JANEIRO 14. BUDA:
fundou a doutrina de maior aceitação no continente asiático
BUDA
Siddhartha,
Gautama em Sânscrito, Gotama no dialeto
pali,
o
Buddha (titulo de “o iluminado”)
(nasceu cerca 560 aC , em Sakia, Índia;
morreu cerca 480 aC
em Kusinara, Índia)
FUNDADOR DA
RELIGIÃO DO BUDISMO E DO SISTEMA CULTURAL DA ÁSIA
ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade,
preparando
a civilização do futuro.
Nesta segunda semana honramos os nossos
antepassados da Teocracia dos muitos
deuses, politeísta, da Caldeia, da Pérsia, da Assíria, da Índia e dos
Celtas. Buda preside a semana por
causa de sua influencia mais extensa, ainda que não seja o tipo mais característico
das teocracias, porque o budismo foi uma revolta contra a teocracia sacerdotal
conservadora dos Brahmas, resultando numa teocracia incompleta.
BUDA (560 antes de Cristo-480 aC) era filho
do chefe da casta Sakya de guerreiros, com o nome de Siddhartha Gautama, mais
tarde conhecido também como Sakyamuni, o sábio dos Sakyas. Ele se tornou o
filósofo fundador da populosa religião do Budismo e de seu sistema filosófico
que dominou grande parte do sul e do oriente da Ásia. Buddha é o título dado a
um sábio e significa O Iluminado.
Em sua origem, a doutrina de Buda foi o desenvolvimento de uma
reforma do Hinduísmo, então a Teocracia dominante na Índia. Pode ser chamada de
Protestantismo do Hinduísmo. Os Brahmas estiveram entre os primeiros discípulos
de Buda.
No Budismo não se conhece um deus criador nem admite a existência
do espírito como entidade isolada. Seu objetivo maior é a liberação do homem da
existência fenomenal, aparente, que lhe traz sofrimento. Para esse fim deve ele
chagar ao “nirvana”, um estado de
iluminação, onde o fogo do ódio, de ambição e de ignorância deve ser apagado. Ou
seja, o nirvana é um estado de
felicidade sem o egoísmo, um estado de altruísmo.
Não deve o nirvana ser confundido com o aniquilamento total da pessoa. O
nirvana é o estado de consciência que leva ao fim da insatisfação.
Nunca negando a existência dos deuses, o Budismo não pode ser classificado como um ateísmo.
Mas é quase um ateísmo, ao não dar qualquer poder aos deuses, o que é o mesmo
que tirar todos os poderes dos deuses. Portanto, o Budismo deixa de ter deuses
para explicar o mundo, criando uma explicação por meio de entidades não
humanas. É, portanto, uma Ontologia ou Metafísica, que se define como filosofia
governada por poderes divinos abstratos sem feições humanas, sem barba nem
bigode. A desumanização do poder divino resulta no fim de seu importante poder civilizador de fiscalização, de
recompensa e de punição, de sistematizador da vida humana. Em outras palavras
essa forma de metafísica resulta na destruição do fecundo poder dos deuses antigos.
A explicação do mundo por meio de entidades metafísicas,
imaginárias, que transcendem a realidade, é a transição que destrói da explicação pelos deuses para evoluir até
a explicação científica dos acontecimentos na nossa modernidade. O Budismo,
assim, é uma reforma do Hinduísmo, um protestantismo da Ásia.
Os deuses no Budismo têm no céu vidas longas e felizes, mas, como
as outras criaturas, estão sujeitas a morrer e depois renascer em estados mais
baixos da existência. Os deuses não são os criadores do universo e não fazem o
controle do destino de cada homem. O Budismo nega o valor da prece e dos
sacrifícios aos deuses. Entre os modos possíveis de renascimento, a existência
como homem é preferível, porque os deuses estão tão empenhados em seus
prazeres, que perdem a obrigação de se salvarem. A iluminação para chegar ao
nirvana só é permitida aos humanos.
Essa religião, modificada e combinada com outros sistemas, obteve
uma das maiores adesões entre os homens na Ásia. Centenas de milhões de
orientais ali encontraram por 2500 anos não somente as luzes intelectuais, mas
também um apoio espiritual e um guia
para uma alta moralidade. O Budismo
se mostrou uma das mais elevadas
doutrinas criadas pelo homem.
Buda não só estabeleceu uma nova grande religião como também
influenciou toda a cultura asiática mostrando sua revolta contra o hedonismo
Hindu, seu exagerado espiritualismo e seu rigoroso sistema de castas.
Pessoalmente, Buda é descrito como um homem bonito, amável,
encantador, de perfeita estatura, de nobre presença. Era tido como um professor
superior, de grande força e de notável habilidade. Com grande sentimento de
simpatia e com grande sabedoria, Buda sabia o que ensinar e como ensinar cada
indivíduo para seu aprimoramento, de acordo com o nível de sua capacidade.
AMANHÃ: Fu-Hi primeiro legislador da China pré-histórica.
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