segunda-feira, 2 de novembro de 2015

1103 C HEGEL demonstra a unidade da história e filiação das gerações sucessivas

03 DE NOVEMBRO. Hegel: “o espírito governa o mundo” isto é, as idéias o governam

HEGEL
Georg Wilhelm Friedrich Hegel
(nasceu em 1770, em Stuttgart, Alemanha; morreu em 1831, em Berlin)

FILÓSOFO IDEALISTA ALEMÃO DA FILOSOFIA DA HISTÓRIA

A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO
A grande revolução do pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do papado, da religião e do feudalismo.
É quando os homens se libertam do poder do homem sobre o homem em nome de poderes por vezes injustos e misteriosos.
A quarta semana está sob a presidência de Hume, que, na discussão da natureza humana e da vida social, industrial e religiosa coloca as bases da moderna Sociologia teórica abstrata. Aqui estão historiadores filosóficos como Robertson e Gibbon; Condorcet com a teoria positiva da História; de Maistre que fez a primeira apreciação do sistema da Idade Média sob o ponto de vista humano e os três principais representantes do pensamento alemão moderno com Kant, Fichte e Hegel.

Ver em 1008 01 C  em 08 de outubro o QUADRO DO MÊS DE DESCARTES A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social do mês

HEGEL (1770-1831) nasceu em Stuttgart, na Alemanha. Ele recebeu uma educação clássica que completou em Tubingen, onde foi colega de estudos de Schelling. No certificado que ele recebeu está declarado que ele era insuficiente, sobretudo em filosofia.
Hegel então colocou todo seu entusiasmo no estudo da história antiga. Por algum tempo, para pagar suas despesas, ele deu aulas particulares. Mais tarde foi para Jena, onde ele publicou um ataque contra a astronomia de Isaac Newton. Fez amizade com Goethe, que reconheceu sua força intelectual. Ele completou sua primeira obra filosófica, a Phänomenologie des Geistes, A Fenomenologia do Espírito, de 1807.
Em 1816 Hegel tornou-se professor de filosofia em Heildelberg e dois anos depois foi para Berlim, onde formou uma escola com importantes discípulos. Hegel morreu em Berlim, de cólera, em 1831.
O grande sistema de filosofia que Hegel criou é de difícil compreensão, por sua linguagem incompreensível. Ele mesmo costumava dizer que só um único de seus alunos compreendeu sua filosofia, e mesmo assim, ele ainda a entendeu de forma errada.
Hegel apresenta na Fenomenologia um texto obscuro, de difícil entendimento. Essa forma de apresentação ilegível, fechada ou hermética pode ser vista em autores antigos e modernos tentando pensar de forma metafísica, isto é, de modo fantasioso, empregando entidades abstratas, sem apoio na experimentação e na verificação. Representa uma reação muito repetida contra o pensamento científico positivo, para retornar às crenças hoje desacreditadas. É usada uma linguagem rebuscada para voltar às idéias antigas, com uma aparência de novidade.
Hegel criou uma explicação do progresso por meio de um método que chamou de DIALÉTICA. Feita uma hipótese inicial, a tese, sempre se coloca contra ela a antítese, que, então leva a uma solução mais alta e mais rica chamada de síntese. Portanto, o progresso está dessa forma explicado pela luta, pela oposição da antítese contra a tese, para chegar à solução, que seria a síntese.
O método dialético, no entanto, não tem sua aplicação em nenhuma das descobertas do saber humano, seja na teoria ou na aplicação prática. A idéia de que o progresso resulta da luta, da guerra, levou à doutrina da revolução, da LUTA DE CLASSES, que explicaria o desenvolvimento da sociedade humana através dos milênios pelo conflito interminável entre os pobres e ricos.
A aplicação dessa doutrina por Karl Marx levou Lênin, Stalin e Hitler ao totalitarismo comunista e nazista. O comunismo resultou em todos os países do mundo em massacres e genocídios nunca vistos na Rússia. na China e outros paises e levou a população a extremo sofrimento e pobreza. Foi um dos resultados da reação contra o espírito científico do iluminismo nas ciências humanas e na filosofia. Essa infame campanha contra a ciência moderna foi iniciada no fim dos anos 1800s, durou em todo século XX e que continua até hoje, em nossos dias, no inicio do novo milênio. Em todo mundo.
No entanto, a sociologia moderna comprova que o progresso resulta, de fato, na passagem do conhecimento de pai para filho, de uma geração para a geração seguinte. O que é o mesmo que dizer que o progresso é feito pelo respeito e pela veneração dos mais jovens para com os mais velhos e para com os que já viveram. E a veneração é a forma mais alta do sentimento do altruísmo, que é o sentimento natural, gregário, que associa os indivíduos no seu grupo.
A conclusão é de que o motor do progresso não é a LUTA, a GUERRA, mas que o motor da história, o gerador do progresso é o sentimento espontâneo de associação, o altruísmo, encontrado entre os homens e até entre animais.
Hegel é tido como de leitura inacessível nos seus trabalhos da Lógica e da Metafísica por causa do estranho vocabulário que ele emprega.
No seu tratado da Filosofia da história o estilo é esotérico, numa espécie de linguagem secreta. O texto esotérico só pode ser entendido pelos leitores que forem treinados para saber o significado das palavras. Mas Hegel na filosofia da história mostra com firmeza a unidade da história e a filiação das gerações sucessivas.
Ele declara que a razão é a substância e a energia infinita do universo, o que só se pode entender como uma fantasia poética fora de lugar na filosofia. Mas, depois, ele apresenta sua filosofia como um desenvolvimento da tese de Anaxágoras de que
   “o espírito governa o mundo”.
Mas Hegel explica, então, que ele não se refere a um espírito sobrenatural impenetrável de um deus, mas está falando das noções formatrizes, ou seja, do conhecimento científico positivo, comprovado.
Essa é uma forma diferente de dizer que AS IDÉIAS GOVERNAM O MUNDO. Ou seja, que o conhecimento governa, conduz a ação sobre o mundo e sobre os humanos.
Para Hegel os grandes homens são os agentes das mudanças quando o tempo está maduro, oportuno.

AMANHÃ: A teoria das causas, importante na história da filosofia moderna: David Hume.




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