldt
(nasceu
em 1547, morreu em 1619)
ESTADISTA
HOLANDÊS FEZ RECONHECER A INDEPENDÊNCIA DA NAÇÃO
GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
Nesta segunda semana do mês estão políticos protestantes ou
simpatizantes, mas não beatos. Protetores da liberdade religiosa, os sete
grandes tipos humanos viveram entre meados dos anos 1500 e o fim dos anos 1600,
no tempo das guerras de religião. Foram defensores da tolerância, considerando
as crenças no ponto de vista da ação política. O chefe da semana da liberdade
religiosa é sua maior figura, Guilherme o Taciturno, que termina semana.
Ver em 1105 C em 05 de
novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes
representativos da evolução social política do mês.
BARNEVELDT (1547-1619) nasceu em
Amersfoort, e teve a formação de advogado. Durante a revolta da Holanda contra
o domínio da Espanha, ele se destacou como um lutador militante pela
independência da nação.
Ele tornou-se primeiro
ministro de Rotterdam em 1576 e em 1579 colaborou na formação da União de
Utrecht. Essa União foi uma aliança formada por um tratado entre todos os
territórios do norte e alguns do sul dos Países Baixos, em 1579. Mais tarde a
parte do norte tornou-se a Holanda e a parte do sul tornou-se a Bélgica. Ele
foi importante em convencer a Holanda a aceitar a liderança de William, príncipe
de Orange.
Em 1584, depois do
assassinato de William I, Barneveldt apoiou o filho de William, Maurício de
Nassau, em sua carreira política. Barneveldt persuadiu a assembléia a nomear
Maurício, o segundo filho de William I, como Stadtholder da parte norte dos
Países-Baixos. Maurício tinha então 17 anos.
O grande resultado da
longa carreira política de Barneveldt foi o tratado feito com a Espanha em que
a independência dos Paises Baixos foi reconhecida, terminando assim a guerra da
independência, em 1609.
Ao negociar o pacto da
independência, Barneveldt criou a inimizade de poderosos grupos contrários à
Espanha, porque o tratado favorecia o partido republicano de Barneveldt e a
classe de comerciantes. Maurício de Nassau e o clero calvinista estavam nesses
grupos, que sentiram que os espanhóis teriam tirado vantagem da paz para
fortalecer as forças republicanas. O conflito político se misturou com a
oposição entre duas facções dentro do Calvinismo, o Arminianismo contra o
Gomarismo. Os republicanos, entre eles Barneveldt, apoiavam o Arminianismo ou
Remonstrant, na Holanda. As outras províncias do país e Maurício de Nassau
ficaram do lado do Gomaristas ou Altos Calvinistas.
Durante o embate, em
agosto de 1617, o legislativo de província da Holanda, a parte mais rica e
importante da União dos Países Baixos, votou o boicote ao Sínodo, uma
assembléia religiosa, convocada pelos Estados-Gerais, a assembléia legislativa
da União. Como castigo contra o boicote e outros desafios por parte da
província da Holanda, o governo central ordenou que Maurício de Nassau e um
contingente de tropas invadisse a província da Holanda.
Os holandeses da província
não ofereceram resistência e Barneveldt com seus aliados mais chegados foram
presos. Ele foi levado a julgamento diante de uma comissão apontada pelo
governo central em fevereiro de 1619 e foi falsamente acusado de traição em 12
de maio. Depois de um julgamento em que lhe foi negado um advogado, ele foi
condenado e executado por decapitação no dia seguinte, 13 de maio de 1619, com
a idade de 77 anos.
Se William I, o Taciturno,
pôs as bases da independência dos Países Baixos, a glória de sua realização
completa é devida a Barneveldt, advogado geral e primeiro ministro do país. Nos
anos iniciais da guerra contra a Espanha, uma luta do pequeno país contra o
mais poderoso governo da Europa na ocasião, ele combateu com bravura.
Os talentos políticos e diplomáticos de Barneveldt eram da mais elevada
categoria e durante 34 anos, de 1584
a 1618, depois do assassinato de William I, sua influência
sobre a assembléia dos Estados-Gerais colocou-o como o chefe virtual das
províncias unidas dos Países-Baixos.
Barneveldt era
republicano, do partido da tolerância religiosa. Ele tinha como divisa “Nil scire tutissima fides” que significa
ser
mais seguro pensar que nós nada sabemos. Ele foi o grande político da
gloriosa luta pela independência da
Holanda.
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