27 DE JANEIRO:
Harun-Al-Rashid célebre califa árabe imperador do luxo e da riqueza
HARUN-AL-RASHID
Harun ar-Rashid, Haroun-al-Raschid, Aaron o Justo
(nasceu em 763, em
Ravy, Iran; morreu em 809, em Tus
CALIFA CÉLEBRE
NO AUGE DO IMPÉRIO ÁRABE DE RIQUEZA E LUXO
ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade,
preparando a civilização do futuro.
HARUN ou Aaron, o Justo (763-809), é o mais
célebre dos califas árabes, o quinto califa da dinastia dos Abbasides que
descendem de Abbas, o tio do profeta Maomé. Harun era filho de Medhi, o
terceiro califa de sua família e que foi o terror de Constantinopla, então sob
o governo da Imperatriz Irene.
Harun começou sua carreira militar contra o Império Bizantino
quando ainda era apenas um jovem. Em 786, com 24 anos, subiu ao trono de seu
pai e de seu irmão e colocou o poder nas mãos da ilustre família dos
Barmecides, nomeando Yahya-ben-Kalid seu grande vizir ou conselheiro de Estado.
Ele organizou vigorosamente a defesa de seu reino do lado do
Império Bizantino e, a leste estendeu suas fronteiras até Cabul e para além de
Oxus. Mas no ano 803 o califa, num acesso de ciumes e de paixão destruiu com
uma crueldade implacável a família dos Barmecides que era apreciada por todos
os árabes por causa de sua habilidade e de sua generosidade.
No mesmo ano Harun começou uma série de campanhas militares contra
o Imperador de Bizâncio e invadiu a Ásia Menor à frente de 300.000 homens
inflingindo a Nicefora derrotas sucessivas. Mas no ataque contra Khorassan ele
ficou doente e morreu no ano 808 com a idade de 47 anos depois de reinar
durante 23 anos.
Harun ficou famoso como guerreiro, como o mais magnífico dos
califas e como filho devotado do Islam. Fez por nove vezes a peregrinação a
Meca; oito vezes ele invadiu o Império Bizantino e colocou ao mais alto grau a
fama e o esplendor da corte de Bagdá.
Mansour, o avô de Harun, tinha cercado Bagdá de sábios, de
poetas, artistas e de filósofos que conservaram as tradições do saber dos
gregos e fizeram reviver os escritos de Aristóteles, de Ptolomeu e de Euclides.
Harun colheu a glória desse grande patrono.
Harun está entre os maiores de sua raça, as lendas árabes estando
cheias de histórias de sua magnificência, sua generosidade, sua cultura e deu
devotamento ao bem público. Ele foi um grande construtor, protegeu a arte, a
poesia, a ciência e assim combinando com a fama das personagens que fizeram o
ornamento de seu reino, fez dele o herói das Mil e Uma Noites.
Sua injustiça para com o nobre Barmecide, a quem ele tanto devia,
não atingiu, no entanto sua reputação de cavalheiro cortês e magnânimo.
A Europa do ocidente ficou encantada com a esplêndida embaixada
que ele enviou no ano 801 a
Carlos Magno, embaixada que estava encarregada de levar ao novo grande
Imperador uma tenda, um relógio, um elefante e as chaves do Santo Sepulcro de
Cristo.
Harun foi o mais conhecido de todos os primeiros sucessores do
profeta Maomé. Seu Império se estendeu do Egito até o Indus; seu governo,
famoso pelas armas, pela arte, pela ciência era notável também por seu
esplendor.
Junto com Abdrame da Espanha e se assinalou único entre os califas
do oriente, por causa da reação sobre a Europa do ocidente feita pela cultura
árabe que floresceu dentro de seu reino e do interesse que essa cultura
despertou nos espíritos da Idade Média católica.
A cultura árabe levou a filosofia de Aristóteles para os
pensadores europeus, alterando, com Alberto Magno e Tomás de Aquino, a própria
doutrina oficial católica. Assim foi libertada a filosofia e a ciência do total
domínio da teologia católica, antes baseada nos princípios de Platão pela
orientação espiritualista de Santo Agostinho.
AMANHÃ: A Teocracia do grande Maomé.
Nenhum comentário:
Postar um comentário