NOVEMBRO
dia 15 Jan De Witt: asilo aos livres pensadores a
salvo da Santa Inquisição
DE
WITT
Jan
de Witt
(nasceu
em 1625, em Dordrecht, Holanda; morreu em 1672, em Hague, Holanda)
ESTADISTA
HOLANDÊS CONSOLIDOU O PODER NAVAL E COMERCIAL DO PAÍS
GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
Nesta segunda semana do mês estão políticos protestantes ou
simpatizantes, mas não beatos. Protetores da liberdade religiosa, os sete
grandes tipos humanos viveram entre meados dos anos 1500 e o fim dos anos 1600,
no tempo das guerras de religião. Foram defensores da tolerância, considerando
as crenças no ponto de vista da ação política. O chefe da semana da liberdade
religiosa é sua maior figura, Guilherme o Taciturno, que termina semana.
Ver em 1105 C em 05 de
novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes
representativos da evolução social política do mês.
DE WITT nasceu em 1625, numa família tradicional de líderes de sua cidade
natal de Dordrecht ou Dort. Seu pai, Jacob De Witt, fora por seis vezes
prefeito e por muitos anos o representante da cidade na assembléia holandesa. O
pai era um forte aderente do partido republicano de direita, da oposição aos
príncipes da Dinastia de Orange, representantes do princípio federativo com o
apoio da massa popular.
Jan De Witt foi educado na Universidade de Leiden e ainda jovem
mostrou notáveis talentos, especialmente em matemática e jurisprudência.
Escreveu em 1650 o livro ELEMENTA
CURVARUM LINEARUM, publicado em 1659, que foi o primeiro dos textos
didáticos da Geometria Analítica. Mais tarde, ele iria também aplicar seu
conhecimento matemático aos problemas financeiros e orçamentários da República
holandesa. Em 1645 ele e seu irmão mais velho Cornelius visitaram a França, a
Itália, Suíça e Inglaterra. Ao voltar, ele viveu em Hague como advogado.
De Witt foi eleito em 1650, como representante da cidade de
Dordrecht, o que o tornava o líder dos deputados da assembléia federal da Holanda.
Nesse ano, na luta pela supremacia das províncias, o jovem príncipe de Orange,
William II, com o apoio do exército, prendeu cinco dos lideres do partido de
direita, entre eles Jacob De Witt, pai de Jan. Mas a morte súbita de William,
no momento em que ele esmagava a oposição, permitiu a reação e os princípios
republicanos de Jacob De Witt venceram.
Jan De Witt por sua eloqüência, sabedoria e habilidade de
negociação foi eleito administrador da Holanda aos 28 anos de idade. Ele foi
reeleito por três vezes e manteve sua chefia até pouco antes de sua morte em
1672.
Ele encontrou o país à beira da ruína por causa da guerra com a
Inglaterra e resolveu fazer a paz. Ele rejeitou a sugestão de Cromwell da união
da Inglaterra com a Holanda, mas em 1654 o Tratado de Westminster foi
concluído, pelo qual a Holanda fez grandes concessões.
Depois de
feita a paz, a política de De Witt foi muito bem sucedida. Ele recuperou as
finanças do país e estendeu a supremacia da Holanda até a Índia. Em 1658 apoiou a
Dinamarca contra a Suécia e em 1662 firmou um vantajoso acordo de paz com
Portugal.
A elevação de Charles II ao trono da Inglaterra criou um conflito
entre os dois países e renovou a disputa de direitos marítimos e comerciais,
fazendo começar nova guerra em 1665.
A frota holandesa foi empregada com sucesso pelo
brilhante comando do Almirante de Ruyter que,com a organização e a habilidade
de De Witt, levaram à vitória e o Tratado de Breda foi vantajoso para as
Províncias Unidas da Holanda.
Em
1667 ele promulgou seu decreto eterno para a administração republicana do país.
Um triunfo ainda maior foi a conclusão da Tríplice Aliança em 1688 entre a
República da Holanda, a Inglaterra e a Suécia, o que preveniu a tentativa de
Luís XIV de tomar posse das províncias espanholas da Holanda em nome se sua
mulher, a infanta Maria Theresa.
Luís
XIV não ficou satisfeito e odiava a
Holanda por ser o grande asilo dos livres-pensadores, onde eles se protegiam
contra a crueldade da Santa Inquisição na França. Então declarou guerra à
Holanda e invadiu o país à frente de grande exército. Em vista do perigo, o
povo chamou William III para enfrentar o inimigo e ocorreram violentas
manifestações contra De Witt.
O
irmão dele, Cornellius, foi preso acusado de conspirar contra o príncipe. Em seguida De Witt
renunciou o seu posto no governo. Cornellius foi torturado e condenado à perda
de seus cargos e banido.
De
Witt foi a Hague para visitá-lo na prisão. Uma grande multidão juntou-se e
invadindo o local, se apoderaram dos dois irmãos os lincharam até a morte.
Dessa
forma terrível pereceu um dos grandes estadistas de sua época e da história da
Holanda.
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