09 DE NOVEMBRO. CARLOS
V: carcereiro do papa e perseguidor dos protestantes
CARLOS
V
Charles
V da França, Imperador do Santo Império Romano, Carlos I Rei da Espanha, Charles
I Arquiduque da Áustria
(nasceu em
1500, em Ghent, Flandres, Bélgica; morreu em 1558, em San Jerónimo de
Yuste, Espanha)
IMPERADOR
LUTOU PELA UNIDADE POLÍTICA DA EUROPA CATÓLICA
GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
Nesta primeira semana do mês da Política Moderna estão lembrados a
partir da rainha Maria de Molina de Castela os estadistas italianos, espanhóis
e franceses dos anos 1300, 1400 e 1500. Estabeleceram o governo central
monárquico concentrado reunindo no rei os antigos dispersos poderes regionais
dos barões do feudalismo. É a necessária unidade de comando no
governo de um país. O rei Luis XI da França é o chefe da semana no domingo que
a encerra.
Ver em 1105 C em 05 de
novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes
representativos da evolução social política do mês.
CARLOS V (1500-1558) herdou do rei Philippe, filho do Imperador Maximilien
I e de Marie de Borgonha os Estados de Hapsbourg, o Franche-Comté e os Países
Baixos. Da parte de sua mãe Joana, filha de Fernando e Isabel de Castela, ele
governou a Espanha, Nápoles, a Sardenha bem como as colônias espanholas da
América.
Em 1529, quando da morte de seu avô Maximilien, ele foi eleito
Imperador. Não houve um governo de
território tão extenso na Europa desde Carlos Magno. Charles V mostrou
grande habilidade tanto na política quanto general na guerra como general na
paz.
Carlos V era prudente em seus planos, resoluto na ação e excelente
no julgamento das pessoas. Seu governo foi feito no meio de guerras na maior
parte conduzidas por ele mesmo, em
pessoa. A defesa da Europa do ocidente contra os
turcos, que então eram muito bem armados tanto no mar como em terra, foi uma
tarefa que conseguiu realizar.
As tropas espanholas eram então as melhores e nenhuma região
contribuía tanto com impostos como os Países Baixos. Mas a potência militar de
Carlos V não era tão forte como se poderia supor pelo tamanho de seus domínios.
A França também era belicosa e rica, sua massa compacta, sua posição central,
sua organização monárquica com comando único, faziam com que ela fosse capaz de
manter o equilíbrio na Europa. Esse princípio então foi reconhecido pela
primeira vez como a única garantia eficaz para manter as liberdades dentro da
Europa.
Embora Carlos V fosse sem
dúvida um católico sincero e até mesmo beato, ele estava resolvido a subordinar
a Igreja Católica ao Estado. Ele fez guerra ao papa Clemente VII, que foi
capturado em Roma e mantido prisioneiro durante sete meses, ao mesmo tempo em
que queimava vivos os protestantes na Espanha e nos Países-Baixos.
Carlos V foi hostil ao movimento luterano do protestantismo, ao
mesmo tempo por ser ele subversivo e porque tendia a tornar os príncipes e
cidades mais independentes, como no feudalismo. A unidade de religião parecia
ser, para Carlos V, indispensável, mas a questão da doutrina religiosa a seu
ver era de mínima importância.
Em conseqüência, ele provocou a reunião do Concílio de Trento, de 1545 a 1563, na esperança de
que um acordo pudesse aproximar o papa e os luteranos. Quando os protestantes
se recusaram a participar do Concílio, e, sob o nome de Liga de Smalkalde, se
mantiveram na defensiva, Carlos V os atacou e venceu na batalha de Mühlberg em
1547.
Mas essa afirmação da autoridade do Imperador alarmou até mesmo os
príncipes católicos e eles se uniram a Mauricio de Saxe para forçar Carlos V a
aceitar o tratado de Passau e a “paz religiosa” de Augsbourgo em 1555. Esse
acordo deu a cada príncipe o direito de determinar a religião dentro de seus
próprios Estados.
Desencorajado por esse golpe feito à sua política e por sua
derrota na batalha de Metz, Caslos V renunciou ao governo do Império e aos
Estados hereditários de Hapsburgo, que ele cedeu a seu irmão Fernando. Deixou o
resto de seus domínios para seu filho Philippe II em 1556.
Seus esforços foram mais felizes para estabelecer na Espanha e nos
Países-Baixos um governo fortemente centralizado. Ele teve uma grande
importância na política de seu tempo.
Carlos V se retirou depois para o mosteiro de Saint-Just na
Espanha, onde morreu em 1558.
AMANHÃ: Seu governo deu grande progresso à França e industrializou
o país: Henrique IV.
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