03 DE
NOVEMBRO. Hegel: “o espírito governa o mundo” isto é, as idéias o governam
HEGEL
Georg
Wilhelm Friedrich Hegel
(nasceu
em 1770, em Stuttgart, Alemanha; morreu em 1831, em Berlin)
FILÓSOFO
IDEALISTA ALEMÃO DA FILOSOFIA DA HISTÓRIA
A
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO
A grande revolução do pensamento humano ocorreu com o fim da Idade
Média, com a queda do papado, da religião e do feudalismo.
É quando os homens se libertam do poder
do homem sobre o homem em nome de poderes por vezes injustos e misteriosos.
A quarta semana está sob a presidência
de Hume, que, na discussão da natureza humana e da vida social, industrial e
religiosa coloca as bases da moderna Sociologia teórica abstrata. Aqui estão
historiadores filosóficos como Robertson e Gibbon; Condorcet com a teoria
positiva da História; de Maistre que fez a primeira apreciação do sistema da
Idade Média sob o ponto de vista humano e os três principais representantes do
pensamento alemão moderno com Kant, Fichte e Hegel.
Ver em 1008 01 C em 08 de
outubro o QUADRO DO MÊS DE DESCARTES A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes
representativos da evolução social do mês
HEGEL (1770-1831) nasceu em Stuttgart, na Alemanha. Ele recebeu uma
educação clássica que completou em Tubingen, onde foi colega de estudos de
Schelling. No certificado que ele recebeu está declarado que ele era
insuficiente, sobretudo em filosofia.
Hegel então colocou todo seu entusiasmo no estudo da história
antiga. Por algum tempo, para pagar suas despesas, ele deu aulas particulares.
Mais tarde foi para Jena, onde ele publicou um ataque contra a astronomia de
Isaac Newton. Fez amizade com Goethe, que reconheceu sua força intelectual. Ele
completou sua primeira obra filosófica, a Phänomenologie des Geistes, A
Fenomenologia do Espírito, de 1807.
Em
1816 Hegel tornou-se professor de filosofia em Heildelberg e dois anos depois
foi para Berlim, onde formou uma escola com importantes discípulos. Hegel
morreu em Berlim, de cólera, em 1831.
O grande sistema de filosofia que Hegel criou é de difícil
compreensão, por sua linguagem incompreensível. Ele mesmo costumava dizer que
só um único de seus alunos compreendeu sua filosofia, e mesmo assim, ele ainda
a entendeu de forma errada.
Hegel apresenta na Fenomenologia um texto obscuro, de difícil
entendimento. Essa forma de apresentação ilegível, fechada ou hermética pode
ser vista em autores antigos e modernos tentando pensar de forma metafísica, isto é, de modo fantasioso, empregando entidades abstratas, sem apoio
na experimentação e na verificação. Representa uma reação muito repetida
contra o pensamento científico positivo, para retornar às crenças hoje
desacreditadas. É usada uma linguagem rebuscada para voltar às idéias antigas,
com uma aparência de novidade.
Hegel criou uma explicação do progresso por meio de um método que
chamou de DIALÉTICA. Feita uma hipótese inicial, a tese, sempre se coloca contra ela a antítese, que, então leva a uma solução mais alta e mais rica
chamada de síntese. Portanto, o
progresso está dessa forma explicado pela luta, pela oposição da antítese
contra a tese, para chegar à solução, que seria a síntese.
O método
dialético,
no entanto, não tem sua aplicação em
nenhuma das descobertas do saber humano, seja na teoria ou na aplicação
prática. A idéia de que o progresso resulta da luta, da guerra, levou à
doutrina da revolução, da LUTA DE CLASSES, que explicaria o desenvolvimento da
sociedade humana através dos milênios pelo conflito interminável entre os pobres
e ricos.
A aplicação dessa doutrina por Karl Marx levou Lênin, Stalin e
Hitler ao totalitarismo comunista e nazista. O comunismo resultou em todos os
países do mundo em massacres e genocídios nunca vistos na Rússia. na China e
outros paises e levou a população a extremo sofrimento e pobreza. Foi um dos
resultados da reação contra o espírito
científico do iluminismo nas ciências humanas e na filosofia. Essa infame campanha contra a ciência moderna
foi iniciada no fim dos anos 1800s, durou em todo século XX e que continua até hoje, em nossos dias, no
inicio do novo milênio. Em todo mundo.
No entanto, a sociologia moderna comprova que o progresso resulta,
de fato, na passagem do conhecimento de pai para filho, de uma geração para a
geração seguinte. O que é o mesmo que dizer que o progresso é feito pelo
respeito e pela veneração dos mais jovens para com os mais velhos e para com os
que já viveram. E a veneração é a forma mais alta do sentimento do altruísmo,
que é o sentimento natural, gregário, que associa os indivíduos no seu grupo.
A conclusão é de que o motor do progresso não é a LUTA, a GUERRA,
mas que o motor da história, o gerador
do progresso é o sentimento
espontâneo de associação, o altruísmo, encontrado entre os homens e até
entre animais.
Hegel é tido como de leitura inacessível nos seus trabalhos da Lógica e da Metafísica por causa do estranho vocabulário que ele emprega.
No seu tratado da Filosofia
da história o estilo é esotérico, numa espécie de linguagem secreta. O
texto esotérico só pode ser entendido pelos leitores que forem treinados para
saber o significado das palavras. Mas Hegel na filosofia da história mostra com
firmeza a unidade da história e a
filiação das gerações sucessivas.
Ele declara que a razão é a substância e a energia infinita do
universo, o que só se pode entender como uma fantasia poética fora de lugar na
filosofia. Mas, depois, ele apresenta sua filosofia como um desenvolvimento da
tese de Anaxágoras de que
“o espírito governa o
mundo”.
Mas Hegel explica, então, que ele não se refere a um espírito
sobrenatural impenetrável de um deus, mas está falando das noções formatrizes,
ou seja, do conhecimento científico positivo, comprovado.
Essa é uma forma diferente de dizer que AS IDÉIAS GOVERNAM O
MUNDO. Ou seja, que o conhecimento governa, conduz a ação sobre o mundo e sobre
os humanos.
Para Hegel os grandes homens são os agentes das mudanças quando o
tempo está maduro, oportuno.
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